O Canadá acompanhará o Brasil e lançará os seus ETFs à vista de Solana (SOL). A informação foi divulgada por Eric Balchunas, analista sênior da Bloomberg, a partir de uma circular do TD Bank. Os fundos devem começar a ser negociados em 16 de abril, de acordo com o documento.

A Comissão de Valores Mobiliários de Ontário (OSC) autorizou a emissão dos ETFs pelas gestoras Purpose, Evolve, CI e 3iQ. 

ETFs de Solana no Canadá

Diferente de outros produtos do mercado, os novos ETFs permitirão o staking de Solana, oferecendo recompensas aos investidores e potencialmente rendimentos superiores aos observados em produtos semelhantes com Ethereum.
 
Segundo a circular do TD Bank, a função “pode gerar rendimentos maiores do que o staking de Ether e reduzir os custos gerais de manutenção do ETF". Com isso, os produtos canadenses devem se tornar uma referência para o setor, especialmente em um momento em que outras jurisdições ainda analisam pedidos semelhantes.

Brasil já lançou o QSOL11

Antes mesmo do Canadá, o Brasil também marcou seu espaço no setor com o lançamento do QSOL11, o primeiro ETF de Solana registrado no país e no mundo. O produto da gestora QR Capital começou a ser negociado na B3 em 29 de agosto de 2024, com R$ 15,5 milhões em ativos. 

O QSOL11 é atrelado ao índice CME CF Solana Dollar Reference Rate F, desenvolvido pela Chicago Mercantile Exchange (CME) em parceria com a Crypto Facilities.

Nesta terça-feira (15), o ETF de Solana é negociado a R$ 9,55 com avanço de 2,14%. A QR Capital já havia lançado ETFs de Bitcoin e Ethereum.

Estados Unidos estão atrasados 

Nos Estados Unidos, grandes empresas da indústria de ativos digitais já solicitaram aprovação para seus próprios ETFs de Solana. Grayscale, Bitwise, 21Shares, Canary e VanEck estão entre os grupos que buscam aval da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA). 

No entanto, o antigo presidente da SEC, Gary Gensler, foi resistente quanto à aprovação de novos produtos relacionados a criptomoedas. Agora, com Paul Atkins confirmado como novo presidente do órgão, a indústria pode esperar novidades no setor. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) adiou decisões sobre fundos de negociados em bolsas de criptomoedas (ETFs) que envolvem staking e operações de criação e resgate em espécie. A nova previsão é que o órgão se posicione sobre os pedidos apenas em junho, de acordo com documentos oficiais divulgados nesta semana.

SEC adia decisões sobre ETFs de criptomoedas

A SEC justifica a medida com a necessidade de mais tempo para avaliar os impactos regulatórios dessas mudanças. 

O adiamento se aplica a solicitações feitas por gestoras como Grayscale, VanEck e WisdomTree, que buscam introduzir novas funções em seus ETFs, como o bloqueio de ativos digitais para geração de rendimento (staking) e a negociação com os próprios criptoativos em vez de dinheiro fiduciário.

O que é staking em ETFs de Ethereum? 

Um dos adiamentos é referente ao Grayscale Ethereum Trust ETF e o Grayscale Ethereum Mini Trust ETF. Em fevereiro, a NYSE Arca, bolsa que abriga os produtos, solicitou uma alteração nas regras que permitiria o depósito do Ethereum (ETH) nos fundos. O prazo inicial da SEC era 17 de abril, mas foi prorrogado para 1º de junho.

A proposta de staking, defendida em reuniões entre executivos da Jito, da Multicoin Capital e a SEC, permitirá que investidores recebam rendimentos com o bloqueio temporário de ativos.

A ideia é ampliar o potencial de retorno dos ETFs, o que poderia atrair mais investidores institucionais para o mercado de criptomoedas.

Mudanças nas operações de criação e resgate também estão em análise

Outro tema em discussão é a autorização para operações de criação e resgate em espécie nos fundos VanEck Bitcoin Trust e VanEck Ethereum Trust. Atualmente, essas operações são feitas apenas com moeda fiduciária. A proposta da Cboe BZX, apresentada em fevereiro, permitiria a realização dessas transações com as próprias criptomoedas.

A SEC também adiou sua decisão sobre essa mudança, inicialmente prevista para 19 de abril. O novo prazo estabelecido pelo órgão é 3 de junho. A medida também se estende ao Fundo Bitcoin WisdomTree, que aguarda autorização para usar o mesmo modelo operacional. 

SEC pede mais tempo

Em nota oficial, a secretária assistente da SEC, Sherry R. Haywood, afirmou que o órgão considera “apropriado designar um período mais longo” para tomar decisões.

O objetivo é que tenha “tempo suficiente para considerar a mudança de regra proposta e as questões nela levantadas”.