sexta, 27 de junho, 2025

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O que é o FBTC?

ETF de Bitcoin da Fidelity combina regulação SEC, custódia institucional e liquidez em bolsa para investidores que querem exposição direta ao mercado cripto sem complexidade

quinta, 26 de junho, 2025 - 17:00

Kadu Soares

O mercado de criptomoedas tem se consolidado como uma classe de ativos relevante para investidores que querem ir além dos ativos tradicionais. Segundo o 2025 Global State of Crypto Report, quase 24% dos investidores em Estados Unidos, Reino Unido, França e Singapura já declaram possuir criptomoedas, percentual que cresceu em todas as regiões no último ano. Esse movimento reflete não apenas o aumento de preços — com o Bitcoin superando recentemente a faixa de US$ 60.000 — mas também a busca por diversificação e proteção contra inflação em um cenário de juros em alta e incertezas econômicas.

Dentro desse contexto, surge o ETF FBTC como uma porta de entrada regulada ao Bitcoin para investidores que preferem negociar em ambiente de bolsa tradicional. Listado na NYSE desde janeiro de 2024, o FBTC replica o preço à vista do Bitcoin por meio do Fidelity Bitcoin Reference Rate, oferecendo custódia institucional pela Fidelity Digital Assets e negociação intraday em dólar, sem a necessidade de lidar diretamente com carteiras digitais. Com US$ 5,3 bilhões sob gestão e taxa de 0,25% ao ano (isenta nos primeiros seis meses), o FBTC combina a simplicidade e segurança de um ETF com a volatilidade e o potencial de valorização do ativo digital.

O que é o FBTC?

O FBTC ou Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund foi aprovado pela SEC e lançado em 10 de janeiro de 2024 como um spot Bitcoin ETF. Sob patrocínio da FD Funds Management LLC, seu objetivo é replicar o desempenho do Bitcoin em dólar americano, evitando a complexidade de comprar e guardar a criptomoeda diretamente. Ele segue o Fidelity Bitcoin Reference Rate — uma média ponderada de preços em plataformas confiáveis — e atualiza seu NAV diariamente às 16h (ET) nos dias úteis.

O produto é aberto a investidores individuais e consultores financeiros através da plataforma da Fidelity, oferecendo uma alternativa regulada aos trusts como o GBTC, que por vezes operam com prêmios ou descontos elevados. O FBTC tem expense ratio de 0,25% ao ano, com isenção dessa tarifa nos primeiros seis meses, tornando-se competitivo diante de outros ETFs cripto do mercado.

Destinado a quem busca diversificação e proteção contra a inflação monetária, o FBTC coloca o Bitcoin no portfólio de forma simples, permitindo negociação intraday em dólar, integração a contas de aposentadoria (IRA) e uso em estratégias de asset allocation globais.

Como funciona o FBTC?

O FBTC adota uma estrutura de fundo de índice típico, mas focado em um único ativo: o Bitcoin. Ele utiliza custódia institucional pela Fidelity Digital Assets para guardar os criptoativos em ambientes offline (cold storage), mitigando riscos de hacks.

A precificação segue o Fidelity Bitcoin Reference Rate, calculado por meio de transações em exchanges de alto volume e validado por oráculos de preço, garantindo transparência e confiabilidade no NAV diário.

Na criação e resgate de cotas, Authorized Participants (geralmente grandes bancos e corretoras) entregam ou recebem Bitcoin em troca de blocos de 50.000 cotas, ajustando o supply do mercado e mantendo o tracking error próximo de zero.

O FBTC negocia entre 9h30 e 16h (ET) na NYSE, com volume médio diário acima de 100.000 cotas, fator que confirma liquidez suficiente para ordens de pequeno e médio porte sem grandes impactos de preço.Para custear a operação, cobra-se 0,25% ao ano, que cobre custódia, regulação, auditoria e administração, sendo competitiva frente a trusts que chegam a 1,5% de taxa de gestão.

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Composição e principais características

O FBTC é 100% lastreado em Bitcoin, sem outros ativos no portfólio, o que reflete diretamente as variações da criptomoeda em dólar.

