sábado, 17 de maio, 2025

Criptomoedas

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Worldcoin processa Espanha por bloqueio à coleta de dados biométricos

Empresa desafia decisão da Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) e alega total conformidade com leis e regulamentos da UE

sexta, 08 de março, 2024 - 17:55

Redação MyCryptoChannel

A Worldcoin, empresa apoiada por Sam Altman, anunciou nesta sexta-feira (8) que irá processar a Espanha após a AEPD ter ordenado a suspensão da coleta de dados biométricos da empresa no país no início da semana. 

Em comunicado à Blockworks, a Worldcoin afirma estar em "total conformidade" com todas as leis e regulamentos que regem a coleta e transferência de dados biométricos, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR).  

A empresa alega ter mantido um diálogo constante com a sua principal autoridade de privacidade de dados na UE, BayLDA, há meses, e se mostra decepcionada com a decisão da AEPD. A Worldcoin disse que respondeu regularmente às solicitações do BayLDA durante meses e operou legalmente na Espanha e em outros países europeus, afirma a empresa em uma postagem no blog.  

“Ficamos desapontados porque o regulador espanhol contornou o processo e as regras aceitas pela UE, o que nos deixa poucos recursos a não ser abrir uma ação”, disse Worldcoin à Blockworks por e-mail. " A Tools for Humanity, organização sem fins lucrativos por trás da Worldcoin, é a responsável por mover a ação judicial. 

“É lamentável que a autoridade espanhola de proteção de dados (AEPD) esteja a contornar os procedimentos estabelecidos no âmbito do GDPR com as suas ações hoje, que estão limitadas a Espanha e não à UE em geral”, disse a empresa.  

A Worldcoin garante aos usuários na Espanha que seu aplicativo ainda está disponível, mesmo com a pausa no serviço de verificação. A empresa recebeu 72 horas da AEPD para suspender a coleta de dados e destruir os já coletados. 

“A AEPD tem recebido diversas reclamações contra esta empresa sobre a insuficiência de informação, a recolha de dados de menores e o facto de o consentimento não poder ser retirado, entre outras infrações”, segundo um comunicado de imprensa da AEPD. 

AEPD disse que “esta decisão baseia-se em circunstâncias excepcionais, onde é necessária a adopção de medidas cautelares destinadas à cessação imediata das atividades de tratamento para evitar a possível transferência de dados a terceiros e para salvaguardar o direito fundamental à proteção dos dados pessoais,” 

Criptomoedas

Criptomoedas registram entrada recorde no mundo, mas Brasil registra saída de investimentos

Fundos de criptomoedas registram entrada líquida de US$ 3,4 bilhões, com Bitcoin e Ethereum liderando o movimento

segunda, 28 de abril, 2025 - 09:21

Redação MyCryptoChannel

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Os produtos de investimentos em criptomoedas registram uma entrada líquida de US$ 3,4 bilhões na última semana, de acordo com levantamento da CoinShares. O volume é o maior desde dezembro e marca a terceira maior captação semanal da história do setor.


De acordo com James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, o movimento é resultado da combinação de preocupações com tarifas sobre lucros empresariais e a forte desvalorização do dólar americano. 

Para o especialista, esses são “os motivos pelos quais os investidores se voltaram para os ativos digitais, que estão sendo vistos como um porto seguro emergente”. 

Os Estados Unidos concentrou a maior parte dos fluxos positivos, respondendo por US$ 3,3 bilhões em entradas. Já o Brasil registrou US$ 600 mil em saídas. 

Bitcoin volta a liderança 

Na semana passado, o XRP superou o Bitcoin (BTC) em investimentos. No entanto, nos últimos sete dias a maior criptomoeda do mundo teve uma alta de 9,2% que elevou seu preço para a casa dos US$ 95 mil novamente, de acordo com o CoinMarketCap.

 Nos Estados Unidos, os ETFs de BTC à vista acumularam entradas de mais de US$ 3 bilhões, o maior volume semanal registrado em cinco meses. De acordo com dados do The Block, os fluxos foram positivos todos os dias da semana.

Além disso, o total de ativos sob gestão dos fundos de criptomoeda mundialmente atingiu US$ 132 bilhões, nível não alcançado desde o fim de fevereiro. Grande parte dessa movimentação veio de fundos de bitcoin, que sozinhos captaram US$ 3,2 bilhões no período.

Ethereum e outros ativos digitais também recebem entradas

Após oito semanas consecutivas de saídas, os produtos de investimento baseados em Ethereum (ETH) registraram entradas líquidas de US$ 183 milhões. Desse total, US$ 157,1 milhões vieram dos ETFs à vista nos EUA, marcando o primeiro saldo positivo do ativo desde fevereiro.

Produtos vinculados ao XRP também atraíram atenção dos investidores, adicionando US$ 31,6 milhões em novos aportes. Já os fundos Sui captaram US$ 20,7 milhões no mesmo intervalo.

Em contrapartida, os fundos baseados em Solana (SOL) foram os únicos a registrar saídas líquidas, com perdas de US$ 5,7 milhões na semana. 
 

Regulamentação

Criptomoedas terão nova regulamentação no Brasil a partir de 2025, promete Banco Central

Regras vão atingir exchanges, stablecoins e prestadoras de serviços com criptomoedas

sexta, 25 de abril, 2025 - 10:58

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou na última quinta-feira (24) que a regulamentação do mercado de criptomoedas no país será publicada ainda em 2025. A promessa foi feita pelos diretores Gilneu Vivan e Renato Gomes durante a apresentação da nova agenda regulatória da instituição, transmitida ao vivo de Brasília.

O plano inclui medidas específicas para exchanges e stablecoins, além da regulação para o enquadramento das chamadas Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs), também conhecidas como VASPs. O objetivo é prevenir golpes e pirâmides desse setor. 

Novo planejamento do Banco Central

Com a reformulação de seu planejamento, o BCB passou a trabalhar com metas para ciclos de dois anos, e não mais em agendas anuais. As prioridades para o biênio 2025-2026 já estão definidas, e a regulação dos ativos virtuais aparece como um dos principais focos da instituição.

A expectativa é que as normas comecem a ser divulgadas no segundo semestre de 2025, com base nas três consultas públicas já realizadas sobre o tema. Essas consultas colheram contribuições da sociedade e do mercado, e servirão como base para a elaboração da regulamentação.

Regulamentação das criptomoedas no Brasil 

O Brasil, atualmente, tem a Lei 14.478, que reconhece os serviços de ativos virtuais e estabelece diretrizes para o setor. No entanto, a efetiva implementação da lei depende de regulamentações complementares, que, segundo o Banco Central, devem começar a ser divulgadas no segundo semestre de 2025, após a análise de três consultas públicas conduzidas pelo regulador.

Um dos principais focos da regulação será o enquadramento das chamadas Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs), as famosas VASPs. Essas empresas são responsáveis pela intermediação de operações com criptomoedas e terão de seguir regras específicas.

De acordo com Gilneu Vivan, a criação de um marco regulatório claro trará mais proteção para os consumidores. Ele também destacou que algumas operações com criptoativos envolvem elementos relacionados ao câmbio. 

Além disso, o Banco Central também irá analisar também as stablecoins. Essas moedas digitais são lastreadas em moedas fiduciária, como o dólar, e estão sendo debatidas no Congresso Nacional.