sexta, 26 de dezembro, 2025

Moeda digital

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Conheça três impactos no mercado com chegada do Real Digital

Especialista aponta que moeda digital do BC será opção às criptomoedas, trará inclusão financeira e bancos atuarão como intermediários

domingo, 09 de julho, 2023 - 10:00

Redação MyCryptoChannel

O Banco Central deve iniciar nas próximas semanas a etapa de testes de uma versão piloto do projeto Real Digital. Trata-se de uma fase inicial da versão eletrônica da moeda brasileira, que poderá entrar em circulação ainda no próximo ano. No total, 14 instituições financeiras estarão presentes nesse piloto.

Entre os bancos que estarão nessa etapa, destacam-se os mais tradicionais, como o Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil. Na lista, também estão as instituições digitais – Nubank, Banco BV e BTG.

Participam ainda outras empresas bastante conhecidas do setor financeira por meio de consórcios, como no caso da TecBan (operadora do Banco 24 Horas). Além disso, estão nesse contexto as parcerias de algumas cooperativas, (Sicoob e Sicredi), fora outros bancos (Santander) e operadoras de cartão (Visa).

Em nota, o BC informou que a fase piloto vai incluir testes para medir a privacidade, o funcionamento dos programas de serviço da futura moeda digital e a interoperabilidade entre as instituições.

Teremos menos custos no processo bancário como um todo. Por outro lado, o nível de bancarização já vem crescendo por meio de fintechs e dos novos players de mercado e a moeda digital deve estimular isso ainda mais”, avalia Ruy Rede, CEO da BTTECH - lawtech com soluções para o setor jurídico e financeiro.

Para o especialista, com forte atuação no setor financeiro, a chegada do Real Digital trará três impactos no mercado brasileiro. Confira:

Opção às criptomoedas

Na avaliação do CEO da BTTECH, a implantação da moeda digital brasileira poderá ser uma via interessante para investidores e correntistas que não confiam nas criptomoedas presentes no mercado atual. Nesse caso, o Real Digital entra no mercado como uma StableCoins, que preveem a existência de um lastro para transações.

Uma moeda regulada pelo BC mantém esses fatores de confiabilidade de forma significativa. A existência de um banco é baseada em credibilidade e informação e, como consequência, mais segurança”, ressalta.

Inclusão financeira

A chegada da moeda eletrônica regulada pelo Banco Central trará um potencial aumento da inclusão financeira, a exemplo do que já acontece em relação com as fintechs, aponta Ruy Rede. Isso será possível porque o sistema vai possibilitar uma anonimização – preservação das informações privadas – similar ao uso da moeda em espécie.

O Brasil já tem tradição em transformações tecnológicas no setor bancário. Já precisamos trocar a moeda da noite para o dia em diversos planos econômicos. O novo sistema poderá melhorar ainda mais a troca de informações financeiras”, analisa o especialista.

Bancos como intermediários

O projeto-piloto do BC demonstra que os bancos permanecerão como intermediários das transações da moeda digital, ressalta o CEO da BTTECH. Através desse trabalho, a expectativa é de que as instituições emitam tokens referentes aos depósitos bancários, obtidos diretamente na autoridade monetária. Ou seja, será uma representação digital de ativos reais com valor comercial.

Isso acontece porque os bancos foram os primeiros a levar a experiência da tecnologia para a ponta dos dedos dos clientes, o que permite a inclusão digital há muitas décadas. As máquinas de autoatendimento são um exemplo disso seguidas pela conexão via computador e o Internet banking. Essas instituições financeiras têm tradição em investir fortemente na evolução tecnológica do setor bancário”, completa.

Geral

Roberto Campos Neto prevê fim dos bancos tradicionais com a ascensão das plataformas digitais e Drex

Em sua primeira fala pública após deixar o cargo de presidente do BC prevê uma revolução no sistema bancário com o avanço das fintechs e novas formas de pagamento como o Pix e as moedas digitais

segunda, 24 de março, 2025 - 13:10

Redação MyCryptoChannel

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Os grandes bancos enfrentarão uma transição para as plataformas digitais. A previsão foi feita por Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central (BC), em sua primeira aparição pública após deixar o cargo. 

