quarta, 30 de abril, 2025

Tokenização

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Tokenização de contratos e veículos pode revolucionar mercado automotivo brasileiro

Web3 pode ser nova esperança para setor que vem enfrentando desafios 

segunda, 23 de outubro, 2023 - 15:51

Ana Beatriz Rodrigues

Nos dois últimos anos, o setor automotivo vem enfrentando problemas no Brasil após a pandemia da Covid-19. Segundo dados levantados pelo portal Gente da Globo, o país terminou 2022 com 1,96 milhões de veículos emplacados, resultado bem semelhante ao dos anos anteriores. Porém, a tokenização dos contratos desses veículos ou até dos próprios automóveis podem se tornar uma saída para esse cenário pessimista. 

 

Web3 como alternativa 

O setor automotivo brasileiro ainda sofre com respingos da pandemia e as vendas dos carros seguem caindo. Em maio de 2023, a pesquisa do Gente mostrou alguns desafios do mercado, como 55% dos entrevistados da Geração Z que acreditam que não é necessário possuir veículo. 

 

Mesmo com esse contexto, o texto mostra que 2023 pode ser um ano mais estável para a produção de veículos. Além disso, de acordo com um levantamento da TGI BR, 79% das pessoas que assinaram um carro no Brasil buscam acompanhar os avanços tecnológicos e 69% gostam de marcas inovadoras. 

 

Apesar de vários desenvolvimentos, como carros elétricos, a inserção dos veículos no universo do Web3 pode ser um passo importante para o setor.  Nesse sentido, os automóveis podem ser inseridos de duas formas, através dos contratos de financiamento de veículos e a tokenização dos próprios veículos. 

 

Contratos de financiamento 

Os contratos de financiamento de carros no blockchain são um novo modelo que utiliza a tecnologia blockchain para registrar e gerenciar os contratos de financiamento. Dessa forma, a blockchain serviria como um sistema de registro distribuído que é seguro, transparente e eficiente.

 

O CEO da BLOCKBR Digital Assets, Cássio Krupinsk, explica que esse “processo seria basicamente o registro de um contrato de financiamento de um veículo”. Para ele, essa mudança “amplia a virtualização das relações com maior segurança e menos burocracia na oferta de produtos financeiros e cria novas formas de fazer negócios, privilegiando sobretudo a inclusão financeira, e claro, facilitando a vida de muitas pessoas e das instituições”.

 

Krupinsk fala que de um lado, o banco disponibiliza a oferta de crédito e do outro, o comprador adquire o token, dando o start para o processo de liberação de determinado banco dono do ativo.

 

Tudo acontece via blockchain, gerando uma adesão digital e controle total de processos entre as partes. Trata-se do uso da mais alta tecnologia para promover facilidade e capilaridade à operação e escalar a oferta de financiamento para compra de veículos”, destacou. 

 

O blockchain também pode ser usada para automatizar o processo de financiamento. Isso significa que os pagamentos podem ser feitos de forma automática e que as informações sobre o contrato podem ser atualizadas em tempo real. 

 

Krupinsk ressaltou que essa automatização ajudaria a evitar atrasos, simplificando a gestão financeira. O CEO da BLOCKBR Digital Assets ainda destaca outras vantagens desse processo, como maior segurança. 

 

Amplia a virtualização das relações com maior segurança e menos burocracia na oferta de produtos financeiros e cria novas formas de fazer negócios, privilegiando sobretudo a inclusão financeira, e claro, facilitando a vida de muitas pessoas e das instituições”, afirmou. 

Mas o executivo ressalta que apesar de todas as vantagens, esse processo ainda pode demorar para acontecer no país. Além disso, Krupinsk fala que a tokenização pode não atingir todo potencial. 

A demora na adoção do blockchain por todo o Sistema Nacional de Trânsito (SNT), assim como todos os departamentos deste mesmo sistema nacional, poderá fazer com que a tokenização atinja apenas 20% do seu potencial, como a tokenização de contratos de financiamentos, por exemplo, apenas”, relembrou.



 

Tokenização dos veículos 

 

    Com a adoção da blockchain nesses processos, o CEO da BLOCKBR Digital Assets diz que mais tarde o próprio token disponibilizado na negociação poderá ser utilizado no mercado secundário, representando a venda de um veículo já com todas as condições pré-definidas como débitos e informações atualizadas sobre o veículo. 

    A Estrategista em Blockchain, Tatiana Revoredo, explica que “um token, portanto, pode literalmente representar tudo: a participação numa empresa, o direito de usar um serviço, a propriedade de um veiculo”. Dessa forma, “já é possivel que todo o processo da compra e venda de um carro seja feita em uma plataforma Blockchain”. 

