Durante o Encontro Anual Drex 2023, na quinta-feira (7), foi discutido a criação de uma identidade digital descentralizada a partir da utilização da tecnologia blockchain. O evento aconteceu em Brasília para debates do futuro do sistema financeiro brasileiro e o andamento do Drex, versão brasileira de moeda digital emitida por banco central (CBDC).
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, falou sobre a identidade digital durante sus discurso de abertura. Ele defendeu a importância de as pessoas serem efetivamente donas de seus próprios dados.
O coordenador do Drex no BC, Fábio Araújo, concordou com Neto e disse que a criação de identidade digital em blockchain pode modificar a Open Finance, o compartilhamento de informações dentro do ecossistema financeiro. “Não é só a questão de usar senha para cada aplicativo financeiro, mas de poder construir um histórico e níveis de acesso a determinadas transações no sistema financeiro”, completou.
Araújo ainda ressalta que “você pode ter tudo isso numa camada de identificação que oferece o acesso da informação necessária para cada uma das operações”. “O Banco Central, como regulador do sistema financeiro, já tem alguma expertise em regular qual é o nível de identificação, o grau de segurança da informação, os mecanismos de KYC (Conheça seu Cliente, na sigla em inglês), de prevenção à lavagem de dinheiro, que funcionam bem porque são padronizados”, destacou.