Criptomoedas em alta

Bitcoin reage a corte do Fed e encosta em US$ 117 mil

Bitcoin ganha fôlego após corte de juros do Fed e volta à casa de US$ 117 mil

18 SET 2025 • POR Redação MyCryptoChannell • 18h31
Bitcoin se valoriza após corte de juros do Fed e volta à faixa de US$ 117 mil.

O Bitcoin (BTC) avançou 1,53%, cotado a US$ 117.512,50 no início da tarde desta quinta-feira (18), na esteira do corte de 0,25 ponto porcentual nos juros pelo Federal Reserve. A decisão, amplamente esperada, reativou o apetite por risco e trouxe nova rodada de volatilidade às criptomoedas, num ambiente em que o mercado já projeta mais reduções ao longo de 2025.

Por que o corte do Fed mexe com o Bitcoin

Para analistas, o movimento do Fed busca equilibrar pleno emprego e estabilidade de preços em meio a sinais de fraqueza no mercado de trabalho dos EUA e projeção de PIB de 1,6% neste ano. Com a política monetária caminhando para patamar “mais neutro”, cai o custo de oportunidade e cresce a procura por ativos fora da renda fixa — como o BTC.

Oscilação intradiária e liquidações

Logo após a divulgação, o BTC — que negociava perto de US$ 116.333 — recuou a US$ 114.720, antes de um repique rápido que levou a US$ 115.989 durante as falas de Jerome Powell. A volatilidade liquidou mais de US$ 105 milhões em posições alavancadas, abrindo espaço para operações de curto prazo.

Suportes e resistências no radar

No curto prazo, o BTC enfrenta resistência em US$ 118 mil e tem suporte em US$ 115 mil. Em horizontes maiores, a máxima histórica (ATH) em US$ 124 mil segue como barreira relevante, enquanto US$ 107 mil aparece como suporte de longo prazo. Em outra leitura técnica, compradores ainda dominam e o preço respeita a estrutura de alta, com possibilidade de testar US$ 120.431 e, se houver demanda, buscar a região da ATH em US$ 124.377; os suportes relevantes ficam em US$ 112.000 e US$ 108.000.

Fatores que sustentam o rali

ETF de cripto e fluxo institucional

O rali combina ambiente de juros mais baixos com entrada de capital institucional e expectativa em torno dos ETFs de cripto — reforçada por compras recentes da MicroStrategy e de outros grandes players. O movimento transborda para altcoins, com BNB perto de renovar máximas. Para especialistas, a tendência vem desde a aprovação dos ETFs (há mais de um ano) e, nas altcoins, desde meados de 2024.

Ouro recorde, liquidez e correlações

Mesmo com preços estáveis nesta semana, fatores paralelos deram sustentação ao BTC — como a alta do ouro acima de US$ 3.500, reavivando a demanda por proteção contra inflação. Na Ásia, a HKMA acompanhou o Fed e cortou a taxa básica em 25 pontos-base, para 4,50%, devido ao vínculo com o dólar. No mercado cripto, a corretora Bitunix apontou BTC oscilando perto de US$ 117 mil e Ether na casa de US$ 4,5 mil, com investidores monitorando fluxos de liquidez no fim de semana.

A correlação do Bitcoin com ouro e bolsas perdeu força recentemente. Enquanto ouro e índices acionários renovam máximas, o BTC está próximo — mas não acompanha na mesma intensidade, reflexo da rotação de capital para altcoins.

O que observar a seguir

Agenda de juros e sinalizações do Fed

Segundo profissionais do mercado, os preços já embutem probabilidade elevada de novo corte adiante. O tom das próximas comunicações do Fed e dados de atividade e inflação seguirão ditando a trajetória do BTC no curto prazo.

Técnica, níveis e gestão de risco

Para traders, a faixa imediata segue delimitada entre US$ 115 mil e US$ 118 mil. Perdas abaixo de suportes podem acelerar liquidações, enquanto a confirmação acima de US$ 118 mil abre espaço para US$ 120.431 e, mais adiante, US$ 124 mil–124.377. Para quem opera, o foco está em gestão de risco e respeito aos níveis técnicos apontados pelos analistas.