sexta, 02 de maio, 2025

CBDC

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Mastercard lança fórum de discussão sobre CBDC em parceria com Ripple, Fireblocks e Consensys

Movimento estratégico permitirá à gigante dos pagamentos contribuir significativamente para as discussões em torno das moedas digitais

quinta, 17 de agosto, 2023 - 15:17

Redação MyCryptoChannel

A Mastercard, líder mundial no setor de pagamentos, deu um passo audacioso ao criar um fórum exclusivo destinado a impulsionar o diálogo e a colaboração na indústria criptográfica em relação às moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs).

 

Esse movimento estratégico permitirá à gigante dos pagamentos contribuir significativamente para as discussões em torno das CBDCs, enquanto nações globalmente avaliam a viabilidade de adentrar o mundo das moedas digitais soberanas. A iniciativa também marca uma tentativa de estender sua influência para além dos pagamentos tradicionais e mergulhar nas inovações financeiras emergentes.

 

 

As CBDCs, embora compartilhem semelhanças com as criptomoedas, não são idênticas a elas. Enquanto as criptomoedas como o Bitcoin operam em redes públicas descentralizadas, as moedas digitais são emitidas e respaldadas por instituições financeiras centrais, como bancos nacionais. Embora não sejam obrigatoriamente baseadas em blockchain, a tecnologia que sustenta as criptomoedas, como o Bitcoin, as CBDCs podem fazer uso dessa infraestrutura para aprimorar sua eficiência e segurança.

 

O Programa de Parceiros CBDC da Mastercard já reuniu algumas das principais empresas do setor para desencadear discussões produtivas e iniciativas colaborativas. Entre os participantes iniciais, destacam-se a Consensys, uma empresa que se concentra no desenvolvimento de aplicações descentralizadas e soluções blockchain; a Fireblocks, que oferece serviços de segurança e armazenamento de ativos digitais; e a Ripple (XRP), especializada em soluções de pagamento baseadas em blockchain.

 

O fórum recém-criado pela Mastercard visa fornecer um espaço neutro e produtivo para que as partes interessadas discutam os desafios e as oportunidades apresentados pelas CBDCs. Ao incluir vozes influentes do setor de criptomoedas e blockchain, a Mastercard demonstra seu compromisso em entender e moldar o futuro das moedas digitais de bancos centrais e sua aplicação em um cenário global em constante evolução.

CBDC

BCE defende urgência na adoção do euro digital após ações de Trump contra moedas digitais de BCs

Banco Central Europeu enfatiza a necessidade de um euro digital para proteger a soberania monetária da Europa diante dos planos de Donald Trump

sexta, 24 de janeiro, 2025 - 18:13

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central Europeu (BCE) está reforçando sua posição sobre a necessidade de um euro digital, especialmente após recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

De acordo com Piero Cipollone, membro do conselho executivo do BCE, a Europa "precisa" adotar uma moeda digital para combater os planos de Trump relacionados às stablecoins.

Proibição de CBDC nos Estados Unidos 

Em uma conferência recente, Cipollone comentou que a ordem executiva assinada por Trump, que proíbe a emissão e circulação de moedas digitais do banco central (CBDC) dentro dos Estados Unidos, poderia prejudicar os bancos, à medida que os consumidores migram para stablecoins. 

O presidente americano também estabeleceu um grupo de trabalho sobre mercados de ativos digitais, com a intenção de impulsionar o uso de stablecoins lastreadas em dólar. 

Para Cipollone, a criação de um euro digital seria uma resposta estratégica a esses movimentos, visando a segurança da soberania monetária europeia.

Desenvolvimento do euro digital

O BCE tem trabalhado no desenvolvimento de uma moeda digital centralizada para complementar o sistema bancário tradicional. 

Em uma comunicação oficial, o banco central europeu confirmou que está experimentando diversas tecnologias, tanto centralizadas quanto descentralizadas, para a criação do euro digital.

Desafios das stablecoins e o caso da Tether

No contexto do debate sobre stablecoins, a gigante de criptomoedas Tether anunciou recentemente que suspenderia a emissão de sua stablecoin lastreada em euros, o EURT, devido a pressões regulatórias na Europa. 

O movimento reflete um cenário mais amplo de aumento da vigilância sobre as moedas digitais emitidas por empresas privadas. 

Em um comunicado, a Tether afirmou que o EURT, que possui um volume de negociação pequeno, seria retirado de circulação até 2025, com um prazo para resgatar os tokens

CBDC

Banco Central quer um ambiente que permite transparência e interação com o Drex

Coordenador do projeto explica que a moeda digital brasileira visa ampliar o acesso aos serviços financeiros

terça, 19 de novembro, 2024 - 15:52

Redação MyCryptoChannel

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Durante o painel "Drex em 2025: Uma Nova Era em Construção", realizado no Criptorama, em São Paulo, Fabio Araújo, coordenador do projeto de criação do Drex no Banco Central, detalhou os planos da moeda digital brasileira.  

"O mercado está utilizando tecnologias de ativos digitais para gerenciar riscos e atender às diferentes demandas. [...] Estamos trabalhando para garantir que, independentemente do modelo escolhido, a segurança seja preservada dentro desses ambientes”, afirmou Araújo.  

Centralização do sistema do Drex 

Ao contrário do que se pode pensar, a moeda digital do BC não é totalmente centralizada. Araujo esclareceu que o Drex permite transparência e interação entre os participantes, mas sem concentrar informações em um único ponto.  

De acordo com Araújo, o projeto busca ampliar a descentralização ao atrair bancos, fintechs e outras instituições financeiras. O Drex, portanto, não se propõe a substituir os intermediários, mas a incluir mais opções regulamentadas e seguras.  

"Sem conhecimento adequado, muitos acabam perdendo dinheiro. Para a maioria, faz mais sentido contar com intermediários regulamentados, que operam sob regras claras e oferecem serviços de forma segura e estruturada. ", disse o coordenador. 

Inovação e inclusão financeira 

O objetivo do Drex é ampliar o acesso a serviços financeiros, especialmente para pessoas que enfrentam barreiras no modelo atual.  

Segundo Araújo, o sistema permitirá a tokenização de ativos como debêntures e títulos públicos, facilitando investimentos e operações financeiras. 

“Essa experiência simplificada, somada à facilidade de integração com canais digitais como bancos e corretoras, é um ponto crucial que o DREX busca incorporar ao sistema financeiro tradicional”, destacou.  

Desafios do projeto Drex 

Araújo também falou sobre os desafios enfrentados pelo Banco Central na implementação do Drex.  

Um dos maiores obstáculos é a transição do modelo financeiro tradicional para um ambiente digital mais flexível. 

A tendência é replicar práticas antigas, mas isso limita a capacidade de inovação.  

"Se fizermos isso, acabamos perdendo a vantagem da inovação e amarrando os novos serviços às limitações das tecnologias anteriores ", afirmou. 

Próximos passos do Drex 

Segundo Araújo, o cronograma inclui a publicação de resultados da primeira fase do projeto até o final de 2024.  

Ele afirmou que até meados de 2025, a equipe fará um sprint de desenvolvimento para ajustar o sistema.