sábado, 18 de maio, 2024

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Exclusiva: Povos indígenas enxergam Web3 como oportunidade de crescimento e preservação cultural

Conheça iniciativas de indígenas nos blockchains e confira benefícios dessa relação

sexta, 22 de setembro, 2023 - 15:08

Ana Beatriz Rodrigues

A Web3 pode ser uma ótima oportunidade para qualquer pessoa alavancar seus produtos, e pode trazer benefícios em vários sentidos, como impulsionar artes NFTs (tokens não fungíveis). Esse é o caso de alguns povos indígenas do Brasil que aproveitaram esse novo universo para mostrar sua cultura por meio do blockchain. 

 

Projetos no Brasil 

A partir  da tecnologia descentralizada, povos indígenas aproveitam o espaço para trazer sua cultura na Web3, além de proteger suas histórias. Nos últimos anos vários projetos surgiram no Brasil nos últimos anos com esse propósito.  Um exemplo deles é a criação da octaEra, plataforma no metaverso que visa trazer conhecimentos sobre os povos originários do país. 

 

O projeto tem em vista fortalecer as causas indígenas e de preservação da Natureza. Segundo o site da octaEra, essa missão agora acontece “com mais força e expansão, assim permitindo que mais pessoas tenham acesso a estes lugares, conhecimentos e experiências”. 

 

Outro caso é o INDIGENA.ART, que apoia artistas indígenas a criarem seus próprios NFTs. A iniciativa é idealizada pelo profissional de TI e ativista de proteção de direitos dos povos indígenas, Elias Oyxabaten, também criador da moeda digital OYX. Oyxabaten diz que viu “a tecnologia é como um mecanismo de defesa e um mecanismo coar mais forte a voz dos povos indígenas para luta”.

 

A história do projeto começou após as dificuldades enfrentadas por Oyxabaten ao produzir camisetas com estampas. Ele diz que após conhecer a tecnologia, começou a trabalhar com artistas indígenas para mostrar “nosso cotidiano, a nossa vivência, nossas dificuldades e a nossa luta”.

 

A gente lançou a nossa galeria para captação de recursos para a gente poder estar executando ações sociais, executando projetos, captando recursos para o nosso povo e assim também buscando a nossa independência financeira. Assim, a gente pode estar desenvolvendo as atividades dentro da nossa comunidade e assim também preservando a nossa ancestralidade”, destacou Oyxabaten.

 

O INDIGENA.ART visa capacitar artistas com treinamentos sobre esse universo. Após esse suporte, os criadores disponibilizam suas artes à venda na coleção colaborativa do projeto, não havendo necessidade de comissão adicionais. Com as artes publicadas, o projeto também disponibiliza um apoio especializado para compradores e artistas. 

 

O Cinegrafista, Fotografo indígena e idealizador do projeto fotográfico Pamürimasa do INDIGENA.ART, Paulo Desana, afirma que além dos espaços físicos, os virtuais são uma forma desses artistas serem reconhecidos. Para ele, essa divulgação com a tecnologia “faz com que pessoas que trabalham diretamente só no mundo virtual possam conhecer a nossa arte”. 

 

Ele foi para a Web3 com o convite do INDIGENA.ART, mas Desana disse que já tinha curiosidade sobre esse universo antes. O cinegrafista afirma que não sabia como fazer essa migração, então achava melhor ficar nos espaços culturais convencionais. 

 

“Foi bem legal a gente poder ir para esse universo, a qual é uma também, no final das contas, uma forma de divulgar nossa arte”. completou Desana.

 

Complicações e futuro da parceria

Mesmo com esses avanços, ainda há um preconceito com essa relação. Em julho de 2023, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) proibiu uma empresa de criptomoedas de um acordo com indígenas no Pará. O projeto da empresa Green Forever pretendia converter créditos de carbono em tokens.     

 

Em documento obtido pela Folha de São Paulo, a Funai orientou para que o contrato entre a empresa e os suruís aikewaras, da Terra Indígena Sororó, não continuasse. A organização ainda levantou a preocupação para orientar os indígenas sobre os riscos inerentes” da parceria.

