domingo, 09 de novembro, 2025

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Bancos Centrais e BIS realizam testes de CBDCs em transferências internacionais

Projeto Mariana comprova viabilidade da liquidação estrangeira de moedas digitais

quinta, 28 de setembro, 2023 - 08:33

Redação MyCryptoChannel

Na busca pela inovação no setor financeiro global, o Banco de Compensações Internacionais (BIS) uniu forças com os bancos centrais de Cingapura, França, e Suíça para conduzir com sucesso um teste de comércio transfronteiriço envolvendo moedas digitais atacadistas do banco central (wCBDC). O relatório do teste, divulgado nesta última quinta-feira (28), revela que o Projeto Mariana alcançou resultados promissores ao explorar o potencial das CBDCs para aprimorar a liquidação de transferências interbancárias.

 

Prova de conceito inovadora

O Projeto Mariana, ao utilizar wCBDCs hipotéticos representando o euro, o dólar de Cingapura e o franco suíço em cenários simulados com instituições financeiras, abriu caminho para uma nova era de transações financeiras transfronteiriças. A base desse projeto repousa em um "padrão de token comum em um blockchain pública que facilita a interoperabilidade e a troca contínua de wCBDC em diversos sistemas locais de pagamento e liquidação mantidos pelos bancos centrais participantes", conforme detalhado em um comunicado de imprensa.

 

Essa abordagem inovadora representa um passo significativo na direção da eficiência e da simplicidade nas transferências interbancárias internacionais. À medida que mais nações exploram a emissão de CBDCs no atacado, visando aprimorar seus sistemas de pagamento, o Projeto Mariana se torna um marco importante para a comunidade financeira global.

 

Novas fronteiras de liquidação 

O objetivo central do Projeto Mariana era avaliar a viabilidade da liquidação estrangeira e cambial em um ambiente onde os bancos centrais emitem CBDCs. Com um crescente interesse por parte de países na Europa e Ásia na emissão de moedas digitais emitidas por bancos centrais no atacado, que prometem melhorar significativamente os pagamentos transfronteiriços, a importância dessa iniciativa não pode ser subestimada.

 

O Banque de France já havia sinalizado, em junho, que os CBDCs no atacado poderiam desempenhar um papel fundamental na otimização dos pagamentos transfronteiriços. Os resultados do Projeto Mariana agora respaldam essa perspectiva e abrem portas para uma nova era de cooperação e eficiência entre os bancos centrais.

 

Benefícios dos wCBDCs

Os wCBDCs, ou moedas digitais atacadistas do banco central, são concebidos para simplificar a liquidação de transações entre instituições financeiras. Por meio do uso de tecnologia de blockchain e tokens digitais, essas moedas podem acelerar e simplificar os processos de pagamento e liquidação, reduzindo custos e riscos associados.

 

Além disso, os wCBDCs podem melhorar a transparência nas transações financeiras, tornando mais fácil para os bancos centrais rastrear e supervisionar as atividades financeiras em seus territórios. Isso também pode contribuir para a prevenção de atividades ilícitas e fraudes no sistema financeiro.

 

Perspectivas para o futuro

À medida que os países continuam a explorar as possibilidades oferecidas pelas CBDCs no atacado, é provável que vejamos uma maior colaboração entre os bancos centrais e uma adoção mais ampla dessa tecnologia. A simplificação das transações financeiras transfronteiriças é apenas um dos muitos benefícios que as moedas digitais podem proporcionar, e o Projeto Mariana demonstra que esses benefícios podem ser alcançados com sucesso.

 

No entanto, é importante lembrar que a implementação em larga escala de CBDCs no atacado requer uma abordagem cuidadosa e coordenação internacional. Os bancos centrais devem trabalhar juntos para desenvolver padrões e regulamentações que garantam a segurança e a estabilidade do sistema financeiro global.

CBDC

Deputado Eduardo Bolsonaro critica Drex e defende o Bitcoin como alternativa à moeda digital central

Em postagens nas redes sociais, o parlamentar e o Partido Liberal se posicionam contra a criação da moeda digital centralizada pelo governo

sexta, 31 de janeiro, 2025 - 13:43

Redação MyCryptoChannel

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O debate sobre a implementação do Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, voltou a ser destaque no cenário político, após a postura crítica do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e outros membros do Partido Liberal (PL) sobre a criação da moeda centralizada.  

