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Quais os riscos dos ETFs de cripto?

Apesar de serem uma opção que vem ganhando popularidade, é importante entender os riscos dos ETFs de cripto antes de alocar capital

quarta, 18 de junho, 2025 - 12:00

Kadu Soares

A popularização dos ETFs de cripto acelerou em 2024, quando o iShares Bitcoin Trust (IBIT) e diversos ETFs de Ether (ETHE) atraíram mais de US$ 65 bilhões em entradas líquidas no primeiro ano após a aprovação pela SEC.

Esses produtos permitem aos investidores negociar ações de fundos de cripto em bolsas tradicionais, eliminando a complexidade de wallets ou chaves privadas.

Contudo, apesar dessa praticidade, é importante conhecer os riscos dos ETFs de cripto, como questões de custódia, regulação e liquidez. Antes de investir nessa classe, é essencial avaliar cuidadosamente esses aspectos para evitar surpresas em momentos de turbulência no mercado.

O que são ETFs de cripto?

Em resumo, os ETFs de cripto são fundos que acompanham o preço de uma criptomoeda ou de uma cesta de ativos digitais, seja por meio de compra direta de spot ou por contratos futuros.

Nos ETFs spot, o fundo mantém as moedas digitais custodiadas em cold storage ou com custodiante terceirizado. Já nos ETFs de futuros, opera exposições via contratos padronizados em bolsas de derivativos. Entre os exemplos importantes estão o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que atua como ETF na prática, e o mais recente ProShares Bitcoin Strategy ETF (BITO), que investe em futuros de Bitcoin em vez de spot. No Brasil, o primeiro ETF de cripto foi o IBIT (BlackRock), autorizado em 2025, seguido pelo HASH11 (Hashdex), que combina Bitcoin e Ether. Esses fundos atraem investidores dispostos a aceitar a alta volatilidade dos criptoativos em troca de potencial de retorno e diversificação além das classes tradicionais.

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Quais os riscos dos ETFs de cripto?

Embora ofereçam acesso simplificado, os ETFs de cripto carregam tanto os riscos dos ativos digitais quanto os desafios próprios de produtos financeiros estruturados. Dentre os principais estão:

Volatilidade extrema

A volatilidade média diária de ativos como Bitcoin frequentemente supera 5%, podendo atingir 20–30% em dias de notícias relevantes ou liquidações de mercado. Essa oscilação intensa faz o NAV (Net Asset Value) do ETF variar drasticamente, e o preço de mercado nem sempre acompanha o NAV com precisão, aumentando o tracking error. Em momentos de pânico, como em maio de 2021, quando o Bitcoin caiu quase 50% em três semanas, ETFs de cripto sofreram liquidações forçadas e spreads elevados, prejudicando investidores despreparados.

Riscos de custódia e segurança

ETFs spot dependem da custódia de criptomoedas por terceiros especializados. Vulnerabilidades em cold storage ou falhas nos protocolos de custódia já causaram falhas milionárias, como o caso do Mt. Gox em 2014. Uma perda de chaves privadas ou ataque ao custodiante pode resultar em desvalorização total do ETF, já que o ativo subjacente é irrecuperável.

Falhas regulatórias e compliance

O ambiente regulatório dos cripto ETFs permanece incerto: a SEC dos EUA aprovou condicionalmente apenas ETFs de futuros e spot de Bitcoin em 2024, enquanto na Europa a legislação MiCA aguarda implementação total até 2025. Mudanças bruscas — como proibição de negociação para varejo ou novos requisitos de capital — podem suspender produtos e gerar perdas inesperadas para cotistas.

Liquidez e spreads

A liquidez de criptoativos no mercado spot varia conforme a exchange e horário, o que, em momentos de estresse, amplia os spreads de compra/venda e dificulta executar grandes ordens sem impactar o preço. ETFs dependem de market makers e authorized participants (APs) para criar e resgatar cotas; se esses agentes enfrentarem problemas, a liquidez do ETF pode diminuir, causando slippage e volatilidade excessiva no preço.

Complexidade de valuation e risco de contraparte

ETFs de futuros de cripto trazem risco de contraparte, pois dependem de contratos de derivativos liquidados por clearing houses (como CME), sujeitos a falhas. Além disso, calcular um valor justo para criptomoedas — sem fluxos de caixa ou métricas tradicionais — é desafiador, podendo criar divergências duradouras entre preço do ETF e preço spot.

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Mitigação e boas práticas

Primeiramente, é fundamental limitar a exposição a ETFs de cripto a 5-10% do portfólio total, conforme seu perfil de risco. Essa abordagem conservadora protege seu patrimônio contra quedas bruscas, comuns nessa classe de ativos.

Na questão da segurança, priorize ETFs que utilizem custodiantes terceirizados confiáveis, com seguros contra ataques hackers e auditorias regulares. Essa medida é crucial para minimizar riscos de perdas por falhas na guarda dos ativos digitais.

A escolha da estrutura do ETF merece atenção especial. Investidores mais conservadores podem preferir ETFs spot, enquanto os que aceitam maior risco podem considerar ETFs de futuros. Neste último caso, é essencial compreender os custos de rolagem de contratos e as implicações técnicas como contango e backwardation.

Por fim, mantenha uma rotina de monitoramento e rebalanceamento da sua posição. Estabeleça gatilhos claros para ajustar sua exposição e revise periodicamente os relatórios de compliance dos ETFs. Mantenha a disciplina para executar stops quando necessário, evitando decisões emocionais em períodos de alta volatilidade.

