quinta, 09 de maio, 2024

Tokenização

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Tokenização de contratos e veículos pode revolucionar mercado automotivo brasileiro

Web3 pode ser nova esperança para setor que vem enfrentando desafios 

segunda, 23 de outubro, 2023 - 15:51

Ana Beatriz Rodrigues

Nos dois últimos anos, o setor automotivo vem enfrentando problemas no Brasil após a pandemia da Covid-19. Segundo dados levantados pelo portal Gente da Globo, o país terminou 2022 com 1,96 milhões de veículos emplacados, resultado bem semelhante ao dos anos anteriores. Porém, a tokenização dos contratos desses veículos ou até dos próprios automóveis podem se tornar uma saída para esse cenário pessimista. 

 

Web3 como alternativa 

O setor automotivo brasileiro ainda sofre com respingos da pandemia e as vendas dos carros seguem caindo. Em maio de 2023, a pesquisa do Gente mostrou alguns desafios do mercado, como 55% dos entrevistados da Geração Z que acreditam que não é necessário possuir veículo. 

 

Mesmo com esse contexto, o texto mostra que 2023 pode ser um ano mais estável para a produção de veículos. Além disso, de acordo com um levantamento da TGI BR, 79% das pessoas que assinaram um carro no Brasil buscam acompanhar os avanços tecnológicos e 69% gostam de marcas inovadoras. 

 

Apesar de vários desenvolvimentos, como carros elétricos, a inserção dos veículos no universo do Web3 pode ser um passo importante para o setor.  Nesse sentido, os automóveis podem ser inseridos de duas formas, através dos contratos de financiamento de veículos e a tokenização dos próprios veículos. 

 

Contratos de financiamento 

Os contratos de financiamento de carros no blockchain são um novo modelo que utiliza a tecnologia blockchain para registrar e gerenciar os contratos de financiamento. Dessa forma, a blockchain serviria como um sistema de registro distribuído que é seguro, transparente e eficiente.

 

O CEO da BLOCKBR Digital Assets, Cássio Krupinsk, explica que esse “processo seria basicamente o registro de um contrato de financiamento de um veículo”. Para ele, essa mudança “amplia a virtualização das relações com maior segurança e menos burocracia na oferta de produtos financeiros e cria novas formas de fazer negócios, privilegiando sobretudo a inclusão financeira, e claro, facilitando a vida de muitas pessoas e das instituições”.

 

Krupinsk fala que de um lado, o banco disponibiliza a oferta de crédito e do outro, o comprador adquire o token, dando o start para o processo de liberação de determinado banco dono do ativo.

 

Tudo acontece via blockchain, gerando uma adesão digital e controle total de processos entre as partes. Trata-se do uso da mais alta tecnologia para promover facilidade e capilaridade à operação e escalar a oferta de financiamento para compra de veículos”, destacou. 

 

O blockchain também pode ser usada para automatizar o processo de financiamento. Isso significa que os pagamentos podem ser feitos de forma automática e que as informações sobre o contrato podem ser atualizadas em tempo real. 

 

Krupinsk ressaltou que essa automatização ajudaria a evitar atrasos, simplificando a gestão financeira. O CEO da BLOCKBR Digital Assets ainda destaca outras vantagens desse processo, como maior segurança. 

 

Amplia a virtualização das relações com maior segurança e menos burocracia na oferta de produtos financeiros e cria novas formas de fazer negócios, privilegiando sobretudo a inclusão financeira, e claro, facilitando a vida de muitas pessoas e das instituições”, afirmou. 

Mas o executivo ressalta que apesar de todas as vantagens, esse processo ainda pode demorar para acontecer no país. Além disso, Krupinsk fala que a tokenização pode não atingir todo potencial. 

A demora na adoção do blockchain por todo o Sistema Nacional de Trânsito (SNT), assim como todos os departamentos deste mesmo sistema nacional, poderá fazer com que a tokenização atinja apenas 20% do seu potencial, como a tokenização de contratos de financiamentos, por exemplo, apenas”, relembrou.



 

Tokenização dos veículos 

 

    Com a adoção da blockchain nesses processos, o CEO da BLOCKBR Digital Assets diz que mais tarde o próprio token disponibilizado na negociação poderá ser utilizado no mercado secundário, representando a venda de um veículo já com todas as condições pré-definidas como débitos e informações atualizadas sobre o veículo. 

