terça, 04 de novembro, 2025

Drex

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Banco Central anuncia segunda fase de testes do Drex com 13 P projetos selecionados

Testes da plataforma de Real Digital começam nas próximas semanas e incluem inovações em crédito, câmbio e ativos do agronegócio

quarta, 25 de setembro, 2024 - 12:17

Redação MyCryptoChannel

O Banco Central (BC) anunciou na última terça-feira (24) que os testes para a segunda fase do Drex, a plataforma de Real Digital, serão realizados já em outubro. 13 projetos foram selecionados para essa fase, com diferentes casos de uso.  

O Piloto Drex já conta com a participação de 16 consórcios ou empresas, que estão envolvidos nos testes.  

O coordenador da iniciativa do Drex e consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamento (Deban) do BC, Fabio Araújo, informou que o desenvolvimento dos casos de usos começará nas próximas semanas.  

Por ter um ambiente específico para cada tema, os participantes poderão discutir a melhor estratégia de implementação e a governança dos serviços com os reguladores. Outro ponto levantado será a interação das soluções de privacidade disponíveis com a implementação do caso de uso proposto. 

Segundo Araújo, essa nova fase busca ampliar o uso da plataforma. “Estamos trabalhando em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Outros reguladores também demonstraram interesse em testes de operações com ativos de sua competência, de modo a ampliar a usabilidade da plataforma”, explicou Araújo. 

Cada um dos 13 projetos selecionados para essa segunda fase do Drex abrange casos de uso variados, buscando soluções tecnológicas inovadoras para diferentes setores: 

  • Cessão de recebíveis (ABC e Inter): facilita a gestão de valores que as empresas têm a receber de operações com cartões de crédito, ajudando pequenas empresas a acessar crédito com menores custos e maior flexibilidade. 
  • Crédito colateralizado em CDB (BB, Bradesco e Itaú): empresas poderão usar Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como garantia para empréstimos de capital de giro, reduzindo o custo e mantendo a rentabilidade dos investimentos. 
  • Crédito colateralizado em títulos públicos (ABBC, ABC e MB): esse projeto quer permitir que cidadãos utilizem títulos públicos como garantia em empréstimos, reduzindo o custo do crédito e mantendo os rendimentos da poupança. 
  • Financiamento de comércio internacional (Inter): tokeniza documentos de embarque de mercadorias, agilizando pagamentos e tornando o comércio exterior mais acessível, com custos reduzidos e integração com moedas digitais de outros países. 
  • Otimização do câmbio (XP-Visa e Nubank): pretende criar um mercado de câmbio mais eficiente e transparente, com operações contínuas e tokenização de contratos, aumentando a segurança e reduzindo custos. 
  • Pool de liquidez de títulos públicos (ABC, Inter e MB): implementação de contratos inteligentes para automatizar a compra e venda de títulos públicos, tornando o processo mais ágil e acessível ao público. 
  • Transações com Cédula de Crédito Bancário (CCB) (ABBC): facilita o acesso a financiamentos imobiliários com condições mais vantajosas nas operações. 
  • Negociação de debêntures (B3, BTG e Santander): simplifica a negociação e liquidação de debêntures, reduzindo os custos e automatizando as operações com esses títulos. 
  • Ativos do agronegócio (TecBan, MB e XP-Visa) 
  • Créditos de descarbonização (CBIO) (Santander): aprimorar a negociação de créditos de descarbonização, promovendo investimentos em práticas sustentáveis no agronegócio brasileiro. 
  • Transações de automóveis (B3, BV e Santander) 
  • Transações imobiliárias (BB, Caixa e SFCoop): automatiza a transferência de imóveis, garantindo maior segurança e agilidade nas operações de compra e venda. 
  • Ativos em redes públicas (MB): explora o uso de redes DLT públicas para permitir inovações no mercado financeiro com maior segurança regulatória. 

CBDC

Deputado Eduardo Bolsonaro critica Drex e defende o Bitcoin como alternativa à moeda digital central

Em postagens nas redes sociais, o parlamentar e o Partido Liberal se posicionam contra a criação da moeda digital centralizada pelo governo

sexta, 31 de janeiro, 2025 - 13:43

Redação MyCryptoChannel

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O debate sobre a implementação do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, voltou a ser destaque no cenário político, após a postura crítica do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e outros membros do Partido Liberal (PL) sobre a criação da moeda centralizada.  