Durante evento promovido pela XP Private Bank e a Miami Herbert Business School, Campos Neto destacou que os bancos convencionais serão abalados por plataformas digitais e isso não vai demorar muito. 

“Minha maior previsão é a de que bancos tradicionais serão profundamente abalados por bancos de plataformas digitais. É um processo que já está acontecendo e que vai acelerar nos próximos dois anos”, destacou Campos Neto. 

Bancos tradicionais estão com os dias contados 

Para justificar a previsão, ele citou exemplos de fintechs como Nubank, Revolut e Mercury, que estão se tornando competitivas, principalmente por conta de seus custos menores de atração e manutenção de clientes do que bancos tradicionais. 

Além disso, novas formas de pagamento também estão transformando o mercado financeiro. A implementação do Pix, por exemplo, está tornando os bancos tradicionais menos relevantes, ao facilitar pagamentos instantâneos e mais acessíveis.

“O Pix pode ser por aproximação. Eventualmente, terá funções de cartão de crédito. Pagamentos instantâneos estão mudando a forma com que os bancos funcionam”, afirmou o ex-presidente do Banco Central. 

Papel do Drex

Uma das previsões de Campos Neto envolveu a implementação das Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs), com destaque para o Drex, o "real digital". Ele argumentou que a adoção dessas moedas trará mais eficiência, especialmente em pagamentos transfronteiriços. 

Além disso, com a introdução de contratos inteligentes, a integração de todos os serviços financeiros em uma plataforma única estará cada vez mais próxima.

“Veremos esses marketplaces de finanças em um único aplicativo com todos os seus dados, e você poderá migrar suas informações para diferentes instituições e comparar produtos financeiros para escolher aqueles que ofereçam preços mais baratos”, ressaltou. 
 
 

Geral

Imposto de Renda 2025: Quem precisa declarar e como enviar

O prazo para envio do IRPF 2025 vai até 31 de maio. Confira se você está obrigado a declarar e veja as opções disponíveis

sexta, 07 de março, 2025 - 16:06

Redação MyCryptoChannel

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A temporada do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025 está prestes a começar, e os contribuintes devem ficar atentos ao prazo de envio da declaração. A expectativa é que o período tenha início em 17 de março, uma segunda-feira, já que o dia 15, data escolhida normalmente, cairá em um sábado.

A entrega das declarações deve seguir até 31 de maio, mas, como essa data também será em um sábado, a Receita Federal pode ajustar o prazo final. Porém, as datas ainda não foram divulgadas.

Quem precisa declarar o Imposto de Renda em 2025

A Receita Federal confirmará as regras para este ano, mas a expectativa é que os critérios de obrigatoriedade sejam mantidos. Devem declarar o Imposto de Renda os contribuintes que, em 2024, se enquadraram em pelo menos uma das seguintes condições:

  • Receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 no ano;
  • Obtiveram rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 40.000,00;
  • Possuíam bens e direitos que, somados, ultrapassavam R$ 300.000,00 em 31 de dezembro;
  • Obtiveram ganho de capital com a venda de bens ou direitos sujeitos à tributação;
  • Exerceram atividade rural e tiveram receita bruta superior a R$ 169.520,00 ou desejam compensar prejuízos anteriores.
  • Pessoas que tiveram renda mensal de até R$ 2.259,20 em 2024 estão isentas da obrigatoriedade da declaração.

Como enviar a declaração

Os contribuintes poderão preencher e entregar a declaração utilizando diferentes plataformas disponibilizadas pela Receita Federal. As principais opções são:

  • Programa Gerador da Declaração (PGD), disponível para download no site da Receita;
  • Portal e-CAC, para quem possui conta gov.br com nível prata ou ouro;
  • Aplicativo "Meu Imposto de Renda", que permite o envio da declaração por celulares e tablets.