domingo, 19 de outubro, 2025

Bitcoin

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Bitcoin (BTC) pode cair abaixo para US$ 70 mil com novas tarifas dos EUA

BTC sofre impacto maior que o mercado de ações dos EUA após tarifas de Trump a US$ 82 mil

quinta, 03 de abril, 2025 - 13:42

Redação MyCryptoChannel

As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos estão gerando grande instabilidade no mercado financeiro, atingindo o Bitcoin (BTC). De acordo com Charles Edwards, fundador da Capriole Investments, essas novas medidas comerciais podem desencadear uma retração no preço da criptomoeda, levando-o a valores abaixo de US$ 71 mil.

O anúncio das tarifas, feito pelo presidente Donald Trump na quarta-feira, afetou de maneira mais intensa o Bitcoin do que o mercado de ações dos EUA. Enquanto o índice S&P 500 é negociado em queda de 3,50%, o BTC sofre uma queda de 5,79% nesta quinta-feira (3) a US$ 82 mil. Porém, na última hora, o Bitcoin avançou 0,09%. 

Edwards destacou que o atual cenário econômico dos Estados Unidos reflete um grau de incerteza visto apenas três vezes desde o ano 2000. “Com tarifas mais altas do que o esperado, o sentimento do mercado está atingindo zonas de risco extremo. Esse indicador pode não ser infalível, mas historicamente antecedeu grandes crises”, afirmou Edwards em sua análise.

De acordo com Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, caso o preço do Bitcoin dê continuidade ao movimento de baixa, o suporte de curto prazo está na faixa de preço de US$ 81.300 e o de médio prazo está na região de liquidez dos US$ 75.500. 

Dessa forma, “se o preço do Bitcoin romper o suporte de médio prazo acima citado, o ativo poderá buscar como alvo da queda a região de preço dos US$ 69.900”.

A Capriole Investments indicou que, a menos que o Bitcoin consiga manter um fechamento diário acima de US$ 91 mil, uma queda para a região de US$ 71 mil é uma possibilidade real. “Se a guerra tarifária escalar significativamente além das expectativas atuais ou se as margens corporativas começarem a cair”, observou a análise da empresa.

As informações são do Cointelegraph. 
 

Criptomoedas

Quais empresas estão comprando bitcoin, diz estudo

Empresas que compram bitcoin: perfil e estratégia

quinta, 04 de setembro, 2025 - 15:38

Redação MyCryptoChannel

Levantamento da River indica avanço do encarteiramento corporativo de bitcoin.

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Um levantamento da River, focada em investimentos em bitcoin (BTC), mostra que o encarteiramento corporativo da criptomoeda ganhou tração com o avanço regulatório e o exemplo da Strategy (ex-MicroStrategy), que transformou a compra de BTC no centro do negócio. Segundo o estudo, as companhias que aderem à prática tendem a ser menores, mais ágeis e orientadas ao longo prazo, usando o bitcoin como proteção de resultados e do caixa contra inflação.

O que mudou no apetite das empresas

A popularização veio junto da institucionalização do mercado cripto. A River aponta que a tese do BTC como “blindagem” de caixa ganhou corpo em firmas com tomada de decisão rápida e visão plurianual — uma combinação que favorece movimentos oportunistas em janelas de preço e disciplina de acúmulo ao longo do tempo.

Bitcoin Treasury Companies em destaque

Companhias que se autointitulam Bitcoin Treasury Companies responderam por 76% de todas as compras feitas por empresas desde janeiro de 2024. Em janeiro de 2024, eram 39 empresas públicas globais com BTC em caixa; em agosto de 2025, o número saltou para 158. Como grupo, tornaram-se o segundo maior comprador de BTC em 2025, adquirindo cerca de 1.400 bitcoins por dia.

Quanto as empresas alocam em BTC

Os dados também indicam que muitas empresas extrapolam o “1% teórico” de exposição. Em pesquisa de julho de 2025 com clientes da River, a média de alocação ficou em 22% da receita líquida, com mediana de 10%. Ou seja, para parte do universo analisado, o BTC deixou de ser apenas um teste marginal e passou a ocupar papel material na gestão de tesouraria.

Por que empresas menores lideram

Agilidade e convicção

  • Estrutura mais leve facilita aprovações rápidas.

  • Visão de longo prazo reduz ruído de curto prazo.

  • Gestão de risco focada: proteção contra inflação e diversificação do caixa.

Efeitos práticos

  • Blindagem do caixa: o BTC opera como reserva alternativa.

  • Janela de oportunidade: empresas com governança enxuta conseguem aumentar posição em ciclos de baixa.

O que acompanhar daqui pra frente

  • Base de empresas públicas com BTC: acompanhar se o número segue acima de 158.

  • Fluxo de compras diárias: a marca de ~1.400 BTC/dia como sinal de persistência institucional.

  • Regras e contabilidade: mais padronização tende a reduzir barreiras de adoção.

