quinta, 27 de novembro, 2025

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Cartões de criptomoedas podem ser o futuro do pagamento digital no Brasil?

Falta de regulamentação e volatilidade dos ativos podem desafiar nova mobilidade no país

terça, 31 de outubro, 2023 - 16:02

Ana Beatriz Rodrigues

No Brasil, foram emitidos cerca de 450 milhões de cartões de crédito e débito nos últimos dez anos, segundo relatório do Dinheiro Sem Plástico. Além disso, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apontou que 52 milhões de brasileiros usam o cartão de crédito como forma de pagamento.

 

Esses dados apontam para a dependência da população do Brasil para cartões. Nesse contexto, surgem os cartões de criptomoedas, que podem armazenar os criptoativos dos brasileiros e se tornarem uma alternativa para cartões convencionais.  

 

Como funciona um cartão de criptomoeda? 

Esse novo modelo pode ser usado da mesma maneira que os cartões tradicionais. Um levantamento da Binance de junho mostra que os locais no qual os brasileiros mais usam essa forma de pagamento são em supermercados e em pequenos mercados. 

 

O vice-presidente, chefe de inovação e design da Visa, Akshay Chopra, disse em entrevista no início de outubro de 2023 que os cartões com criptoativos viabilizaram o volume de US$ 3 bilhões em pagamentos.

 

A maior diferença entre essas modalidades é que o cartão tradicional são baseados em moedas fiduciárias, como o real brasileiro e o dólar. Em contrapartida, a outra tecnologia utiliza as criptomoedas para fazer os pagamentos. Esse novo método pode trazer diversas vantagens para os usuários. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa), Marina Prieto, conta que o pagamento com esses cartões funcionam de modo bem simples. Ela disse que “uma vez que as criptomoedas estão na carteira associada ao cartão, os usuários podem usá-lo para fazer compras em estabelecimentos que aceitam cartões de débito ou crédito”.

 

O valor da compra é automaticamente convertido em moeda fiduciária no momento da transação, permitindo que você gaste suas criptomoedas como se fosse dinheiro tradicional”, completou Marina. 

 

Para ter um cartão de criptomoedas, os usuários precisam se cadastrar em empresas que oferecem esse serviço. Desse modo, eles também precisam ter criptomoedas para realizar as transações em comércios. 

 

Marina explica que “os usuários podem verificar o saldo de criptomoedas em sua carteira associada ao cartão e recebem extratos de transações, que incluem detalhes sobre as conversões de criptomoedas em moeda fiduciária. Quando o saldo de criptomoedas fica baixo, os usuários podem carregar sua carteira associada ao cartão com mais criptomoedas”.

 

Modalidade no Brasil 

Segundo a professora de contabilidade da ESEG, essa modalidade poderia auxiliar no crescimento econômico do Brasil. 

 

Em relação à economia brasileira, os cartões de criptomoedas podem ajudar a incentivar o uso de criptomoedas no país, o que poderia facilitar transações internacionais, atrair investimentos estrangeiros e proporcionar opções financeiras alternativas”.

 

Apesar das vantagens da nova forma de pagamento, os cartões de criptomoedas não estão inseridos em um cenário otimista no Brasil. Em agosto deste ano, a Binance anunciou que encerraria o serviço no território brasileiro. Além disso, os cartões Binance Card não seriam mais fornecidos em toda a América Latina e Oriente Médio. 

 

Marina ressalta que existem muitos desafios associados ao uso da tecnologia do Brasil. Para ela, a falta de clareza regulatória no país pode afetar esse crescimento que poderia ser vantajoso.

 

A falta de regulamentação clara pode criar incerteza e riscos para os usuários de cartões de criptomoedas, a volatilidade das criptomoedas pode tornar o uso de cartões de criptomoedas arriscado para gastos cotidianos e uma aceitação limitada, pois muitos estabelecimentos ainda não aceitam criptomoedas como forma de pagamento, o que limita a utilidade desses cartões”, explicou. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa) diz que o futuro dos cartões de criptomoedas no Brasil depende da evolução das regulamentações governamentais e da aceitação generalizada de criptomoedas na sociedade brasileira. 

