sábado, 27 de julho, 2024

Artigo

A+ A-

ARTIGO: Empresas estão maduras para apostar na Web3?

Organizações têm de estar atentas às movimentações, ao que deu certo e ao que não funcionou para que suas tomadas de decisão não sigam o caminho contrário ao da transformação digital

terça, 11 de abril, 2023 - 16:34

Redação MyCryptoChannel

Por Ana Wadovski

São diversas as empresas que flertam com as novas tecnologias como forma de se posicionarem dentro da Web3. Seja por meio do metaverso, das NFTs, ou seja, os tokens não fungíveis, a ideia dessas companhias é testar o terreno e se preparar para o que promete ser não apenas o futuro da internet, mas também dos negócios como um todo. Vimos grandes companhias como Carrefour, Pedigree, Calvin Klein e Porsche entrarem na Web3, mas cada um à sua maneira.

Quando as empresas buscam enxergar sua maturidade dentro da Web3, isso pode impactar e muito o tipo de projeto que será desenvolvido. Temos diversos exemplos que nos permitem avaliar como empresas têm buscado entender os espaços que podem ser ocupados nessa nova realidade de negócio.

Carrefour, por exemplo, anunciou que vai entrar no The Sandbox com um projeto com NTFs que já está em desenvolvimento. É sem sombras de dúvidas uma linha mais segura e objetiva: as famosas lojas no metaverso. Trata-se de uma forma de explorar o terreno comprado na plataforma gamer por meio do que costumamos chamar de product placement, e entender de que forma o negócio pode prosperar nesta nova realidade. É uma ótima oportunidade para começar a se comunicar com um público mais jovem que será um potencial consumidor em um futuro próximo. 

São muitas empresas que optaram por trilhar esse mesmo caminho, uma vez que é mais seguro e já está validado por outros players, com roadmap bem mais seguro. Explorar as oportunidades de negócios na Web3 por meio da presença nos games e no investimento no metacomerce é algo que tem dado bastante certo.

Outro exemplo interessante é o da marca Pedigree, que lançou uma iniciativa de acolhimento virtual no metaverso do Decentraland para encontrar lares para cães reais. A ação Fosterverse, como foi batizada, pretende arrecadar fundos para abrigos e incentivar as pessoas a dar um lar aos animais de estimação na vida real.

A meu ver, trata-se de um movimento bastante interessante que vai além de só, estar presente no metaverso por meio de avatares, mas sim com iniciativas que, de fato, promovem impacto no mundo real no curto prazo. Sem contar que está bastante alinhado com o posicionamento de branding da empresa, o que mostra que é possível que as marcas inovem e, ao mesmo tempo, mantenham sua identidade.

A Calvin Klein, por sua vez, mirou na comunidade asiática e naqueles que comemoram o ano novo lunar, e lançou uma parceria com a plataforma Ready Player Me. Trata-se de um game no formato play to earn, que permite que os clientes da marca participem de jogos e customizem as peças.

Assim como comentei anteriormente no caso do Carrefour, trata-se de uma aposta segura e já validada, principalmente pelo fato de a indústria da moda ser uma das que mais investe em possibilidades como NFT, metaverso, gamificação, proporcionando novas experiências virtuais imersivas que transformam a relação dos consumidores com marcas. São muitos os players deste segmento que têm direcionado esforços para a Web3, e isso vai abrindo cada vez mais espaço para a fomentação de novos negócios.

Mas nem tudo são flores. Como vimos acima, são muitos os exemplos bem-sucedidos de primeiros passos na nova era da internet, mas há também aqueles que não tiveram tanta sorte. E aqui falamos da Porsche, que viu seu lançamento da coleção de NFTs se tornar um verdadeiro fiasco.

Os tokens colocados à venda pela marca alemã teve pouca aderência de interessados e os preços ainda despencaram na OpenSea, plataforma utilizada para compra e venda de NFT. Acredito que a soma de alguns fatores fizeram com que a iniciativa não fosse bem sucedida, entre eles o péssimo time para o lançamento, em meio ao Bear Market, o alto preço dos tokens, algo em torno de US$ 1,5 mil, e o grande volume de unidades, eram 7,5 mil disponíveis, o que por sua vez não gera exclusividade. Vimos que a Porsche nada aprendeu com outras empresas pioneiras que enfrentam dificuldades semelhantes. 

Quando falamos em maturidade das marcas ao flertarem com a Web3 é muito importante termos em mente quais companhias estão fazendo dar certo e seguir esses passos, como a Nike que já possui plataforma própria e tem se associado a outras marcas nativas da Web3 para seguir seus roadmaps e acelerar seu crescimento. Estar maduro para a nova era da internet é justamente reconhecer essas oportunidades e aproveitá-las, algo que a Porsche infelizmente não fez. 

