quinta, 21 de agosto, 2025

Criptomoedas

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Criptomoedas são totalmente independentes da economia tradicional?

Ativos digitais foram criados para descentralizar sistema financeiro, mas criptoativos ainda sofrem influência

quarta, 13 de setembro, 2023 - 16:06

Ana Beatriz Rodrigues

As criptomoedas foram criadas com a promessa de serem um sistema financeiro descentralizado, desvinculado das políticas monetárias e regulatórias dos governos. No entanto, ainda que as criptomoedas cumpram parte desse compromisso, elas continuam sujeitas às forças do mercado tradicional. E isso pode acontecer de diversas formas, como o preço do Bitcoin (BTC) pode ser afetado por notícias econômicas, como o anúncio de um aumento nas taxas de juros pelo Federal Reserve System (Fed).

 

Criptomoedas e descentralização da economia

Com a crise econômica de 2008, o Bitcoin surgiu como uma alternativa mais segura para a desordem monetária no sistema financeiro dos Estados Unidos que afetou o mundo inteiro. Nesse contexto, o mercado tradicional começava a gerar desconfiança entre investidores.

 

Esse sentimento generalizado impulsionou o crescimento de uma economia descentralizada com o BTC. Sem depender de uma entidade governamental, as criptomoedas representam uma quebra com uma autoridade central, o que é preciso em negociações com moedas convencionais. 

 

Para Eduardo Ibrahim, especialista em Economia Exponencial na SingularityU Brazil, os criptoativos se tornaram uma “alternativa ao sistema financeiro convencional”. Ele também explica que o Bitcoin pode ser comparado com o Ouro, por não possuir lastro tradicional. Ou seja, não possui uma garantia determinada sobre o valor da moeda.

 

Embora o lastro não seja em um ativo físico, e sim na tecnologia, a dinâmica de emissão, escassez e posse são parecidas e por isso se tornam uma opção de proteção, principalmente em momentos de incerteza econômica”, destacou Ibrahim.

 

Influência da economia tradicional

Mesmo com essa promessa, ainda não é possível separar totalmente o mercado tradicional com o digital. As notícias respingam e influenciam diretamente as negociações dos ativos digitais. Nos Estados Unidos, algumas ligações são ainda mais claras, como stablecoins indexados ao dólar e a influência das entidades sobre a regulamentação das criptomoedas. 

 

No Brasil, essa relação pode ser vista em outras situações. Empresas e bancos brasileiros utilizam a tecnologia blockchain como meio para seus processos de pagamento. Para Ibrahim, essa ligação permite “aumentar a eficiência e diminuir os custos em seus processos de negócio”. Além disso, a implementação do Drex e todo o esforço do Banco Central nesse processo demonstram esse desenvolvimento. 

 

Carlos Akira Sato, especialista em ativos digitais, fintechs, special situations e sócio do escritório Jantalia Advogados, destacou que “conforme a economia tradicional começa a adotar a tecnologia blockchain, a interação das criptomoedas aumenta, e já temos um termo muito utilizado para esse fenômeno,a interoperabilidade”. Sato também ressalta outras relações que tornam a economia tradicional em uma “economia tokenizada”. 

 

É inegável que as criptomoedas são mais utilizadas no mercado financeiro, mercado de capitais, mercado de tecnologia e mercado de games, mas a criação de produtos acessíveis, do ponto de vista de experiência do usuário, torna o cenário de economia tokenizada cada vez mais próximo”, comentou. 

 

Para ele, essa relação traz vantagens ao aumentar “a confiança das pessoas em relação aos ativos” e “favorece a adoção das criptomoedas em todos os setores da economia”. 

 

Por outro lado, o especialista em Economia Exponencial na SingularityU Brazil, Eduardo Ibrahim, analisa que como as criptomoedas podem “ser vistas como ativos de refúgio em momentos de crise, isso tende a resultar em aumento da demanda e, consequentemente, valorização dos ativos”. Mas para ele, ainda é preciso de avanços para os investidores terem uma segurança maior. 

 

No entanto, a falta de mercados maduros e regulados como os que conhecemos também pode tornar as criptomoedas voláteis e sujeitas a correções bruscas quando ocorrem eventos inesperados, trazendo grande risco para os investidores”, destacou Ibrahim.