Ele se opôs à proposta do governo e defendeu o Bitcoin (BTC) como uma alternativa mais alinhada com a liberdade financeira.  

Em suas declarações, o deputado fez referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas políticas pró-cripto, sugerindo que o Brasil deveria seguir a mesma direção. 

Críticas ao Drex 

Em uma postagem nas redes sociais na quinta-feira (30), Eduardo Bolsonaro utilizou o X, antigo Twitter, para criticar a criação do Drex e defender que o Brasil não deveria seguir o caminho da moeda digital centralizada.  

“Pres. Trump falou em seu discurso que transformará os EUA na capital mundial de cripto e assinou um decreto impedindo o desenvolvimento de uma moeda digital centralizada, que é o que Lula quer fazer no Brasil criando uma moeda digital de nome DREX”, disse o deputado.  

Ele ainda completou: “Não podemos ficar para trás no Brasil, precisamos impedir que o DREX seja colocado em circulação”. 

Para o Eduardo Bolsonaro, o “Bitcoin tem se mostrado um instrumento fundamental para devolver o poder ao povo com liberdade”. 

Reação do partido liberal contra o Drex 

O Partido Liberal tem se posicionado de forma firme contra o Drex, com parlamentares como a deputada Julia Zanatta (PL) liderando um movimento de oposição.  

Ela apresentou o Projeto de Lei 3341/2024, que propõe a proibição da substituição do papel moeda por moedas digitais, permitindo aos cidadãos e instituições a liberdade de escolher os meios de pagamento a serem utilizados. 

Para Julia, o papel-moeda “é essencial para garantir a liberdade econômica, pois oferece um meio de pagamento acessível e confiável para todas as camadas da sociedade, incluindo aquelas que não têm acesso à tecnologia digital”.  

 

CBDC

BCE defende urgência na adoção do euro digital após ações de Trump contra moedas digitais de BCs

Banco Central Europeu enfatiza a necessidade de um euro digital para proteger a soberania monetária da Europa diante dos planos de Donald Trump

sexta, 24 de janeiro, 2025 - 18:13

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central Europeu (BCE) está reforçando sua posição sobre a necessidade de um euro digital, especialmente após recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

De acordo com Piero Cipollone, membro do conselho executivo do BCE, a Europa "precisa" adotar uma moeda digital para combater os planos de Trump relacionados às stablecoins.

Proibição de CBDC nos Estados Unidos 

Em uma conferência recente, Cipollone comentou que a ordem executiva assinada por Trump, que proíbe a emissão e circulação de moedas digitais do banco central (CBDC) dentro dos Estados Unidos, poderia prejudicar os bancos, à medida que os consumidores migram para stablecoins. 

O presidente americano também estabeleceu um grupo de trabalho sobre mercados de ativos digitais, com a intenção de impulsionar o uso de stablecoins lastreadas em dólar. 

Para Cipollone, a criação de um euro digital seria uma resposta estratégica a esses movimentos, visando a segurança da soberania monetária europeia.

Desenvolvimento do euro digital

O BCE tem trabalhado no desenvolvimento de uma moeda digital centralizada para complementar o sistema bancário tradicional. 

Em uma comunicação oficial, o banco central europeu confirmou que está experimentando diversas tecnologias, tanto centralizadas quanto descentralizadas, para a criação do euro digital.

Desafios das stablecoins e o caso da Tether

No contexto do debate sobre stablecoins, a gigante de criptomoedas Tether anunciou recentemente que suspenderia a emissão de sua stablecoin lastreada em euros, o EURT, devido a pressões regulatórias na Europa. 

O movimento reflete um cenário mais amplo de aumento da vigilância sobre as moedas digitais emitidas por empresas privadas. 

Em um comunicado, a Tether afirmou que o EURT, que possui um volume de negociação pequeno, seria retirado de circulação até 2025, com um prazo para resgatar os tokens