A liquidez diária em 2025 gira em torno de US$ 30 milhões, com picos em dias de alta volatilidade no mercado de cripto, demonstrando aceitação crescente entre investidores tradicionais.

Por ser negociado em dólares, o FBTC reflete também a variação cambial para investidores de outras moedas, o que pode amplificar retornos ou perdas.

Comparado ao Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o FBTC tende a operar mais próximo do NAV, sem grandes prêmios ou descontos, devido ao mecanismo de criação/resgate diário, característica ausente em trusts fechados.

O uso de swap agreements é mínimo; a maior parte dos Bitcoins é mantida em custódia real, reduzindo riscos de contraparte associados a instrumentos sintéticos.

Vantagens e desvantagens

Antes de decidir sobre investir no FBTC, é importante avaliar seus pontos fortes e fracos. Entre as vantagens principais, destaca-se sua sólida regulação e segurança, estando listado na NYSE e registrado na SEC, com auditorias periódicas que garantem transparência. Além disso, oferece custódia institucional de alta qualidade, com o Bitcoin armazenado pela Fidelity Digital Assets em cold storage, e apresenta baixo tracking error graças ao seu mecanismo de criação/resgate diário que alinha o preço de mercado ao NAV.

Outros benefícios significativos incluem a tributação simplificada, sendo tratado como ETF e eliminando a necessidade de reportar diretamente uma carteira de criptomoedas, além da liquidez intraday, que permite compra e venda a qualquer momento durante o pregão. Estas características tornam o FBTC uma opção atraente para investidores que buscam exposição ao Bitcoin com maior facilidade operacional.

Por outro lado, existem desvantagens que merecem atenção. A volatilidade extrema é um fator de risco relevante, já que o fundo oferece exposição direta às oscilações de preço do Bitcoin, que podem ser substanciais. Sua taxa de 0,25%, embora competitiva no universo cripto, ainda é maior do que a cobrada por ETFs tradicionais de ações ou renda fixa, o que pode impactar retornos no longo prazo.

Além disso, investidores fora dos EUA precisam considerar o risco cambial, pois sofrerão o impacto da variação do dólar em seus investimentos. Há também o potencial de iliquidez em cenários de queda abrupta do mercado cripto e a dependência de infraestrutura, onde falhas nos planos de custódia e oráculos podem causar atrasos operacionais no fundo. Estes fatores devem ser cuidadosamente avaliados de acordo com o perfil e objetivos de cada investidor.

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Tributação e aspectos fiscais

O FBTC é tributado nos EUA como ETF. Para investidores não-residentes, não há isenção sobre ganho de capital, já que isso depende da legislação local.

No Brasil, o FBTC deve ser declarado na ficha de "Bens e Direitos" com código específico para ETF estrangeiro e ganhos tributados em 15% (venda comum) ou 20% (day trade) via DARF.

Perdas podem ser compensadas em até 30% dos lucros futuros, e não há "come-cotas" — todo ajuste fiscal ocorre no momento da venda da cota.

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Vale a pena investir no FBTC?

Para quem já alocou parte da carteira em Bitcoin, o FBTC oferece conforto regulatório, liquidez e processos simples de custódia, ideal para investidores moderados e conservadores que desejam exposição cripto sem lidar com exchanges diretas.

Investidores mais arrojados, que buscam alavancagem ou estratégias DeFi, podem preferir comprar Bitcoin diretamente e explorar staking ou lending em plataformas especializadas, embora incorram em maior risco operacional.

Entretanto, é possível começar a investir nesse tipo de ETF mesmo sendo iniciante, graças à metodologia do Super ETF. Ela é uma estratégia que te ensina a operar com ETFs e opções por meio do Covered Call e que te gera renda extra em dólar todos os meses.

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ETFs de Bitcoin recebem US$ 2,3 bilhões em quatro dias

Produto de investimentos acompanham valorização do Bitcoin e IBIT da BlackRock lidera entradas

quinta, 24 de abril, 2025 - 10:38

Redação MyCryptoChannel

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Além da recuperação do Bitcoin (BTC), os fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados a criptomoeda também registram uma onda positiva de aportes na última semana. Os produtos de investimentos registraram entradas líquidas superiores a US$ 2,3 bilhões em apenas quatro dias. 