Criptomoedas e macroeconomia em foco

A Liquidez Global dos Bancos Centrais e o Ciclo do Bitcoin

O que o aumento da liquidez global revela sobre o preço do Bitcoin?

quarta, 03 de setembro, 2025 - 09:53

Redação MyCryptoChannel

Análise exclusiva revela como a correlação entre a injeção de liquidez dos bancos centrais e o preço do Bitcoin pode ser um fator crucial.

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A relação entre o Bitcoin (BTC) e os dados macroeconômicos globais é um fator decisivo para entender as tendências de longo prazo da criptomoeda. Uma análise recente da Alphractal sugere que os fluxos de liquidez dos bancos centrais, em vez da oferta monetária global M2, têm uma correlação mais direta e imediata com os preços dos ativos, como ações, ouro e criptomoedas.

O estudo aponta que o aumento da liquidez global dos bancos centrais tende a preceder a valorização do Bitcoin em aproximadamente dois meses. Entre 2023 e 2025, essa liquidez variou entre US$ 28 trilhões e US$ 31 trilhões, passando por quatro ciclos de expansão e contração. Em cada um desses ciclos, a valorização do Bitcoin seguiu a injeção de capital.

"A liquidez global dos bancos centrais tende a subir antes do BTC. Normalmente, quando a liquidez está em sua fase final de queda, o BTC entra em um período de movimento lateral. Em outras palavras, os bancos centrais injetam dinheiro primeiro, e parte dessa liquidez posteriormente migra para ativos de risco - como o BTC", explicou a Alphractal. Essa dinâmica ajuda a explicar as flutuações recentes do Bitcoin, que se estabilizou quando a liquidez caiu abaixo dos US$ 30 trilhões no terceiro trimestre.

Outro analista, Quinten, observou que o ciclo de quatro anos do Bitcoin se alinha de forma consistente com o ciclo de liquidez de quatro anos. Essas descobertas reforçam o papel das injeções de liquidez na performance de ativos e sugerem a possibilidade de um novo ciclo de valorização nos próximos anos.

A Dívida dos EUA e a Fragilidade do Mercado

Apesar dos sinais positivos da correlação com a liquidez, o cenário macroeconômico é mais complexo. Jamie Coutts, Analista-Chefe de Cripto da Realvision, adiciona uma camada de preocupação à discussão. Ele alerta que o crescimento da dívida pública dos Estados Unidos em relação à liquidez global pode gerar estresse financeiro e tornar os mercados mais frágeis.

Segundo Coutts, a liquidez global funciona como uma máquina de refinanciamento, onde a dívida se expande mais rapidamente que o crescimento econômico. A liquidez precisa acompanhar esse ritmo para evitar um colapso, mas nos EUA, a dívida já está superando a liquidez, sinalizando risco sistêmico.

"Quando a relação é alta, o excesso de liquidez alimenta a inflação. Quando é baixa, surgem pressões de financiamento e os ativos de risco tornam-se vulneráveis… Isso não significa que o ciclo terminou. Mas sinaliza fragilidade", afirmou Jamie Coutts. O bilionário Ray Dalio corrobora essa visão, alertando que a dívida pública dos EUA atingiu níveis perigosos, podendo causar um "ataque cardíaco econômico" nos próximos três anos. Ele acredita que, nesse cenário, criptomoedas com oferta limitada, como o Bitcoin, podem se tornar alternativas atraentes se o dólar americano enfraquecer.

Central Bank Global Liquidity vs BTC Price. Source: Alphractal

Fonte: Alphractal.com

O Papel Único do Bitcoin

Apesar das visões contrastantes - uma focada nos ciclos históricos e outra nas fragilidades atuais - o Bitcoin permanece em uma posição única. De acordo com Fábio Murad, CEO da SpaceMoney e criador do método Super ETF, a principal vantagem de ativos como o Bitcoin, assim como investir em ETFs nos Estados Unidos, é a proteção cambial.

"O investidor que pensa em liberdade de longo prazo precisa considerar onde o dinheiro dele está sendo medido. A moeda fraca, os juros reais decrescentes e a carga tributária tornam o Brasil um país hostil para a acumulação de riqueza no longo prazo," explica Murad. Ele ressalta que enquanto o CDI acumulou apenas 4% em dólar na última década, o S&P 500 subiu quase 190% no mesmo período.

A natureza do Bitcoin, com sua oferta limitada e descentralização, o posiciona como um ativo que pode se beneficiar de um cenário de crescente desvalorização das moedas fiduciárias. As injeções de liquidez dos bancos centrais podem continuar a impulsionar seu preço, enquanto as preocupações com a dívida dos EUA podem aumentar sua atratividade como uma reserva de valor alternativa. Ou seja, o Bitcoin se beneficia de ambas as narrativas.

Perspectivas Futuras

Para Fábio Murad, o cenário global reforça a necessidade de diversificação em ativos internacionais. "Não há razão para aceitar a mediocridade dos produtos financeiros tradicionais brasileiros quando se pode acessar o que o mercado mais eficiente do mundo oferece com poucos cliques e muita disciplina", diz o especialista. A visão do mercado de criptomoedas, quando analisada em um contexto macro, mostra que a liquidez global é um catalisador poderoso, mas os investidores devem permanecer atentos aos riscos de dívida e volatilidade.