Patrick McHenry, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, acusou Gary Gensler, chefe da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), de "enganar conscientemente o Congresso".  

As acusações são sobre a suposta tentativa da SEC de categorizar o Ethereum (ETH), uma das principais criptomoedas do mercado, avaliada em aproximadamente US$ 2.985, como um valor mobiliário. 

McHenry escreveu a acusação em um post no X, antigo Twitter, nesta terça-feira (30). Ele detalhou que omitiu informações cruciais durante seu depoimento perante o Comitê.  

Gensler se esquivou de perguntas diretas do representante sobre a jurisdição regulatória do Ether, deixando dúvidas sobre se a criptomoeda seria classificada como um valor mobiliário ou uma commodity. 

A base das acusações de McHenry surgim de uma ação judicial iniciada pela ConsenSys, uma proeminente empresa de desenvolvimento de software, contra a SEC em 25 de abril.  

A ação, apresentada ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte do Texas, apontou para "inconsistências públicas" na abordagem da SEC em relação aos ativos digitais. Documentos revelados em 29 de abril indicam que a SEC iniciou uma investigação sobre o ETH como um possível valor mobiliário em março de 2023. 

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) iniciou uma investigação secreta sobre o Ethereum (ETH) há um ano, segundo documentos apresentados pela Consensys Software Inc. em uma reclamação judicial na segunda-feira (29).  

A empresa, que desenvolve a popular carteira MetaMask, alega que a SEC já havia decidido que o Ethereum era um "valor mobiliário" no início de 2023.  

A Consensys afirma que, em março do ano passado, Gurbir Grewal, diretor da Divisão de Execução da SEC, aprovou uma "Ordem Formal de Investigação" para investigar o Ethereum 2.0, delegando à equipe da SEC "autoridade mais ampla para investigar e intimar indivíduos e entidades envolvidas na compra ou venda de ETH".  

No início deste mês, a agência enviou à empresa uma "notificação da Wells", indicando a intenção de iniciar uma ação coercitiva. A Consensys afirma ter cooperado plenamente com a SEC, fornecendo mais de 88 mil páginas de documentos em resposta a várias intimações.