IBIT da BlackRock lidera com fluxo 

O destaque da valorização foi o IBIT, fundo da BlackRock, que sozinha captou US$ 643 milhões na última quarta-feira (17). Esse foi o maior volume diário desde 21 de janeiro, após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

No mesmo dia, o volume total de entradas líquidas dos ETFs de Bitcoin chegou a US$ 916,9 milhões, quase igualando os US$ 936,4 milhões da terça-feira anterior. Assim, o setor completou quatro dias consecutivos de fluxo positivo.

ARKB, Fidelity e outros fundos também registram entradas 

Outros ETFs também contribuíram para o fluxo de entradas. O ARKB, da parceria entre Ark Invest e 21Shares, registrou US$ 129,5 milhões em novas entradas. O FBTC, da Fidelity, somou mais US$ 124,37 milhões. 

Já o HODL, da VanEck, e o Mini Bitcoin Trust, da Grayscale, também tiveram saldo positivo. Por outro lado, o BITB, da Bitwise, teve saídas líquidas de US$ 15 milhões.  


Contexto incentiva valorização do setor 

O Bitcoin mostrou valorização na última quarta-feira após boatos que o governo Trump reduziria as tarifas impostas para a China. Após um pico acima de US$ 94 mil no início do dia, o ativo era negociado a cerca de US$ 92.690 no fechamento, segundo dados do The Block.


 
 

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ETFs de Bitcoin atraem US$ 936 milhões em um dia com alta do BTC e queda do dólar

Investidores voltam a apostar em BTC em meio a tensões geopolíticas e expectativas sobre juros nos EUA

quarta, 23 de abril, 2025 - 09:24

Redação MyCryptoChannel

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Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin (BTC) à vista dos Estados Unidos registraram na última terça-feira (22) sua maior entrada líquida em um único dia desde 17 de janeiro: US$ 936 milhões. 

Nos últimos três dias consecutivos de fluxo positivo, os ETFs de Bitcoin dos EUA já acumularam mais de US$ 1,4 bilhão em entradas. 

Investimentos em ETFs de Bitcoin

Os dados, divulgados pela SoSoValue, mostram que dez ETFs de BTC receberam aportes no dia, com destaque para o fundo Ark & 21Shares, que liderou com US$ 267,1 milhões em entradas líquidas. Em seguida, aparecem o FBTC, da Fidelity, com US$ 253,8 milhões, e o IBIT da BlackRock, com US$ 193,5 milhões.

De acordo com os analistas, os investidores estão enxergando o BTC como proteção contra incertezas geopolíticas e pressões macroeconômicas globais.

O que influencia essas entradas? 

Para Rachael Lucas, analista da BTC Markets, os dados indicam uma mudança estrutural no setor. “O capital institucional está retornando às criptomoedas, impulsionado por deslocamentos macroeconômicos, dinâmicas de oferta favoráveis e a crescente aceitação do Bitcoin como uma classe de ativos estratégica”, afirmou.

 Outro fator que impulsiona os preços é o enfraquecimento do dólar americano, somado às expectativas de flexibilização monetária por parte do Federal Reserve (Fed). “A possibilidade de novas rodadas de estímulo aumenta o apelo do BTC como ativo alternativo”, reforça Lucas.

O movimento de entrada nos ETFs ocorre no momento em que o Bitcoin demonstra recuperação com as turbulências dos mercados globais. A criptomoeda subiu 5,52% nas últimas 24 horas, sendo negociada a US$ 93,6 mil na manhã desta quarta-feira (23). 

De acordo com Min Jung, analista da Presto Research, há um interesse renovado no BTC como proteção contra inflação e riscos geopolíticos. Ele destacou que “embora ainda seja prematuro chamar o Bitcoin de 'porto seguro' completo, sua queda relativamente discreta durante os recentes eventos de risco global sugere que ele está sendo cada vez mais percebido como uma forma de 'ouro digital.”