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Tokenização: como instituições financeiras estão se preparando para a nova onda da revolução digital

Diante de muitas perguntas acerca da tecnologia, mas também sobre aspectos regulatórios, mercado tateia setor enquanto BC executa agenda intensa

quinta, 13 de julho, 2023 - 12:13

Redação MyCryptoChannel

*Por Cássio Krupinsk, CEO da BlockBR

A tokenização vem caminhando para uma popularização cada vez maior entre pessoas e empresas. Agora, as instituições financeiras tradicionais também se preparam para a revolução que ela promete. As possibilidades do token no futuro sequer foram totalmente dimensionadas. Em tese, qualquer coisa pode ser tokenizada, desde dinheiro ou safras agrícolas, até passes de jogadores de futebol.

Hoje, diversos modelos já estão sendo utilizadas no Brasil como garantia virtual para empréstimos de fintechs e bancos. Isso por que as combinações alfanuméricas impedem interceptações e tornam as transações digitais muito seguras. Essa série de cadeados e suas chaves são o motor das operações que estão movimentando o mundo por meio de carteiras digitais, compras por e-commerce ou assinaturas de streaming. E as oportunidades no futuro continuam a crescer.

O Banco Central do Brasil lançou recentemente o desenvolvimento de uma moeda digital (CBDC) que estará em testes em 2023. Além disso, Roberto Campos Neto, presidente da entidade, defende que o país está migrando para uma economia tokenizada, pois há uma busca intensa por representações digitais dos mais diversos ativos.

Diante de muitas perguntas acerca da tecnologia em si e da segurança, mas também sobre os aspectos regulatórios, o mercado tateia o setor enquanto o BC executa uma agenda intensa. Além de toda a dedicação para desenvolver o Real Digital, a autarquia criou um grupo de trabalho interdepartamental para discutir especificamente a tokenização de ativos, levando o tema para os agentes internos e comprovando que a agenda está em seu foco.

A ideia mais aceita no mercado é que o ecossistema envolvido chegue a um acordo sobre uma rede comum de registros. E a diretriz é trazer o máximo de ativos para dentro do BC. É possível construir pontes entre diferentes blockchains, mas essas conexões acabam se tornando pontos fracos nas operações.

No diálogo entre os agentes do mercado, é possível perceber a preferência por uma infraestrutura única, mas essa consolidação também pode impactar negativamente e derrubar os principais benefícios que o mundo cripto oferece, como a independência e a segurança.

Neste sentido, é improvável que as empresas prefiram emitir os tokens diretamente no blockchain fechada, por uma questão até mesmo ideológica, afinal o sistema nasceu do conceito de descentralização. Além disso, os blockchains abertas como Ethereum e Polygon têm se mostrado muito eficientes do ponto de vista de custos, velocidade e segurança.

Por outro lado, quando se fala em moedas nacionais, é fundamental obter padrões que sigam as regras de política monetária do país. O blockchain do real digital, por exemplo, deve ser do tipo permissionada para garantir a padronização para toda a população.

A tokenização tornou-se uma realidade no caminho sem volta da digitalização das economias. É uma forma mais do que comprovada de agilidade e segurança na oferta de bens, produtos, serviços e direitos.

A boa notícia é que esse ambiente favorável ao desenvolvimento da tokenização trará benefícios para vários modelos de negócios que podem usar a geração de tokens como um veículo eficaz de oferta e transações. Independente das próximas decisões na alçada pública do país, tanto o governo, quando as empresas, bancos e startups, estão preparando o que será uma nova forma de fazer negócios, pagamentos, investimentos e inclusão financeira.

 

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da MyCryptoChannel

Criptomoedas

Monero (XRP) avança 21% e analistas investigam suspeitas de roubo de Bitcoin (BTC)

Após movimentação "suspeita" de 3.520 BTC, fundos foram convertidos para XRP

segunda, 28 de abril, 2025 - 11:18

Redação MyCryptoChannel

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O preço do Monero (XMR), principal criptomoeda de privacidade do mercado, disparou 51% na segunda-feira (28), após a suspeita de que hackers lavaram cerca de US$ 330 milhões em Bitcoin (BTC) roubado, conforme informações de analistas on-chain.

Por que o Monero está em alta? 

Na manhã desta segunda, o investigador ZachXBT detectou uma movimentação "suspeita" de 3.520 BTC, equivalente a aproximadamente US$ 333 milhões. 

Logo após, os fundos foram convertidos para Monero por meio de várias exchanges. A transação incomum, caracterizada por altas taxas e comportamento atípico, levou ZachXBT a afirmar que se tratava de um provável roubo.

Apesar de especulações iniciais sobre envolvimento norte-coreano, o investigador descartou essa possibilidade, sugerindo que a vítima era um antigo investidor de Bitcoin.

Registros de quedas 

O impacto da movimentação foi imediato. O preço do XMR saltou para US$ 347,72 em sete horas, antes de recuar para US$ 261. 

Por volta das 11:07 (horário de Brasília), o XMR era negociado a US$ 261 com alta de 14,59% nas últimas 24 horas. De acordo com cotação do CoinMarketCap, na semana, o ativo avançou 21,69%. 

O Monero, ocupa atualmente a 27ª posição entre as maiores criptomoedas em valor de mercado, e tem hoje uma capitalização de US$ 4,82 bilhões. 

Conhecido por suas ferramentas avançadas de anonimato, o XRP impede o rastreamento de transações e identidades, ao contrário do que ocorre nas blockchains do Bitcoin e do Ethereum.

Stablecoins

Stablecoin da família Trump emite mais de 113 milhões de tokens e cresce na BNB Chain

Vinculada ao dólar e emitida pela WLFI, stablecoin USD1 atrai usuários com transações sem taxas

quinta, 17 de abril, 2025 - 11:26

Redação MyCryptoChannel

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A stablecoin USD1, vinculada à World Liberty Financial (WLFI), criada por membros da família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cresce mais a cada dia. Segundo dados da Dune Analytics, mais de 113 milhões de tokens já foram emitidos até abril de 2025.

Já que stablecoins são atreladas a moedas fiduciárias, e o USD1 está conectado ao dólar americano, brasileiros podem comprar essa criptomoeda a R$ 5,86 nesta quinta-feira (17).

Isenção de taxas atrai novos usuários para stablecoin da família Trump

Cerca de 90% desse montante está concentrado na BNB Chain, rede da Binance para finanças descentralizadas (DeFi). O crescimento da stablecoin se intensificou após a entrada da USD1 em uma iniciativa da BNB Chain que isenta os usuários do pagamento de taxas em determinadas transações com stablecoins.

A política de “taxa zero” foi criada para incentivar o uso de ativos estáveis no ecossistema DeFi. Atualmente, aproximadamente US$ 101 milhões em USD1 circulam dentro da rede. 

A BNB Chain se destaca em relação a outras redes como a Ethereum (ETH), onde as taxas ainda são altas para transações pequenas. 

Investimentos na World Liberty Financial 

A expansão da WLFI ainda ganhou apoio da DWF Labs, uma das principais empresas de capital de risco do setor cripto. A firma anunciou a compra de US$ 25 milhões em tokens WLFI e a abertura de um escritório em Nova York.

Além disso, a DWF Labs pretende oferecer liquidez à stablecoin USD1, ampliando sua presença nos mercados.