sexta, 14 de fevereiro, 2025

Criptomoedas

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Novo governo de Trump pode impulsionar criptomoedas e bancos podem aceitar mais risco

Mudanças no governo Trump podem facilitar a relação entre bancos e criptomoedas, mas desafios persistem para as entidades financeira

terça, 07 de janeiro, 2025 - 19:03

Redação MyCryptoChannel

O novo governo de Donald Trump poderá promover mudanças positivas para o setor de criptomoedas, especialmente para as empresas que operam junto aos bancos. 

Porém, as expectativas em torno do novo cenário regulatório devem ser "razoáveis", de acordo com uma análise do banco de investimentos TD Cowen. 

Bancos e a integração com criptomoedas 

Em um relatório publicado na segunda-feira (6), o Washington Research Group da TD Cowen, liderado por Jaret Seiberg, detalhou que os bancos enfrentam desafios ao lidar com criptomoedas.  

Isso porque há à necessidade de cumprir regulamentos rigorosos, como as regras de antilavagem de dinheiro (AML) e o Bank Secrecy Act (BSA).  

Embora o governo Trump sinalize uma abordagem mais flexível em relação à conexão entre finanças tradicionais e criptomoedas, Seiberg observa que alguns bancos podem ser cautelosos ao aceitar os riscos associados.  

A preocupação com a liquidez e a concentração de riscos pode levar certos bancos a se afastarem da criptomoeda, enquanto outros podem ver uma oportunidade no mercado. 

“Além disso, algumas entidades de criptomoedas podem se opor a qualquer supervisão governamental. Isso pode limitar o quão confortáveis os bancos estão em trabalhar com elas”, afirmou o grupo.  

A análise sugere que, enquanto alguns bancos podem optar por evitar o risco, outros podem enxergar oportunidades no mercado de criptomoedas, especialmente à medida que a confiança no setor se reestabelece após crises recentes, como o colapso do Silvergate Bank em 2022. 

Expectativas de maior aceitação da cripto 

Apesar da resistência inicial, Seiberg prevê que, com o passar do tempo, os bancos começarão a aceitar mais riscos no mercado cripto.  

Uma das mudanças mais esperadas é a possível autorização para que bancos emitam stablecoins, o que garantiria uma maior segurança nas reservas e manteria o capital dentro do sistema financeiro tradicional. 

Outro ponto relevante é que, se o Congresso aprovar novas legislações sobre o mercado cripto, certos bancos podem ser autorizados a negociar ativos digitais de maneira semelhante à negociação de ações tradicionais. 

Além disso, a flexibilização das restrições a empréstimos lastreados em criptomoedas e o uso de stablecoins em sistemas de pagamento digital também são vistos como potenciais avanços. 

Criptomoedas

Ripple anuncia parceria com Unicâmbio para pagamentos rápidos entre Portugal e Brasil

Ripple anunciou uma parceria com a Unicâmbio para viabilizar transferências instantâneas e de baixo custo entre Brasil e Portugal, utilizando sua plataforma Ripple Payments

segunda, 10 de fevereiro, 2025 - 16:51

Redação MyCryptoChannel

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A Ripple anunciou nesta segunda-feira (10) uma parceria com a casa de câmbio portuguesa Unicâmbio, com o objetivo de possibilitar transferências instantâneas e de baixo custo entre Portugal e o Brasil. 

A inovação será viabilizada pela plataforma Ripple Payments, que utiliza ativos digitais para agilizar os pagamentos internacionais.

De acordo com a Ripple, a tecnologia implementada na parceria com a Unicâmbio utiliza ativos digitais para transformar os pagamentos internacionais, tornando-os mais rápidos, econômicos e eficientes.

Com a nova solução, os clientes empresariais da Unicâmbio poderão realizar transferências entre os dois países com liquidações em apenas alguns minutos. 

De acordo com a Diretora-Geral para Reino Unido e Europa da Ripple, Cassie Craddock, “a parceria com a Unicâmbio é um marco para a Ripple na Europa”.

“Portugal se destaca como um hub crescente para a tecnologia de criptomoedas, e estamos muito empolgados em oferecer nossa solução de pagamentos aos nossos parceiros neste mercado dinâmico", destacou. 

Ela acrescentou que, ao conectar as redes de pagamentos em Portugal e Brasil, a Ripple está promovendo transações mais rápidas e acessíveis. Ao mesmo tempo, a “ponte econômica entre estes dois importantes mercados” é fortalecida. 

Além de expandir sua atuação em Portugal, a Ripple já possui uma presença consolidada no Brasil, onde vem colaborando com grandes players do setor financeiro. 

Entre eles, destacam-se o Travelex Bank, parceiro da Ripple desde 2022, e o Mercado Bitcoin, a maior plataforma de criptomoedas da América Latina. 

Para Adriana Jerónimo, Membro do Conselho de Administração da Unicâmbio, “Portugal e o Brasil partilham laços econômicos e culturais profundos, com fluxos financeiros significativos. Ao recorrer à tecnologia blockchain, estamos a transformar a forma como o dinheiro circula entre os dois países”. 


 

Criptomoedas

Drex, stablecoins e regulação: o que o presidente do BC revelou em evento do BIS

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, discute o avanço das stablecoins e os desafios regulatórios no Brasil

sexta, 07 de fevereiro, 2025 - 15:41

Redação MyCryptoChannel

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, abordou na última quinta-feira (6) o cenário das criptomoedas no Brasil, destacando o domínio das stablecoins no mercado nacional.  

Durante sua participação em um evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Cidade do México, Galípolo ressaltou que esses ativos são utilizados majoritariamente como meio de pagamento, e não apenas como reserva de valor em dólar. 

Stablecoins e desafios regulatórios 

Galípolo classificou o uso das stablecoins como meio de pagamento como um fator preocupante, destacando seu potencial opacidade em relação à tributação e à prevenção à lavagem de dinheiro. “Isso não é uma acusação, mas quando você vê o que as pessoas estão comprando, sempre surge essa dúvida sobre a motivação”, afirmou. 

O presidente do BC também comentou sobre a busca por privacidade no uso de criptomoedas, sugerindo que, em muitos casos, essa privacidade não está ligada apenas à proteção de dados pessoais, mas também ao desejo de evitar a tributação sobre determinadas transações. 

O que Galípolo acha do Drex? 

Além do panorama sobre as stablecoins, Galípolo explicou o conceito e os objetivos do Drex.  

Ele esclareceu que o Drex não é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), mas sim uma infraestrutura baseada em tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT), que permite a tokenização de depósitos e ativos por meio de contratos inteligentes. 

Entre as principais motivações para a implementação do Drex, Galípolo destacou a possibilidade de viabilizar finanças e crédito de forma mais eficiente.

“Quando tentamos explicar para as pessoas que tipo de problemas o Drex pode resolver, geralmente usamos o exemplo de que ele pode facilitar o acesso a crédito por meio dessa infraestrutura”, afirmou. 

O antigo o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também destacou o potencial do Drex. Em sua fala, Campos Neto destacou que a interseção entre tokenização — especialmente os tokens lastreados em ativos reais (RWA) — e o open finance tem sido subestimada, apesar do potencial.   

Campos Neto afirmou que o Drex surge como peça-chave nesse cenário, trazendo eficiência e produtividade para a gestão de riscos, garantias e funding pelos bancos.