 

Futuro dessa relação

Ainda não é possível mensurar se a criptomoeda vai se desvencilhar totalmente da economia tradicional, sendo preciso muitos recursos para esse cenário se realizar. Akira Sato diz que “as criptomoedas continuarão independentes e cada vez mais aumentarão a sua interação com a economia tradicional até que o padrão seja uma economia totalmente tokenizada”.

 

Para Ibrahim, seria necessária uma aceitação geral dos pagamentos com criptomoedas para isso acontecer, além de “unidade de conta confiável e uma reserva de valor estável aceita e regulada pelos governos de economias locais”. Entretanto, o especialista em Economia Exponencial na SingularityU Brazil diz que “esse processo exige confiança em tecnologias avançadas e investimento na educação e infraestrutura adequada”.

ETFs

Vale a pena investir em ETFs de cripto?

Descubra por que esses fundos podem otimizar sua carteira e como uma estratégia bem definida é essencial

domingo, 18 de maio, 2025 - 09:00

Kadu Soares

ETFs de criptomoedas negociados em bolsas tradicionais oferecem uma forma regulamentada de investir em ativos digitais sem custódia direta

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O mercado de ETFs de cripto tem se destacado ao oferecer uma janela regulada e líquida para exposição a Bitcoin, Ether e outras criptomoedas, eliminando a necessidade de lidar com wallets e custódia privada.

Desde produtos à vista até versões alavancadas e inversas, essas soluções permitem que investidores de todos os perfis participem do universo cripto por meio de bolsas tradicionais, com transparência nos processos de criação, resgate e divulgação de ativos.

Mas, afinal, vale a pena investir em ETFs de cripto?

O que são ETFs de cripto e como eles funcionam?

Antes de entender se vale a pena investir em ETFs cripto, é preciso entender o que eles são e como funcionam.

Em resumo, os ETFs de cripto, também chamados de ETPs em alguns mercados, são fundos negociados em bolsa cujas cotas refletem o desempenho de um ou mais ativos digitais. Nos produtos à vista — como o iShares Bitcoin Trust (IBIT) —, o fundo mantém uma reserva equivalente de Bitcoin ou Ether em custódia profissional, permitindo que o investidor acompanhe o preço do token em tempo real sem precisar guardá-lo diretamente.

Além dos tradicionais, existem os ETFs de futuros, como o ProShares Bitcoin Strategy ETF (BITO) e o ProShares Ether Strategy ETF (EETH), que investem em contratos negociados na Chicago Mercantile Exchange, rolando posições automaticamente para manter a exposição contínua, mas sem a posse física da criptomoeda.

Por fim, versões alavancadas e inversas (2× long ou –1×) ajustam diariamente a quantidade de contratos para entregar múltiplos do retorno ou o oposto do desempenho do ativo-base, ferramentas que devem ser usadas com cautela devido ao risco de decaimento em horizontes mais longos.

Parece complicado, mas existe uma forma simples de gerar renda extra em dólar todos os meses com ETFs de cripto — mesmo que você esteja começando agora.

A estratégia é nova, acessível e pode ser aplicada por qualquer investidor com conta em corretora.

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Desvantagens de investir em ETFs de cripto

Como qualquer ativo, os ETFs de cripto também apresentam limitações e riscos que devem ser considerados antes da alocação de capital. Os principais são:

  • Risco de tracking error: o desempenho do ETF pode divergir do preço real da criptomoeda devido a custos de gestão, estruturas de futuros e estratégias de rebalanceamento.
     
  • Taxas e custos ocultos: além da taxa de administração, podem existir custos de transação, de criação/resgate in-kind e eventuais comissões de corretagem.
     
  • Volatilidade inerente: embora ofereçam diversificação, esses ETFs continuam sujeitos à grande oscilação dos preços dos criptoativos, o que pode resultar em variações bruscas no valor das cotas.
     
  • Risco regulatório: o ambiente de cripto ETFs ainda evolui; mudanças de regulamentação podem afetar a oferta, liquidez ou até a continuidade de certos produtos.
     
  • Limitação de horário de negociação: ao contrário de criptomoedas negociadas 24/7, esses ETFs só operam durante o pregão das bolsas em que estão listados.

Você entendeu os riscos dos ETFs cripto…

Mas o que pouca gente te conta é que dá pra mitigar todos eles com uma estratégia bem definida.