Ele se opôs à proposta do governo e defendeu o Bitcoin (BTC) como uma alternativa mais alinhada com a liberdade financeira.  

Em suas declarações, o deputado fez referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas políticas pró-cripto, sugerindo que o Brasil deveria seguir a mesma direção. 

Críticas ao Drex 

Em uma postagem nas redes sociais na quinta-feira (30), Eduardo Bolsonaro utilizou o X, antigo Twitter, para criticar a criação do Drex e defender que o Brasil não deveria seguir o caminho da moeda digital centralizada.  

“Pres. Trump falou em seu discurso que transformará os EUA na capital mundial de cripto e assinou um decreto impedindo o desenvolvimento de uma moeda digital centralizada, que é o que Lula quer fazer no Brasil criando uma moeda digital de nome DREX”, disse o deputado.  

Ele ainda completou: “Não podemos ficar para trás no Brasil, precisamos impedir que o DREX seja colocado em circulação”. 

Para o Eduardo Bolsonaro, o “Bitcoin tem se mostrado um instrumento fundamental para devolver o poder ao povo com liberdade”. 

Reação do partido liberal contra o Drex 

O Partido Liberal tem se posicionado de forma firme contra o Drex, com parlamentares como a deputada Julia Zanatta (PL) liderando um movimento de oposição.  

Ela apresentou o Projeto de Lei 3341/2024, que propõe a proibição da substituição do papel moeda por moedas digitais, permitindo aos cidadãos e instituições a liberdade de escolher os meios de pagamento a serem utilizados. 

Para Julia, o papel-moeda “é essencial para garantir a liberdade econômica, pois oferece um meio de pagamento acessível e confiável para todas as camadas da sociedade, incluindo aquelas que não têm acesso à tecnologia digital”.  

 

CBDC

BCE defende urgência na adoção do euro digital após ações de Trump contra moedas digitais de BCs

Banco Central Europeu enfatiza a necessidade de um euro digital para proteger a soberania monetária da Europa diante dos planos de Donald Trump

sexta, 24 de janeiro, 2025 - 18:13

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central Europeu (BCE) está reforçando sua posição sobre a necessidade de um euro digital, especialmente após recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

De acordo com Piero Cipollone, membro do conselho executivo do BCE, a Europa "precisa" adotar uma moeda digital para combater os planos de Trump relacionados às stablecoins.

Proibição de CBDC nos Estados Unidos 

Em uma conferência recente, Cipollone comentou que a ordem executiva assinada por Trump, que proíbe a emissão e circulação de moedas digitais do banco central (CBDC) dentro dos Estados Unidos, poderia prejudicar os bancos, à medida que os consumidores migram para stablecoins. 

O presidente americano também estabeleceu um grupo de trabalho sobre mercados de ativos digitais, com a intenção de impulsionar o uso de stablecoins lastreadas em dólar. 

Para Cipollone, a criação de um euro digital seria uma resposta estratégica a esses movimentos, visando a segurança da soberania monetária europeia.

Desenvolvimento do euro digital

O BCE tem trabalhado no desenvolvimento de uma moeda digital centralizada para complementar o sistema bancário tradicional. 

Em uma comunicação oficial, o banco central europeu confirmou que está experimentando diversas tecnologias, tanto centralizadas quanto descentralizadas, para a criação do euro digital.

Desafios das stablecoins e o caso da Tether

No contexto do debate sobre stablecoins, a gigante de criptomoedas Tether anunciou recentemente que suspenderia a emissão de sua stablecoin lastreada em euros, o EURT, devido a pressões regulatórias na Europa. 

O movimento reflete um cenário mais amplo de aumento da vigilância sobre as moedas digitais emitidas por empresas privadas. 

Em um comunicado, a Tether afirmou que o EURT, que possui um volume de negociação pequeno, seria retirado de circulação até 2025, com um prazo para resgatar os tokens