Com exemplos acima podemos perceber que há espaço para todo e qualquer tipo de empresa e também para os mais variados segmentos dentro da Web3. No entanto, trata-se de algo novo, onde quase todos os movimentos podem ser encarados como testes. Isso, por sua vez, não impede que as companhias percebam o que mais tem dado certo e busquem recalibrar a rota quando necessário, para investir em iniciativas mais assertivas.

E aqui vale chamarmos atenção para a força que a gamificação tem ganhado nessas últimas ações. Para além do metaverso, onde acredito que a gamificação seja quase que obrigatória, estamos vendo essa aplicação em muitos projetos da Web3. Acredito que os novos negócios logo serão orientados pela gamificação e isso exigirá que as pessoas não só dominem essa questão, como também a encarem como uma skill essencial para não ficar de fora das novidades que estão por vir. 

As empresas, por sua vez, têm de estar atentas às movimentações da Web3, ao que deu certo e, principalmente, ao que não funcionou para que suas tomadas de decisão não sigam o caminho contrário ao da transformação digital que temos observado nos negócios.

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da MyCryptoChannel

Web3

MIT e Harvard lançam aceleradora para startups Web3

Ex-alunos das universidades se unem para impulsionar o ecossistema cripto de Cambridge

sexta, 08 de março, 2024 - 16:05

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e ex-alunos de Universidade de Harvard anunciaram o lançamento do MIT x Harvard Blockchain Accelerator, um programa inovador para apoiar startups Web3 em estágio inicial. A iniciativa visa fortalecer o ecossistema cripto de Cambridge. 

O acelerador é um programa não dilutivo e não fará investimentos nas startups participantes. “A aceleradora não obtém nenhum patrimônio nas startups que aceleramos”, explica Sam Lehman, um dos principais contribuidores do programa. "Não buscamos participação acionária nas empresas, mas sim contribuir para o seu sucesso”.  

A equipe de mentores do acelerador reúne nomes de peso do mundo blockchain, incluindo Tieshun Roquerre (fundador do Blur e Blast), Keone Hon e Eunice Giarta (cofundadores da Monad Labs), Kenny Li (cofundador da Manta Network) e Mirza Uddin (chefe de desenvolvimento de negócios da Injective Labs). Além disso, membros de empresas de criptografia como a16z, Avalanche, Dragonfly, Galaxy Digital, Nascent e Polygon também contribuem com o programa. 

Para participar do acelerador, as startups devem ter pelo menos um membro com vínculo ao MIT ou Harvard. Isso inclui alunos (graduação ou pós-graduação), ex-alunos, professores, pesquisadores e funcionários. 

O programa de aceleração terá duração de três meses, com início em abril e término em junho. Para Lehman o objetivo do programa é “tornar os ecossistemas de ex-alunos do MIT e Harvard e o ecossistema criptográfico mais amplo de Cambridge tão fortes quanto possível”. 

Web3

Telefónica e Chainlink se unem para combater ataques de SIM swap e proteger transações Web3

Integração utiliza a API de SIM swap do GSMA Open Gateway e a tecnologia de oráculos da Chainlink

sexta, 16 de fevereiro, 2024 - 10:15

Redação MyCryptoChannel

Continue Lendo...

Telefónica, gigante espanhola de telecomunicações, e a Chainlink, provedora de oráculos Web3, anunciaram uma parceria estratégica para fortalecer a segurança contra ataques de SIM swap, uma técnica de hacking que visa roubar dados e acessar contas online. 

A colaboração permitirá a "conexão segura" de contratos inteligentes com APIs do GSMA Open Gateway, possibilitando a verificação de dados de diferentes fontes através da Chainlink. Essa integração garante que o cartão SIM de um dispositivo não tenha sido alterado sem autorização, protegendo as transações blockchain e adicionando uma camada de segurança contra fraudes. 

A iniciativa marca o "primeiro caso de uso" da API de SIM swap do GSMA Open Gateway, posicionando a Telefónica como líder na implementação de soluções Web3. Yaiza Rubio Viñuela, diretora de metaverso da empresa, destaca que essa parceria permitirá à Telefónica estar na vanguarda da "web do futuro", ao lado dos desenvolvedores que moldam essa nova era da internet. 

Essa não é a primeira iniciativa Web3 da Telefónica no Web3. Em 2022, a empresa integrou pagamentos com Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas em seu mercado online, e recentemente se uniu à Nova Labs para reduzir custos de infraestrutura e expandir a cobertura no México utilizando a tecnologia blockchain.