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Vantagens de investir em ETFs de cripto

Por outro lado, os ETFs de cripto têm suas vantagens e benefícios que tornam essa forma de exposição aos ativos digitais atraente para investidores de todos os perfis. As mais famosas incluem:

  • Exposição sem custódia direta: não há necessidade de criar ou gerenciar wallets, pois o fundo mantém a criptomoeda em custódia profissional, reduzindo riscos de segurança e complexidade operacional.
     
  • Diversificação automática: muitos ETFs rastreiam índices ou cestas de tokens, permitindo ao investidor obter exposição a múltiplas criptomoedas em uma única transação.
     
  • Liquidez diária: negociados em bolsas tradicionais como NYSE e TSX, esses fundos podem ser comprados ou vendidos a qualquer momento durante o pregão, evitando problemas de liquidez típicos de algumas exchanges de cripto.
     
  • Regulação e transparência: sujeitos a supervisão de órgãos como a SEC, os ETFs de cripto publicam relatórios periódicos detalhando composição e políticas de custódia, elevando o nível de confiança em relação a produtos não regulados.
     
  • Custo-efetividade: ao investir em ETFs de cripto, o custo de entrar no mercado é diluído na taxa de administração, muitas vezes inferior ao spread e às taxas de transação de corretoras de criptomoedas.
     
  • Facilidade de negociação: podem ser adquiridos através de qualquer home broker, sem necessidade de plataformas especializadas, integrando-se ao fluxo de investimento em ações e outros ETFs.
     
  • Potenciais eficiências fiscais: em algumas jurisdições, ETFs oferecem tratamentos tributários mais favoráveis ou simplificados em comparação à declaração direta de criptomoedas.

Afinal, vale a pena investir em ETFs cripto?

Investir em ETFs de cripto pode ser uma ótima maneira de ganhar exposição a ativos digitais de forma regulamentada, com liquidez diária e sem a necessidade de gerenciar wallets ou chaves privadas. Para quem busca diversificar o portfólio além de ações, renda fixa e FIIs, esses fundos oferecem um canal direto e transparente para acompanhar o desempenho de Bitcoin, Ether e até estratégias alavancadas ou inversas, tudo pelo home broker.

Entretanto, acima de tudo, é fundamental entrar nesse mercado com uma estratégia bem definida. Uma abordagem baseada em alocação disciplinada reserva uma porcentagem fixa do capital para ETFs cripto (por exemplo, 5–10%), revisando e rebalanceando periodicamente conforme a volatilidade e o desempenho relativos ao restante da carteira.

Outra tática eficaz é a venda de covered calls sobre cotas de ETFs de Bitcoin e Ether, transformando oscilações de preço em um fluxo extra de renda — são os chamados dividendos sintéticos.

E se você ainda está começando ou tem receio de investir nesse mercado por falta de experiência, existe o Super ETF. Ele consiste em uma nova metodologia de investimentos que combina ETFs e operações de opções para gerar renda extra mensal em dólar, acessível a todos os níveis de experiência. Com módulos práticos e mentorias, você aprende a implementar essas estratégias de forma segura e estruturada.

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Sem essas diretrizes, até mesmo os melhores ETFs à vista podem sofrer com movimentos bruscos de mercado, e os produtos alavancados correm o risco de decay em posições mantidas por muito tempo. Por isso, montar um plano que inclua pontos de entrada e saída, limites de perda (stop loss) e metas de realização de lucro é imprescindível para proteger seu capital e aproveitar as oportunidades que o setor cripto oferece.

ETFs cripto

Quais são os principais ETFs de cripto?

Descubra a evolução e as principais opções de ETFs de criptomoedas disponíveis no mercado, desde fundos à vista até produtos alavancados e inversos

sexta, 16 de maio, 2025 - 13:00

Redação MyCryptoChannel

ETFs de criptomoedas revolucionam o mercado financeiro com produtos sofisticados e bilhões em ativos sob gestão, atraindo investidores institucionais

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A história dos ETFs cripto começou em maio de 2015, quando o Bitcoin Tracker One foi listado na Nasdaq Stockholm, simplificando o acesso aos ativos digitais ao eliminar a necessidade de wallets. Em 2021, quando o Purpose Bitcoin ETF estreou na Toronto Stock Exchange como o primeiro ETF físico de Bitcoin do mundo, oferecendo custódia direta dos tokens.