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Conclusão: vale a pena?

Investir em ETFs de cripto pode ser adequado para perfis arrojados ou institucionais que buscam retornos superiores e podem absorver grandes oscilações. Esses produtos oferecem praticidade e acesso regulado, mas exigem compreensão profunda dos riscos de volatilidade, custódia, regulação e liquidez.

Por outro lado, investidores conservadores e com horizonte de curto prazo devem evitar esses ETFs, pois a exposição pode resultar em perdas súbitas difíceis de recuperar. Para esses perfis, fundos tradicionais de ações ou renda fixa são opções mais adequadas.

Mas isso não impede que conservadores ou até mesmo iniciantes comecem no mercado de ETFs. Uma estratégia que vem ganhando popularidade é o Super ETF, um método de investimento que combina ETFs tradicionais com operações estruturadas de opções para gerar renda mensal em dólar. Essa abordagem oferece uma entrada mais suave no mercado, com riscos controlados e potencial de retornos consistentes, mesmo para quem está dando os primeiros passos em investimentos internacionais.

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ETFs de Bitcoin recebem US$ 2,3 bilhões em quatro dias

Produto de investimentos acompanham valorização do Bitcoin e IBIT da BlackRock lidera entradas

quinta, 24 de abril, 2025 - 10:38

Redação MyCryptoChannel

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Além da recuperação do Bitcoin (BTC), os fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados a criptomoeda também registram uma onda positiva de aportes na última semana. Os produtos de investimentos registraram entradas líquidas superiores a US$ 2,3 bilhões em apenas quatro dias. 

IBIT da BlackRock lidera com fluxo 

O destaque da valorização foi o IBIT, fundo da BlackRock, que sozinha captou US$ 643 milhões na última quarta-feira (17). Esse foi o maior volume diário desde 21 de janeiro, após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

No mesmo dia, o volume total de entradas líquidas dos ETFs de Bitcoin chegou a US$ 916,9 milhões, quase igualando os US$ 936,4 milhões da terça-feira anterior. Assim, o setor completou quatro dias consecutivos de fluxo positivo.

ARKB, Fidelity e outros fundos também registram entradas 

Outros ETFs também contribuíram para o fluxo de entradas. O ARKB, da parceria entre Ark Invest e 21Shares, registrou US$ 129,5 milhões em novas entradas. O FBTC, da Fidelity, somou mais US$ 124,37 milhões. 

Já o HODL, da VanEck, e o Mini Bitcoin Trust, da Grayscale, também tiveram saldo positivo. Por outro lado, o BITB, da Bitwise, teve saídas líquidas de US$ 15 milhões.  


Contexto incentiva valorização do setor 

O Bitcoin mostrou valorização na última quarta-feira após boatos que o governo Trump reduziria as tarifas impostas para a China. Após um pico acima de US$ 94 mil no início do dia, o ativo era negociado a cerca de US$ 92.690 no fechamento, segundo dados do The Block.


 
 

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ETFs de Bitcoin atraem US$ 936 milhões em um dia com alta do BTC e queda do dólar

Investidores voltam a apostar em BTC em meio a tensões geopolíticas e expectativas sobre juros nos EUA

quarta, 23 de abril, 2025 - 09:24

Redação MyCryptoChannel

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Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin (BTC) à vista dos Estados Unidos registraram na última terça-feira (22) sua maior entrada líquida em um único dia desde 17 de janeiro: US$ 936 milhões. 

Nos últimos três dias consecutivos de fluxo positivo, os ETFs de Bitcoin dos EUA já acumularam mais de US$ 1,4 bilhão em entradas. 

Investimentos em ETFs de Bitcoin

Os dados, divulgados pela SoSoValue, mostram que dez ETFs de BTC receberam aportes no dia, com destaque para o fundo Ark & 21Shares, que liderou com US$ 267,1 milhões em entradas líquidas. Em seguida, aparecem o FBTC, da Fidelity, com US$ 253,8 milhões, e o IBIT da BlackRock, com US$ 193,5 milhões.

De acordo com os analistas, os investidores estão enxergando o BTC como proteção contra incertezas geopolíticas e pressões macroeconômicas globais.

O que influencia essas entradas? 

Para Rachael Lucas, analista da BTC Markets, os dados indicam uma mudança estrutural no setor. “O capital institucional está retornando às criptomoedas, impulsionado por deslocamentos macroeconômicos, dinâmicas de oferta favoráveis e a crescente aceitação do Bitcoin como uma classe de ativos estratégica”, afirmou.

 Outro fator que impulsiona os preços é o enfraquecimento do dólar americano, somado às expectativas de flexibilização monetária por parte do Federal Reserve (Fed). “A possibilidade de novas rodadas de estímulo aumenta o apelo do BTC como ativo alternativo”, reforça Lucas.

O movimento de entrada nos ETFs ocorre no momento em que o Bitcoin demonstra recuperação com as turbulências dos mercados globais. A criptomoeda subiu 5,52% nas últimas 24 horas, sendo negociada a US$ 93,6 mil na manhã desta quarta-feira (23). 

De acordo com Min Jung, analista da Presto Research, há um interesse renovado no BTC como proteção contra inflação e riscos geopolíticos. Ele destacou que “embora ainda seja prematuro chamar o Bitcoin de 'porto seguro' completo, sua queda relativamente discreta durante os recentes eventos de risco global sugere que ele está sendo cada vez mais percebido como uma forma de 'ouro digital.”