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LIFT Lab do Banco Central retorna com foco em criptomoedas e inovações para o DREX

Banco Central e Fenasbac reativam programa para impulsionar soluções tecnológicas no Sistema Financeiro Nacional

sexta, 12 de julho, 2024 - 12:00

Redação MyCryptoChannel

O Banco Central do Brasil, em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), anunciou na quarta-feira (10) a retomada das atividades do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT).  

A iniciativa, que completa 6 anos em 2024, busca impulsionar o desenvolvimento de soluções inovadoras para o Sistema Financeiro Nacional, com foco principal no mercado de ativos digitais e no DREX, a moeda digital do Banco Central. 

Nesta retomada, o LIFT Lab estará direcionado quase que exclusivamente para o mercado de criptomoedas, buscando projetos que explorem as tecnologias de blockchain, DeFi, carteiras digitais para criptomoedas e tokens RWA (Real World Assets).  

Entre os temas específicos de interesse estão: 

  • Compliance e PLD Preventivos: soluções tecnológicas para prevenir a lavagem de dinheiro e garantir o compliance regulatório. 
  • SmartSafe: solução de carteira digital programável, segura e intuitiva para o armazenamento de criptoativos. 
  • GreenFi: Finanças Descentralizadas para a Sustentabilidade: criação de um ecossistema financeiro descentralizado para ativos verdes tokenizados. 
  • Gateway de Interoperabilidade: solução de interoperabilidade B2B que conecta redes blockchain incompatíveis. 
  • Score Chave PIX: criação de uma pontuação para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, com monitoramento de "safe zones" e detecção de contas laranjas. 
  • Token do Agronegócio Garantido - TAG: tokenização de ativos para o agronegócio. 
  • KYC para Rating de Crédito em Blockchain: desenvolvimento de uma rede descentralizada para avaliação e concessão de crédito, seguindo os princípios do Open Finance. 

Ao longo de seus seis anos de existência, o LIFT Lab já gerou um impacto no Sistema Financeiro Nacional. Entre os resultados, 256 propostas de projetos submetidas ao programa e 82 projetos selecionados. Além disso, 36% dos 68 finalistas receberam investimentos do setor privado, totalizando mais de R$ 400 milhões. 

A partir de julho, o LIFT Lab dará início a uma série de etapas, como reuniões de acompanhamento e entrega dos projetos, publicação de artigos (LIFT Papers) com os resultados das pesquisas e até o LIFT Day, um evento para apresentação final dos projetos. 

Os temas selecionados para o LIFT deste ano dialogam diretamente com o DREX, a moeda digital do Banco Central, que se encontra atualmente na fase 2 de testes. Banco do Brasil, por exemplo, já está estudando a criação de um "mega" ecossistema de investimento para o DREX, com foco em quatro frentes: mercado de capitais, sustentabilidade, meio de pagamento e pagamentos off-line.  

CBDC

Banco Central quer um ambiente que permite transparência e interação com o Drex

Coordenador do projeto explica que a moeda digital brasileira visa ampliar o acesso aos serviços financeiros

terça, 19 de novembro, 2024 - 15:52

Redação MyCryptoChannel

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Durante o painel "Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção", realizado no Criptorama, em São Paulo, Fabio Araújo, coordenador do projeto de criação do Drex no Banco Central, detalhou os planos da moeda digital brasileira.  

"O mercado está utilizando tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender às diferentes demandas. [...] Estamos trabalhando para garantir que, independentemente do modelo escolhido, a segurança seja preservada dentro desses ambientes”, afirmou Araújo.  

Centralização do sistema do Drex 

Ao contrário do que se pode pensar, a moeda digital do BC não é totalmente centralizada. Araujo esclareceu que o Drex permite transparência e interação entre os participantes, mas sem concentrar informações em um único ponto.  

De acordo com Araújo, o projeto busca ampliar a descentralização ao atrair bancos, fintechs e outras instituições financeiras. O Drex, portanto, não se propõe a substituir os intermediários, mas a incluir mais opções regulamentadas e seguras.  