Nos Estados Unidos, a evolução do mercado foi gradual, começando com o ProShares Bitcoin Strategy ETF (BITO) em outubro de 2021, que utilizava contratos futuros. A verdadeira mudança veio no começo de 2024, quando a SEC aprovou diversos ETFs de Bitcoin à vista, consolidando definitivamente a aceitação institucional das criptomoedas.

O sucesso foi imediato: no mesmo ano, os ETFs de Bitcoin à vista captaram US$ 36,2 bilhões em recursos e acumularam mais de US$ 129 bilhões em ativos sob gestão, superando inclusive fundos tradicionais de ouro. Esse crescimento impulsionou o desenvolvimento de produtos ainda mais sofisticados.

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Quais são os principais ETFs cripto?

Por conta da diversidade de ETFs cripto disponíveis no mercado, tornou-se difícil acompanhar e entender as principais opções. Desde produtos à vista até versões alavancadas e inversas, cada fundo possui características únicas que atendem a diferentes objetivos de investimento. Os principais são:

IBIT – iShares Bitcoin Trust (BlackRock)

O iShares Bitcoin Trust (IBIT) é um exchange-traded product (ETP) à vista que reflete o preço do Bitcoin sem necessidade de wallets privadas. Através do modelo de criação e resgate in-kind, participantes autorizados podem trocar Bitcoin por cotas do fundo e vice-versa, otimizando a eficiência tributária e reduzindo custos. Desde seu lançamento em janeiro de 2024, o IBIT acumulou US$ 52,9 bilhões em ativos sob gestão e lidera o volume de negociação diária, confirmando sua liquidez e relevância global.

FBTC – Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund

O Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) é o ETP à vista da Fidelity que replica o preço do Bitcoin com liquidez intradiária e sem lock-up, permitindo resgates imediatos. Com taxa líquida de administração de 0,00%, oferece exposição ao BTC praticamente sem custo, apoiado por custódia regulamentada e transparência nos relatórios. Até o início de 2025, o FBTC alcançou US$ 21 bilhões em AUM, consolidando-se como a segunda maior opção à vista.

EETH – ProShares Ether Strategy ETF

O ProShares Ether Strategy ETF (EETH), lançado em outubro de 2023, é o primeiro ETF de Ether nos EUA com exposição via contratos futures na CME, sem custódia direta da criptomoeda. O fundo investe principalmente em futures de Ether, mantendo exposição contínua através de rollover automático, visando replicar o desempenho antes das taxas. Essa estrutura atende investidores que buscam diversificação regulamentada no ecossistema Ethereum.

Você já conhece três dos principais ETFs cripto…

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BITX – ProShares Bitcoin Strategy ETF – 2× Long

O ProShares Bitcoin Strategy ETF – 2× Long (BITX) é um ETF alavancado que busca entregar diariamente o dobro do retorno do Bitcoin, usando contratos futuros e ativos de garantia. Destinado a traders sofisticados, o BITX apresenta risco de decay em horizontes longos devido ao efeito composto, exigindo monitoramento constante. Mesmo assim, ganha popularidade entre investidores agressivos que buscam amplificar ganhos em ciclos de alta.

BITI – ProShares Short Bitcoin Strategy ETF

O ProShares Short Bitcoin Strategy ETF (BITI) oferece exposição inversa (–1×) ao Bitcoin através de futures, ajustando posições diariamente para acompanhar o movimento oposto do preço. Ideal como hedge em cenários de queda, o BITI requer cautela em prazos longos devido ao risco de tracking error e custos de rollover.

Qual a melhor estratégia para investir em ETFs cripto?

Investir nos melhores ETFs cripto sem uma estratégia bem definida é como navegar sem bússola em águas turbulentas. Mesmo com a explosão do mercado de ETFs de Bitcoin à vista, que já acumula mais de US$ 129 bilhões em ativos sob gestão, muitos investidores ainda enfrentam dificuldades para estruturar operações consistentes e gerar resultados satisfatórios.

Uma alternativa que tem ganhado destaque é o Super ETF, uma metodologia estruturada que transforma ETFs em uma fonte de renda mensal através de operações com dividendos sintéticos.

Com uma abordagem que combina análise técnica e fundamentalista, o programa permite que investidores de todos os perfis acessem o mercado de criptomoedas de forma mais segura e profissional, através de produtos regulados e com gestão transparente.

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