segunda, 24 de março, 2025

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CPI das Pirâmides Financeiras: entenda como investigações podem influenciar no setor de criptomoedas

Henrique Lisboa, sócio do VBSO Advogados, explica sobre processo e o que é necessário para área no Brasil

terça, 08 de agosto, 2023 - 12:08

Ana Beatriz Rodrigues

A CPI das Pirâmides Financeiras foi instalada na Câmara dos Deputados em junho de 2023 e procura investigar para evitar crimes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio do mercado de criptomoedas. As atividades da CPI retornam nesta terça-feira (8) e convoca 156 pessoas para depor, incluindo representantes de empresas do setor e até influenciadores. Essas investigações vão trazer algumas mudanças, mas de que forma o setor das criptomedas pode ser impactado com a CPI

O presidente da CPI, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que a comissão "não tem intenção de sufocar o desenvolvimento do mercado de criptoativos". Para ele, o objetivo é exatamente o contrário, "procurando fomentar um ambiente seguro e saudável, onde o potencial das criptomoedas possa ser explorado ao mesmo tempo que protegemos os investidores e evitamos que criminosos se beneficiem das oportunidades oferecidas pelo setor.”

Com a intenção de investigar 11 empresas suspeitas de terem realizados fraudes com moeda digital, a CPI terá 120 dias para discutir o tema por audiências públicas, além de quebra de sigilos e análise de documentos.  Segundo Henrique Lisboa, sócio do VBSO Advogados, que golpes do tipo não são novidade no Brasil e em 2013, o Ministério Público investigou empresas ligadas à criação de pirâmides financeiras com marketing multinível.

Para Lisboa, a estratégia mudou  “e dessa vez eles se apropriaram de um termo em voga que são os criptoativos, principalmente, o Bitcoin, que é o ativo mais conhecido e negociado no Brasil.”

O que aconteceu até aqui?

Em um mês de investigações, a CPI já ouviu diversas pessoas, como o Faraó do Bitcoin e o Sheik das Criptomoedas, além disso, convocou 156 pessoas para prestar depoimento. Entre os convidados, temos Ronaldinho Gaúcho, como suspeita de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas na empresa “18K Ronaldinho”; Henrique Shibutani, representante da XP; Cristina Junqueira, Cofundadora do Nubank e Davi Maciel de Oliveira, suspeito de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa ZERO10 – Gensa Serviços Digitais S/A (GENBIT).

Os atores Tatá Werneck e Cauã Reymond, além do apresentador Marcelo Tas, também foram convocados para prestar depoimento, pois fizeram propaganda para a Atlas Quantum, esquema de pirâmide de cripto que usava um falso robô.

Para influenciadores, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou um estudo sobre uma possível regulamentação dos influenciadores e participantes do mercado de valores mobiliários. Segundo a pesquisa B3, cerca de 75% das pessoas iniciaram seus investimentos com base em informações de canais do YouTube e influenciadores. 

Como fugir de furadas?

O sócio da  VBSO Advogados afirmou que nesses casos é necessária uma educação sobre o mercado de criptoativos para toda população. “Acho que a população de forma geral precisa tomar consciência de que ao se deparar com promessas de rendimentos fixos ou promessas de rendimento fixos muito acima do que o mercado financeiro tradicional paga, normalmente é uma situação ilícita ou enganosa.”

Em casos como o da CPI, em que pessoas são influenciadas a investir em sistemas de fraude, Lisboa alerta para saber de quem receberemos essas informações. Para ele, se não há “registro da CVM, não tem registro do Banco Central, é uma empresa desconhecida, recém aberta” pode ser que seja uma atividade ilícita. Além de ser necessário analisar a ligação das pessoas com o mercado financeiro tradicional. 

Mesmo com essa situação e uma insegurança da população em relação ao mercado de criptomoedas com essas investigações, Henrique Lisboa acredita que nos últimos anos os ativos digitais já ganharam uma maior credibilidade e que isso pode melhorar. “ Então, acho que de fato com o tempo, com o senso comum,  vai ficar muito claro que são ativos, obviamente com os seus riscos inerentes que precisam ser estudados, mas são ativos lícitos.”, completou. 

Apesar de não haver uma resposta clara de como a CPI das Pirâmides Financeiras pode mudar o mundo das criptomoedas no Brasil, o sócio da VBSO Advogados comenta que é “a educação que vai fazer com que a população consiga distinguir o que é sério e do que é apenas um verniz em cima de um eventual golpe.”

