segunda, 09 de dezembro, 2024

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Cartões de criptomoedas podem ser o futuro do pagamento digital no Brasil?

Falta de regulamentação e volatilidade dos ativos podem desafiar nova mobilidade no país

terça, 31 de outubro, 2023 - 16:02

Ana Beatriz Rodrigues

No Brasil, foram emitidos cerca de 450 milhões de cartões de crédito e débito nos últimos dez anos, segundo relatório do Dinheiro Sem Plástico. Além disso, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apontou que 52 milhões de brasileiros usam o cartão de crédito como forma de pagamento.

 

Esses dados apontam para a dependência da população do Brasil para cartões. Nesse contexto, surgem os cartões de criptomoedas, que podem armazenar os criptoativos dos brasileiros e se tornarem uma alternativa para cartões convencionais.  

 

Como funciona um cartão de criptomoeda? 

Esse novo modelo pode ser usado da mesma maneira que os cartões tradicionais. Um levantamento da Binance de junho mostra que os locais no qual os brasileiros mais usam essa forma de pagamento são em supermercados e em pequenos mercados. 

 

O vice-presidente, chefe de inovação e design da Visa, Akshay Chopra, disse em entrevista no início de outubro de 2023 que os cartões com criptoativos viabilizaram o volume de US$ 3 bilhões em pagamentos.

 

A maior diferença entre essas modalidades é que o cartão tradicional são baseados em moedas fiduciárias, como o real brasileiro e o dólar. Em contrapartida, a outra tecnologia utiliza as criptomoedas para fazer os pagamentos. Esse novo método pode trazer diversas vantagens para os usuários. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa), Marina Prieto, conta que o pagamento com esses cartões funcionam de modo bem simples. Ela disse que “uma vez que as criptomoedas estão na carteira associada ao cartão, os usuários podem usá-lo para fazer compras em estabelecimentos que aceitam cartões de débito ou crédito”.

 

O valor da compra é automaticamente convertido em moeda fiduciária no momento da transação, permitindo que você gaste suas criptomoedas como se fosse dinheiro tradicional”, completou Marina. 

 

Para ter um cartão de criptomoedas, os usuários precisam se cadastrar em empresas que oferecem esse serviço. Desse modo, eles também precisam ter criptomoedas para realizar as transações em comércios. 

 

Marina explica que “os usuários podem verificar o saldo de criptomoedas em sua carteira associada ao cartão e recebem extratos de transações, que incluem detalhes sobre as conversões de criptomoedas em moeda fiduciária. Quando o saldo de criptomoedas fica baixo, os usuários podem carregar sua carteira associada ao cartão com mais criptomoedas”.

 

Modalidade no Brasil 

Segundo a professora de contabilidade da ESEG, essa modalidade poderia auxiliar no crescimento econômico do Brasil. 

 

Em relação à economia brasileira, os cartões de criptomoedas podem ajudar a incentivar o uso de criptomoedas no país, o que poderia facilitar transações internacionais, atrair investimentos estrangeiros e proporcionar opções financeiras alternativas”.

 

Apesar das vantagens da nova forma de pagamento, os cartões de criptomoedas não estão inseridos em um cenário otimista no Brasil. Em agosto deste ano, a Binance anunciou que encerraria o serviço no território brasileiro. Além disso, os cartões Binance Card não seriam mais fornecidos em toda a América Latina e Oriente Médio. 

 

Marina ressalta que existem muitos desafios associados ao uso da tecnologia do Brasil. Para ela, a falta de clareza regulatória no país pode afetar esse crescimento que poderia ser vantajoso.

 

A falta de regulamentação clara pode criar incerteza e riscos para os usuários de cartões de criptomoedas, a volatilidade das criptomoedas pode tornar o uso de cartões de criptomoedas arriscado para gastos cotidianos e uma aceitação limitada, pois muitos estabelecimentos ainda não aceitam criptomoedas como forma de pagamento, o que limita a utilidade desses cartões”, explicou. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa) diz que o futuro dos cartões de criptomoedas no Brasil depende da evolução das regulamentações governamentais e da aceitação generalizada de criptomoedas na sociedade brasileira. 

 

À medida que as criptomoedas se tornam mais comuns e as regulamentações se estabelecem, é possível que os cartões de criptomoedas desempenhem um papel mais significativo na economia do país”, completou. 

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado de cartões passará por mudanças nos próximos anos no Brasil. Neto explicou sobre o Pix, o Drex e outras iniciativas do BC.

Criptomoedas

Coinbase rompe relações com escritórios de advocacia que contratam profissionais "anticripto"

O CEO se refere a ex-funcionários da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que, segundo ele, lideraram uma campanha para "destruir ilegalmente" a indústria de criptomoedas

quarta, 04 de dezembro, 2024 - 11:20

Redação MyCryptoChannel

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O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, anunciou que a corretora de criptomoedas rompeu relações com escritórios de advocacia que empregam ex-funcionários da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que, segundo ele, lideraram uma campanha para “destruir ilegalmente” a indústria de criptomoedas.

“Informamos a todos os escritórios de advocacia com os quais trabalhamos que, se contratarem alguém que cometeu esses atos na administração (em breve) anterior, não seremos mais seus clientes”, disse Armstrong na rede social X, na última segunda-feira (2).

Ele citou o Milbank, um escritório de advocacia global com sede em Nova York, que recentemente contratou Gurbir Grewal, ex-chefe da Divisão de Execução da SEC, como sócio.

Durante seu tempo na instituição, Grewal supervisionou um aumento nas ações regulatórias contra empresas de criptomoedas, incluindo processos contra a Coinbase e a Binance.

Armstrong afirmou: “O Milbank recentemente errou feio ao contratar Gurbir. Não trabalhamos mais com eles (e nunca trabalharemos enquanto ele estiver lá)”.

“É uma violação ética, na minha visão, tentar destruir ilegalmente uma indústria enquanto se recusa a publicar regras claras”, completou Armstrong.

 

Criptomoedas

Itaú libera compra de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) a todos clientes

Segundo a companhia, as operações terão uma taxa fixa de 2,5% no momento da compra

quarta, 04 de dezembro, 2024 - 10:50

Redação MyCryptoChannel

Bitcoin

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Todos os clientes do Itaú Unibanco (ITUB4) podem comprar e vender de Bitcoin (BTC) Ethereum (ETH) diretamente em seu aplicativo. O recurso foi liberado nesta segunda-feira (2) e já estava disponível na plataforma íon para um público restrito. Agora, é possível acessar no menu de investimentos do superapp Itaú.

Segundo a companhia, as operações terão uma taxa fixa de 2,5% no momento da compra. A venda, por sua vez, será isenta de tarifas adicionais. Além disso, o Itaú será responsável pela custódia dos ativos digitais.

O banco explicou que, neste primeiro momento, a oferta se limitará a Bitcoin e Ethereum, ativos amplamente consolidados no mercado. Essa abordagem está alinhada à estratégia do Itaú de oferecer produtos financeiros de forma segura e regulada.

Para acessar a nova funcionalidade, os clientes devem navegar até “Produtos > Investimentos > Criptoativos” no aplicativo, onde poderão realizar as operações de forma integrada e acompanhar seus investimentos.