CBDC

Banco da Inglaterra recebe mais de 50 mil respostas sobre libra digital em consulta pública

Preocupações com privacidade e programabilidade dominam respostas à pesquisa sobre moeda digital do banco central

27 OUT 2023 • POR Redação MyCryptoChannel • 12h18
Foto: Christopher Bill / Unsplash

O Banco da Inglaterra (BOE) recebeu de 50 mil respostas à consulta pública sobre a libra digital, conforme anunciado pelo vice-governador Jon Cunliffe em seu discurso na última quinta-feira (26).

 

Durante uma conferência realizada pelo Conselho da Reserva Federal em Washington, DC, Cunliffe revelou que a maioria das respostas expressou preocupações significativas, principalmente em relação à privacidade, programabilidade e o possível declínio do dinheiro físico.

 

A consulta sobre a libra digital, lançada em fevereiro e encerrada em junho, despertou um amplo interesse e debate, refletindo o interesse global nas moedas digitais do banco central (CBDCs). No entanto, o Banco da Inglaterra ainda não decidiu formal sobre a emissão da CBDC, apesar do claro sinal de que será necessário.

 

Uma das principais preocupações levantadas pelos participantes da consulta foi a privacidade. Os usuários da libra digital foram assegurados por Cunliffe de que terão acesso ao mesmo nível de privacidade que desfrutam hoje ao realizar pagamentos eletrônicos. Ele enfatizou que o BOE não terá acesso aos dados pessoais das pessoas que utilizarem a moeda digital, buscando dissipar as preocupações sobre a possível violação da privacidade.

 

Jon Cunliffe também mencionou que houve um apoio geral ao modelo geral do CBDC. No entanto, o banco central planeja refinar as estimativas dos limites de absorção e detenção. Inicialmente, propunha-se que os indivíduos não poderiam deter mais de £ 10 mil (US$ 12 mi) a £ 20 mil do CBDC, pelo menos durante um período de introdução. 

 

Além disso, Cunliffe indicou que o regime provavelmente estabelecerá limites semelhantes para as stablecoins, seguindo os moldes propostos para a libra digital. Os bancos que emitem stablecoins serão obrigados a criar uma entidade legal separada com marcas, visando "evitar confusão entre os consumidores e assim evitar o contágio em um estresse entre diferentes formas de dinheiro".