O clima quente do verão paraguaio está sobrecarregando a rede elétrica do país. Além do aumento na demanda por ar-condicionado, as fazendas de mineração de criptomoedas ilegais estão consumindo grandes quantidades de energia. 

Para resolver esse problema, um grupo de legisladores apresentou um projeto de lei que proíbe temporariamente todas as atividades relacionadas ao ecossistema de criptomoedas no Paraguai. A medida visa durar 180 dias ou até que um quadro regulatório adequado seja estabelecido. 

“Fica temporariamente proibida a criação, preservação, armazenamento e comercialização de ativos virtuais ou criptoativos, criptomoedas e a instalação de fazendas de criptomineração em território paraguaio”, dizia o projeto de lei.  

O projeto é amplo e pode inadvertidamente proibir atividades como staking e até mesmo a posse de criptomoedas em carteiras digitais. As violações da lei proposta seriam sancionadas de acordo com o Código Penal e outras leis financeiras do Paraguai. 

A mineradora de Bitcoin (BTC) Giga Energy, do Texas, anunciou a expansão das suas operações para a Argentina. A empresa utilizará gás natural desperdiçado da queima de gás natural nos campos de petróleo da nação sul-americana para alimentar seus rigs de mineração. 

O co-fundador da Giga, Brent Whitehead,  disse que a expansão é um "marco significativo" para a empresa. Ele destacou que a iniciativa não apenas amplia a presença da Giga, mas também se alinha com a visão da empresa de mitigar a queima de gás natural em todo o mundo. 

“Estamos entusiasmados com as oportunidades que este novo capítulo trará e esperamos causar um impacto positivo na Argentina”, afirmou Whitehead em um post no Linkedin na terça-feira (27).  

A queima de gás é a prática de queimar o gás natural associado à extração de petróleo. O processo libera metano, um gás de efeito estufa potente. A Giga captura esse metano e o converte em eletricidade para alimentar seus rigs de mineração de Bitcoin. 

O local de mineração da Giga na Argentina está em fase de teste desde dezembro. Localizado na província de Mendoza, o local já minerou entre US$ 200 mil e US$ 250 mil em Bitcoin. A empresa espera escalar completamente a operação após a importação de todo o equipamento necessário.