    A Estrategista em Blockchain, Tatiana Revoredo, explica que “um token, portanto, pode literalmente representar tudo: a participação numa empresa, o direito de usar um serviço, a propriedade de um veiculo”. Dessa forma, “já é possivel que todo o processo da compra e venda de um carro seja feita em uma plataforma Blockchain”. 

“Uma vez que o veículo está representado como um token na Blockchain, toda a transferência de propriedade seria registrada numa Blockchain, cujo registro é imutável - se feito em uma Blockchain publica como Bitcoin e Tezos”, explicou.

Para Tatiana, a tokenização dos veículos pode trazer “rapidez, menores custos, maior confiabilidade e maior transparência do negócio para as partes”. Além disso, “elimina burocracia e intermediários substituídos pela automação, elimina corrupção e fraude do processo”. 

Tokenização

Tokenização de ações ganha impulso na Suíça com aprovação da Taurus

Regulador financeiro concede autorização à empresa para oferecer ações baseadas em blockchain a investidores de varejo

terça, 23 de janeiro, 2024 - 15:20

Redação MyCryptoChannel

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A empresa suíça de custódia e negociação de criptomoedas Taurus recebeu aprovação do regulador financeiro suíço FINMA para oferecer ações tokenizadas a investidores de varejo. A aprovação traz títulos tokenizados para as massas.  

 

 

O TDX é um mercado de ações tokenizadas que permite que investidores comprem e vendam ações de empresas não listadas usando criptomoedas, além de francos suíços, euros e dólares americanos. O mercado já atraiu várias empresas suíças, incluindo Investis, la Mobilière, Qoqa, Structured Commodity & Corporate Finance (SCCF), Swissroc e Teylor. 

 

 

O cofundador da Taurus, Lamine Brahimi, disse em uma entrevista que “em nosso mercado TDX faltava uma coisa porque só era autorizado para investidores profissionais ou qualificados”. “Agora a FINMA nos concedeu luz verde para abri-la também aos investidores de varejo. Achamos que deveria ser tão fácil comprar ações de uma empresa quanto comprar um livro na Amazon.” 

 

 

“A partir de hoje, o TDX é direcionado a residentes suíços, mas pode estar aberto a investidores adicionais, desde que atendam aos requisitos de conformidade, dependendo do segmento comercial e do emissor”, completou Brahimi. 

Tokenização

BIS lança projetos de tokenização e privacidade de CBDCs

Centro de Inovação do Banco de Compensações Internacionais anunciou seis novos projetos

terça, 23 de janeiro, 2024 - 14:03

Redação MyCryptoChannel

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O Centro de Inovação do Banco de Compensações Internacionais (BIS) anunciou nesta terça-feira (23) seis novos projetos como parte de seu programa de trabalho 2024. Entre eles, estão um projeto de tokenização baseado em blockchain e o desenvolvimento de um sistema de privacidade para moedas digitais do banco central (CBDC). 

 

 

O projeto de tokenização, chamado Promessa, é uma colaboração entre o BIS, o Banco Nacional Suíço e o Banco Mundial. O objetivo é desenvolver uma prova de conceito para uma plataforma projetada para facilitar notas promissórias tokenizadas digitais. 

 

 

“O projeto utilizará tecnologia de contabilidade distribuída para simplificar sua gestão e transparência”, destacou o anúncio do BIS. O chefe do Centro de Inovação do BIS, Cecilia Skingsley, disse que “a tokenização é uma área importante onde já lançamos um projeto e estamos planejando mais iniciativas”.  

 

 

O BIS Innovation Hub anunciou que seu Centro de Hong Kong continuará com o Projeto Aurum, um estudo sobre a privacidade dos pagamentos em CBDCs de varejo.  

 

 

O Centro de Inovação do BIS falou que “o objetivo é aproveitar a experiência da academia e dos reguladores de privacidade para promover a compreensão dos bancos centrais sobre a privacidade no design de sistemas CBDC”.  

 

 

O Projeto Aurum é uma parceria entre o BIS e a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) para desenvolver um sistema CBDC full-stack, que inclui um sistema interbancário de atacado e um sistema de carteira eletrônica de varejo.