"Sem conhecimento adequado, muitos acabam perdendo dinheiro. Para a maioria, faz mais sentido contar com intermediários regulamentados, que operam sob regras claras e oferecem serviços de forma segura e estruturada. ", disse o coordenador. 

Inovação e inclusão financeira 

O objetivo do Drex é ampliar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pessoas que enfrentam barreiras no modelo atual.  

Segundo Araújo, o sistema permitirá a tokenização de ativos como debêntures e títulos públicos, facilitando investimentos e operações financeiras. 

“Essa experiência simplificada, somada à facilidade de integração com canais digitais como bancos e corretoras, é um ponto crucial que o DREX busca incorporar ao sistema financeiro tradicional”, destacou.  

Desafios do projeto Drex 

Araújo também falou sobre os desafios enfrentados pelo Banco Central na implementação do Drex.  

Um dos maiores obstáculos é a transição do modelo financeiro tradicional para um ambiente digital mais flexível. 

A tendência é replicar práticas antigas, mas isso limita a capacidade de inovação.  

"Se fizermos isso, acabamos perdendo a vantagem da inovação e amarrando os novos serviços às limitações das tecnologias anteriores ", afirmou. 

Próximos passos do Drex 

Segundo Araújo, o cronograma inclui a publicação de resultados da primeira fase do projeto até o final de 2024.  

Ele afirmou que até meados de 2025, a equipe fará um sprint de desenvolvimento para ajustar o sistema. 

 

CBDC

Bradesco, Itaú e Banco do Brasil criam novos modelos de crédito com Drex: Veja mais detalhes

As três instituições financeiras firmaram uma parceria para usar CDBs como garantia para empréstimos

quinta, 14 de novembro, 2024 - 11:56

Redação MyCryptoChannel

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Durante o Blockchain Day FGV, George Marcel Smetana, especialista em inovação em estratégia regulatória no Bradesco, anunciou novas oportunidades do banco para o Drex

O Bradesco firmou uma parceria com dois de seus principais concorrentes, Itaú e Banco do Brasil, para o desenvolvimento de novos modelos de crédito com foco na segunda fase do DREX, a moeda digital do Banco Central do Brasil. 

Juntos, as instituições financeiras estão trabalhando em um grupo para viabilizar o uso de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) como garantia para empréstimos. 

É possível usar CDBs como garantia? 

A proposta de utilizar CDBs como garantia para empréstimos quer aumentar a segurança e a liquidez das transações. 

"Empréstimos com CDBs como garantia têm risco praticamente zero, visto que o ativo é altamente líquido", afirmou Smetana. 

Ele explicou que o objetivo do Bradesco e seus parceiros é permitir o uso de qualquer CDB, independentemente de seu emissor.

Atualmente, o Bradesco já oferece essa opção em sua plataforma de Internet Banking e no aplicativo para celular, após testes internos que comprovam a viabilidade do modelo. 

Drex e transformações no mercado 

O uso de blockchain, através do Drex, agilizará a a troca de ativos como garantias. 

Smetana destacou que a tecnologia tem o potencial de simplificar processos que, na infraestrutura tradicional, são complexos e burocráticos, como o uso de CDBs de diferentes instituições ou debêntures como garantia. 

"Com o uso da blockchain, essa mecânica se torna significativamente mais ágil e simples", afirmou.

Desafios da CBDC brasileira

Larissa Moreira, gerente de Digital Assets no Itaú Unibanco, também presente no evento, comentou sobre os desafios regulatórios do DREX. 

Ela destacou que um dos pontos críticos é a necessidade de revisar o processo de registro de ativos financeiros, como CDBs. 

O Itaú e seus parceiros trabalham para otimizar o processo de registro, permitindo que os ativos tokenizados se integrem aos sistemas tradicionais de transferência de reservas, como o Sistema de Transferência de Reservas (STR). 

Isso facilitaria a conversão entre dinheiro fiduciário e CDBs tokenizados. 

As informações são do Cointelegraph