Mineração de Bitcoin e meio ambiente: novo estudo acadêmico propõe potencial de descarbonização

Descobertas apontam para possibilidade de efeito líquido de descarbonização nas redes de energia

A questão controversa sobre se a mineração de Bitcoin (BTC) contribui positivamente ou prejudica o meio ambiente recebeu nova luz em um artigo acadêmico pioneiro. Especialistas em blockchain mergulharam no debate, fornecendo uma perspectiva inovadora sobre o assunto. O consenso alcançado? A mineração pode, de fato, ter impactos benéficos, desde que algumas mudanças cruciais sejam implementadas.

O artigo, elaborado pelos pesquisadores de blockchain Juan Ignacio Ibanez e Dr. Alexander Freier, oferece um olhar crítico sobre a relação entre a mineração de Bitcoin e o ambiente. Suas descobertas apontam para a possibilidade de um efeito líquido de descarbonização nas redes de energia, desde que haja uma mudança na direção das práticas de mineração em direção a fontes renováveis.

"Nossas descobertas mostram que a mineração de base renovável poderia gerar um efeito líquido de descarbonização nas redes de energia, embora sejam necessárias adaptações importantes nas práticas de mineração para realizar plenamente esse potencial", explicam os autores.

O estudo, publicado recentemente, aborda a pegada de carbono associada à mineração de BTC e examina como essa indústria poderia colaborar para expandir a adoção de energia renovável. Promovendo uma análise "equilibrada" entre as posições polarizadas no debate ambiental em torno do Bitcoin, a pesquisa traz um novo contexto à discussão.

A repercussão do artigo foi instantânea, acumulando em apenas dois dias um número de visualizações que ultrapassa 95% dos 24 milhões de artigos já publicados na Altmetric, plataforma que avalia o impacto e a visibilidade de pesquisas acadêmicas. Isso demonstra o alto interesse e relevância do tema abordado no estudo.