Criptomoedas

Investidores retiram US$ 1,7 bilhão em uma semana do mercado de criptomoedas

Fundos de Bitcoin perdem US$ 978 milhões em uma semana

segunda, 17 de março, 2025 - 17:05

Redação MyCryptoChannel

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O mercado de criptomoedas se encontra em um período histórico de retiradas, com investidores retirando US$ 1,7 bilhão na última semana. 

De acordo com um relatório da CoinShares, desde 7 de fevereiro, os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Solana (SOL) acumulam saídas de US$ 6,4 bilhões, marcando a pior sequência de retiradas já registrada.

Retiradas impactam o Bitcoin

Os fundos de Bitcoin foram os mais afetados, com uma retirada de US$ 978 milhões na semana passada. Essa saída coincidiu com uma queda no preço da criptomoeda, que atingiu uma mínima de quatro meses, chegando a US$ 77 mil. 

Apesar da recuperação para US$ 83 mil, especialistas apontam que o ativo ainda forte resistência, o que pode indicar novas dificuldades. Nesta segunda-feira (17), o BTC é negociado a US$ 84,4 mil com avanço de 7,1% nos últimos sete dias. 

O chefe de pesquisa da CoinShares, James Butterfill, destacou ao portal Decrypt que o mercado pode estar próximo de encontrar um piso. "Ainda não aconteceu, mas podemos estar próximos do pico do pessimismo", afirmou.

Fatores macroeconômicos influenciam o mercado

A retração nos investimentos em criptoativos ocorre em meio a um cenário econômico conturbado. A política comercial do ex-presidente Donald Trump tem gerado tensões e alimentado preocupações com a inflação nos Estados Unidos.

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor americano caiu ao menor nível desde novembro de 2022, reforçando um ambiente de incerteza.

A desconfiança do mercado também se reflete no Índice de Medo e Ganância, que na semana passada atingiu 20 pontos, indicando "Medo Extremo" entre os investidores. 

Nesta segunda-feira, o indicador subiu para 32 pontos, sugerindo um leve aumento na confiança, embora ainda esteja em patamar negativo.


 
 

Criptomoedas

Wallet do Telegram adiciona 50 criptomoedas e lança função de ganhos

Atualização da Wallet no Telegram amplia oferta de criptoativos e permite rendimento com staking de USDT e TON

quinta, 13 de março, 2025 - 17:37

Redação MyCryptoChannel

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A Wallet no Telegram, carteira de criptoativos integrada ao aplicativo de mensagens, vai ampliar sua oferta com 50 novas criptomoedas e lançar um recurso de ganhos para seus usuários. 

O anúncio foi feito pela Open Platform (TOP), que gerencia o serviço dentro do ecossistema da The Open Network (TON). A atualização está programada para os próximos dois meses. 

Novas criptomoedas na Wallet no Telegram

A Wallet no Telegram passará a suportar importantes criptomoedas como Ethereum (ETH) e XRP, além de memecoins como Dogecoin (DOGE) e Pepe (PEPE). Segundo um porta-voz da plataforma, a inclusão desses ativos busca atender à demanda crescente por mais opções dentro da carteira, além de fortalecer a posição da Wallet no mercado. 

A lista completa de criptoativos será revelada ao longo do processo de implementação, com o primeiro lote contando com 50 tokens

O que esperar das novas funções? 

Outro grande atrativo da nova versão da Wallet será a funcionalidade "Ganhar". Com ela, os usuários poderão gerar rendimentos a partir de ativos como o Tether (USDT) e o Toncoin (TON), ambos utilizados para staking. 

O rendimento será flexível, com um depósito mínimo de apenas 0,1 TON. A TOP planeja expandir a funcionalidade para outras criptomoedas, incluindo stablecoins, ao longo do tempo.

A plataforma informa que, inicialmente, as transações envolvendo altcoins fora do ecossistema TON não permitirão depósitos ou saques on-chain, ou seja, não será possível transferir os ativos para outras carteiras ou exchanges. A funcionalidade estará disponível exclusivamente para transações dentro da Wallet, em um formato custodial.

“Nos concentramos principalmente no Ecossistema TON e mantemos uma gama completa de operações para tokens nativos do TON dentro da Wallet custodial. Ao mesmo tempo, vemos interesse dos consumidores em expandir o portfólio com outros ativos e queremos fornecer-lhes tal opção no modo de negociação apenas”, afirmou um porta-voz da Wallet.