Os ETFs de Bitcoin (BTC) à vista dos EUA encerraram uma longa sequência de entradas, registrando saídas líquidas de mais de US$ 130 milhões na quarta-feira (24). O iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, viu quedas após acumular entradas por 71 dias consecutivos.  

O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o maior ETF de Bitcoin do mundo, continua a sofrer saídas significativas, com US$ 130,4 milhões saindo do fundo ontem. Dados da Farside Investors, apenas o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) e o ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) registrando entradas de US$ 5,6 milhões e US$ 4,2 milhões, respectivamente. 

Um relatório recente do Standard Chartered atribuiu a desaceleração nas entradas de ETFs a uma combinação de fatores macroeconômicos e geopolíticos. O aumento dos rendimentos do Tesouro dos EUA e as tensões no Oriente Médio teriam criado um ambiente mais desafiador para ativos de risco como o Bitcoin. 

Apesar da recente queda nas entradas, alguns especialistas ainda estão otimistas sobre o futuro dos ETFs de Bitcoin. O banco Morgan Stanley, segundo um relatório do AdvisorHub, está considerando permitir que seus 15 mil corretores ofereçam ETFs de Bitcoin aos seus clientes, o que poderia abrir novas portas para esses produtos. 

A aprovação condicional de ETFs spot de Bitcoin e Ethereum em Hong Kong na semana passada pode ter um impacto positivo no cenário de criptomoedas da Ásia, e até mesmo levar a mudanças regulatórias mais favoráveis na China continental. 

A plataforma de ativos digitais OSL, que será um "parceiro subcustodiante" para os ETFs da China Asset Management (ChinaAMC) e Harvest Global Investment, vê essa aprovação como um passo positivo. O CEO da OSL, Patrick Pan, acredita que os ETFs podem impulsionar uma onda de regulamentação "mais progressiva" na China e ter um efeito cascata em toda a região. 

“Para a China, este desenvolvimento em Hong Kong solidifica o lugar de Hong Kong como um centro financeiro único para inovações e pode influenciar futuras considerações regulatórias e a abertura do mercado para a criptografia, potencialmente levando a políticas mais progressistas alinhadas com os padrões globais”, destacou Pan ao Decrypt. 

Tanto a OSL quanto a ChinaAMC acreditam que a aprovação dos ETFs à vista pode levar a uma evolução regulatória na China continental. Thomas Zhu, chefe de ativos digitais da ChinaAMC, disse ao Decrypt que isso pode "acelerar as próprias estruturas dos reguladores para acomodar esses produtos", levando a uma "aceitação mais ampla" da criptomoeda na região.