Em uma reviravolta, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) comunicou oficialmente a um juiz federal que abandonaria a acusação de financiamento de campanha contra o proeminente empresário e fundador da FTX, Sam Bankman-Fried. Essa decisão marca um importante ponto de inflexão no longo caso jurídico envolvendo Bankman-Fried, que havia sido indiciado originalmente em oito acusações no final de 2022, com mais cinco acusações adicionadas posteriormente.
A notícia sobre o fim das acusações veio logo após o DOJ consultar as Bahamas, onde o ex-CEO da FTX foi preso anteriormente e, subsequentemente, objeto de pedido de extradição pelos Estados Unidos. A consulta às Bahamas teve relação direta com as acusações de financiamento de campanha presentes no pedido de extradição de Bankman-Fried.
A equipe de defesa do empresário desempenhou um papel crucial ao destacar que as acusações adicionais acrescentadas posteriormente pelos promotores dos EUA dependiam do consentimento das Bahamas, conforme estipulado nos termos do tratado de extradição entre as duas nações.
Em resposta a esse argumento, o juiz Lewis Kaplan, do Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York, concordou em anular essas acusações, o que abriu caminho para a revogação de todas as acusações de financiamento de campanha contra Bankman-Fried.
A decisão do DOJ de não prosseguir com as acusações representa uma vitória significativa para o fundador da FTX e pode ter implicações de longo alcance para futuros casos de extradição que envolvam indivíduos sujeitos a processos legais em múltiplos países. A resolução desse caso também pode sinalizar uma mudança nas abordagens de cooperação internacional em questões jurídicas.
A data do julgamento de Sam Bankman-Fried, que estava anteriormente agendada para março, foi cancelada como resultado direto dessa nova reviravolta. Observadores legais e a comunidade empresarial agora aguardam ansiosamente mais detalhes sobre os fundamentos que levaram o DOJ a abandonar as acusações contra um dos principais nomes do cenário das criptomoedas e finanças descentralizadas (DeFi).
