A listagem do token PUMP nas exchanges internacionais Binance e Upbit gerou grande expectativa no mercado. Normalmente, anúncios desse tipo aumentam a demanda e impulsionam os preços. Mas, desta vez, o resultado foi o oposto: em poucas horas, o ativo entrou em queda.

Segundo dados de mercado, o volume de negociações do PUMP disparou 73% em 24 horas. O movimento indica que investidores aproveitaram a visibilidade para realizar lucros rápidos, pressionando a cotação para baixo.

Expectativas frustradas com o PUMP

Nos últimos dias, a Pump.fun havia sinalizado otimismo ao anunciar recompras de cerca de US$ 20 milhões em tokens só em setembro. Além disso, seu cofundador, Noah Tweedale, alimentou rumores de novas parcerias durante entrevistas recentes.

Apesar disso, analistas alertam que os ganhos são frágeis. A volatilidade elevada e a concentração em operações especulativas aumentam o risco de movimentos bruscos, como o observado após a listagem.

Fatores que pressionaram o preço

Entre os pontos destacados pelos especialistas:

• Realização de lucros após valorização rápida do token.

• Rumores exagerados sobre listagens e parcerias estratégicas.

• Especulação de curto prazo impulsionada por redes sociais e grandes baleias.

Na prática, a combinação de expectativas elevadas e investidores antecipando o movimento gerou uma pressão vendedora imediata, derrubando o preço do PUMP.

O que esperar daqui para frente

Apesar da queda, o token ainda pode se beneficiar da maior liquidez proporcionada pelas listagens na Binance e na Upbit. O desafio está em sustentar o interesse dos investidores além do efeito inicial.

Para Fábio Murad, CEO da SpaceMoney, episódios como esse reforçam a importância de pensar além do curto prazo:

“O investidor precisa diferenciar hype de fundamentos. Operações de curto prazo podem gerar ganhos ou perdas abruptas, mas a verdadeira independência financeira está em estratégias consistentes, como a diversificação global com ETFs e geração de renda passiva em dólar”, afirma Murad.

O caso do PUMP ilustra a realidade de boa parte do mercado cripto: movimentos rápidos, especulação intensa e preços voláteis. Embora as listagens em grandes exchanges sejam um marco importante, elas não garantem valorização imediata.

Para investidores, a lição é clara: cautela com ativos de alto risco e foco em estratégias que gerem riqueza de forma sustentável no longo prazo.

O preço do Monero (XMR), principal criptomoeda de privacidade do mercado, disparou 51% na segunda-feira (28), após a suspeita de que hackers lavaram cerca de US$ 330 milhões em Bitcoin (BTC) roubado, conforme informações de analistas on-chain.

Por que o Monero está em alta? 

Na manhã desta segunda, o investigador ZachXBT detectou uma movimentação "suspeita" de 3.520 BTC, equivalente a aproximadamente US$ 333 milhões. 

Logo após, os fundos foram convertidos para Monero por meio de várias exchanges. A transação incomum, caracterizada por altas taxas e comportamento atípico, levou ZachXBT a afirmar que se tratava de um provável roubo.

Apesar de especulações iniciais sobre envolvimento norte-coreano, o investigador descartou essa possibilidade, sugerindo que a vítima era um antigo investidor de Bitcoin.

Registros de quedas 

O impacto da movimentação foi imediato. O preço do XMR saltou para US$ 347,72 em sete horas, antes de recuar para US$ 261. 

Por volta das 11:07 (horário de Brasília), o XMR era negociado a US$ 261 com alta de 14,59% nas últimas 24 horas. De acordo com cotação do CoinMarketCap, na semana, o ativo avançou 21,69%. 

O Monero, ocupa atualmente a 27ª posição entre as maiores criptomoedas em valor de mercado, e tem hoje uma capitalização de US$ 4,82 bilhões. 

Conhecido por suas ferramentas avançadas de anonimato, o XRP impede o rastreamento de transações e identidades, ao contrário do que ocorre nas blockchains do Bitcoin e do Ethereum.