“Uma vez que o veículo está representado como um token na Blockchain, toda a transferência de propriedade seria registrada numa Blockchain, cujo registro é imutável - se feito em uma Blockchain publica como Bitcoin e Tezos”, explicou.

Para Tatiana, a tokenização dos veículos pode trazer “rapidez, menores custos, maior confiabilidade e maior transparência do negócio para as partes”. Além disso, “elimina burocracia e intermediários substituídos pela automação, elimina corrupção e fraude do processo”. 

Tokenização

Tokenização e mercados menores: veja os destaques da Agenda 2025 da CVM

Tokenização, regime FÁCIL e flexibilização de normas estão entre as prioridades

sexta, 13 de dezembro, 2024 - 12:10

Redação MyCryptoChannel

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou sua Agenda Regulatória de 2025, que estabelece as prioridades normativas do próximo ano. Entre os principais temas, estão a revisão de duas resoluções relacionadas à tokenização e aos mercados menores, que passarão por consulta pública. 

Segundo comunicado oficial, a agenda está alinhada ao conceito de Open Capital Markets e inclui iniciativas voltadas à modernização e democratização do mercado de capitais. 

“Em 2025, nosso foco regulatório estará na ampliação de ações voltadas à democratização do Mercado de Capitais, sempre com base em um diálogo franco e aberto junto aos diversos participantes do segmento”, afirmou o Presidente da CVM, João Pedro Nascimento.  

Foco em pequenas empresas e captação simplificada 

Entre as prioridades está a criação de normas para o regime FÁCIL, previsto para 2025. 

O objetivo é facilitar o acesso de companhias de menor porte ao mercado de capitais, com condições simplificadas para captação de recursos e incentivo à listagem de empresas.  

As normas serão experimentais e voltadas para atrair novos emissores. 

Flexibilizações e novas regulamentações 

A agenda 2025 de também inclui outras mudanças importantes, como: 

  • Flexibilização de requisitos para emissão de debêntures, com ajustes nas Resoluções CVM 80 e 160. 
  • Regulamentação de inovações trazidas pela Lei 14.711. 
  • Reformulações na norma de Fundos de Investimento em Participações (FIP). 
  • Alterações no rito de Processos Administrativos Sancionadores (PAS). 

Consulta pública sobre tokenização 

Sobre a tokenização, a CVM anunciou que lançará uma consulta pública para revisar as Resoluções CVM 135 e 31, com foco em mercados menores e no uso de tokens para ativos financeiros. 

Outros temas previstos para consulta pública 

Além das mudanças relacionadas à tokenização, a CVM planeja dez consultas públicas, dispensadas de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que abordarão temas como: 

  • Revisão do conceito de investidor qualificado e ampliação de produtos para investidores de varejo. 
  • Influenciadores digitais e a modernização de regras para analistas. 
  • Alterações nas normas de ações em tesouraria, incluindo intervalos mínimos entre recompras. 
  • Reforma no setor de crowdfunding, incorporando valores mobiliários emitidos por companhias securitizadoras. 
  • Ajustes na divulgação de fatos relevantes e comunicações ao mercado previstos na Resolução CVM 44. 
  • Alterações em regras relacionadas a Fundos de Investimento Imobiliário (FII), como quórum qualificado para assembleias e regime informacional. 

Tokenização

Deutsche Bank se une ao Projeto Guardian para explorar tokenização de ativos

Parceria visa testar a viabilidade da tokenização e definir padrões para a indústria

terça, 14 de maio, 2024 - 17:29

Redação MyCryptoChannel

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O Deutsche Bank, do setor financeiro alemão, juntou-se ao Projeto Guardian da Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) para colaborar na implementação da tokenização de ativos. A parceria visa testar a viabilidade da tokenização de ativos e auxiliar na definição de padrões para a indústria. 

Em um anúncio desta terça-feira (14), o banco informou que integrará o fluxo de trabalho de gestão de ativos e patrimônio do Projeto Guardian, explorando uma plataforma blockchain interoperável que oferece serviços para fundos tokenizados e digitais.  

Boon-Hiong Chan, chefe de defesa de valores mobiliários e tecnologia do Deutsche Bank na Ásia-Pacífico, liderará a participação da empresa no Projeto Guardian. Chan trabalhará em conjunto com a Memento Blockchain, empresa Web3, e a Interop Labs, desenvolvedora do protocolo de interoperabilidade Web3 Axelar Network. 

" Contribuir para o Project Guardian reforçará nossos esforços para ajudar a moldar a nova fronteira do serviço de ativos e nos posicionará fortemente para contribuir para o progresso da indústria e não apenas antecipar as necessidades de nossos clientes, mas também superar suas expectativas", afirma Anand Rengarajan, diretor de serviços de valores mobiliários para a Ásia-Pacífico e Oriente Médio do Deutsche Bank e chefe global de vendas, em comunicado.