 

Porém, é possível tirar muitas vantagens dessa união. Oyxabaten aponta que esse mecanismo pode, sim, ser utilizado pelo lado positivo para as comunidades. 

 

Então eu vi o mecanismo da tecnologia não, como algo que vem acabar com a cultura, mas sim para fortalecer, vem para agregar e ecoar a nossa voz de luta ainda mais para longe no mundo”, destaca.

 

No site da INDIGENA.ART, o impacto ambiental sobre as NFTs é tratado e o projeto alerta sobre as críticas discutidas sobre o processo de mineração de Bitcoin (BTC). A iniciativa fala que adotou a criptomoeda Ethereum (ETH) para realizar vendas, prezando pela diminuição do consumo de energia. 

 

Oyxabaten também ressalta que essa relação é benéfica para as comunidades indígenas, em um processo de preservação da cultura desses povos. Para ele, com o projeto é possível mostrar a realidade dos indígenas para o mundo e salvar também “a nossa cultura, a nossa linguagem, os nossos cantos, as nossas danças, eternizando nossa vivência dentro do blockchain com a tecnologia”.

Web3

Telefónica e Chainlink se unem para combater ataques de SIM swap e proteger transações Web3

Integração utiliza a API de SIM swap do GSMA Open Gateway e a tecnologia de oráculos da Chainlink

sexta, 16 de fevereiro, 2024 - 10:15

Redação MyCryptoChannel

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Telefónica, gigante espanhola de telecomunicações, e a Chainlink, provedora de oráculos Web3, anunciaram uma parceria estratégica para fortalecer a segurança contra ataques de SIM swap, uma técnica de hacking que visa roubar dados e acessar contas online. 

A colaboração permitirá a "conexão segura" de contratos inteligentes com APIs do GSMA Open Gateway, possibilitando a verificação de dados de diferentes fontes através da Chainlink. Essa integração garante que o cartão SIM de um dispositivo não tenha sido alterado sem autorização, protegendo as transações blockchain e adicionando uma camada de segurança contra fraudes. 

A iniciativa marca o "primeiro caso de uso" da API de SIM swap do GSMA Open Gateway, posicionando a Telefónica como líder na implementação de soluções Web3. Yaiza Rubio Viñuela, diretora de metaverso da empresa, destaca que essa parceria permitirá à Telefónica estar na vanguarda da "web do futuro", ao lado dos desenvolvedores que moldam essa nova era da internet. 

Essa não é a primeira iniciativa Web3 da Telefónica no Web3. Em 2022, a empresa integrou pagamentos com Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas em seu mercado online, e recentemente se uniu à Nova Labs para reduzir custos de infraestrutura e expandir a cobertura no México utilizando a tecnologia blockchain. 

NFTs

Habbo entra na era da Web3 com Colecionáveis Habbo: Armários de Colecionador

Ferramenta permite conversão de itens do jogo em NFTs

segunda, 05 de fevereiro, 2024 - 13:57

Redação MyCryptoChannel

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O Habbo, uma comunidade virtual global com mais de 300 milhões de usuários, anunciou os "Colecionáveis Habbo: Armários de Colecionador". Esta nova ferramenta permite a conversão de itens colecionáveis do jogo em NFTs (Tokens Não Fungíveis), marcando uma transição para práticas digitais.  

 

 

Segundo comunicado, com essa iniciativa, o Habbo não está apenas concedendo aos seus jogadores a total propriedade de seus itens, mas também está fornecendo a eles uma maneira confiável e segura de negociar seus itens por dinheiro real. 

 

 

“Esta transição, e todas as mudanças que a acompanham, é uma resposta direta aos desafios enfrentados pela base de jogadores. Este movimento oferece uma solução robusta, transparente e definitiva para a negociação de itens”, disse o comunicado.  

 

 

Essa iniciativa coloca o Habbo na vanguarda da transição para a Web3, abrindo caminho para uma transformação no futuro dos jogos. A adoção desta tecnologia inovadora é um indicador claro do potencial que a Web3 tem para revolucionar não apenas a operação dos jogos, mas também como será percebida e valorizada no futuro.