 

À medida que as criptomoedas se tornam mais comuns e as regulamentações se estabelecem, é possível que os cartões de criptomoedas desempenhem um papel mais significativo na economia do país”, completou. 

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado de cartões passará por mudanças nos próximos anos no Brasil. Neto explicou sobre o Pix, o Drex e outras iniciativas do BC.

Criptomoedas

Competição revela: 90% dos traders de cripto terminam no prejuízo

Competição revela prejuízo de 90% dos traders de criptomoedas

sexta, 21 de novembro, 2025 - 20:12

Redação MyCryptoChannel

Moeda de Bitcoin em destaque ao lado de trader preocupado, simbolizando perdas e queda no mercado cripto.

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A volatilidade do bitcoin voltou a expor a fragilidade de grande parte dos traders iniciantes e experientes. Em uma competição simulada promovida pela Synthetix, quase 90% dos participantes encerraram as operações no negativo, reflexo direto da forte oscilação do BTC durante o torneio.

Pressão do mercado derruba competidores

O desempenho da competição acompanhou de perto o comportamento do bitcoin, que caiu 2,4% nesta quinta-feira (21), negociado a US$ 83.642. Nas mínimas, chegou a valer US$ 82.178, intensificando as perdas dos competidores.

A queda acentuada prejudicou até traders influentes, que representaram metade dos competidores; a outra metade era formada por usuários comuns da comunidade.

No início, cada participante recebeu US$ 100 mil fictícios. Mesmo assim, poucos conseguiram proteger o capital. O vencedor acumulou US$ 1,17 milhão em lucro, enquanto o último colocado registrou saldo próximo de zero.

Cenário adverso para o bitcoin

O comportamento do BTC segue pressionado por uma combinação de fatores: incerteza sobre a política monetária dos EUA, risco de shutdown do governo americano e dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

As atas mais recentes do Fed mostraram divergências internas sobre o ritmo de cortes de juros, e o mercado passou a enxergar maior probabilidade de manutenção da taxa atual por mais tempo. Para os traders, esse ambiente aumenta a volatilidade e reduz a previsibilidade das operações.

Mercado global segue atento

A competição ganhou atenção nas redes sociais após a divulgação do ranking final. Apesar das perdas expressivas, nenhum competidor teve prejuízo financeiro real, já que todo o capital utilizado era simulado — um alívio diante da intensidade das quedas.

A experiência reforçou uma percepção antiga entre analistas: operar criptomoedas exige preparo emocional, disciplina e leitura constante do mercado. Sem isso, até traders experientes podem ser engolidos pela volatilidade.

 

Criptomoedas

Mercados de previsão ganham força e atraem bilhões para o setor cripto

Mercados de previsão impulsionam uso da blockchain em 2025

sexta, 21 de novembro, 2025 - 19:26

Redação MyCryptoChannel

Moeda de criptomoeda gigante iluminada atrai uma multidão de usuários, simbolizando o avanço dos mercados de previsão.

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Os mercados de previsão tornaram-se um dos fenômenos mais comentados do universo cripto em 2025. O que antes era um nicho restrito a entusiastas e pequenos experimentos agora movimenta bilhões de dólares e atrai usuários em ritmo acelerado. A explosão recente colocou o setor no centro das discussões sobre o futuro da blockchain e sobre como novas plataformas estão transformando a forma de operar informações e apostas financeiras.

Crescimento acelerado em 2025

A indústria ganhou tração após projetos como Kalshi, Opinion e Polymarket consolidarem rodadas expressivas de captação e ampliarem suas bases de usuários. A Kalshi, por exemplo, obteve aval regulatório nos EUA e levantou US$ 30 milhões em nova avaliação, enquanto a Opinion e a Limitless passaram a registrar forte expansão no volume apostado.

Plataformas de previsão, muitas delas baseadas em blockchain, deixaram de ser apenas curiosidade tecnológica para se tornarem um mercado de alto crescimento impulsionado pela busca de informação em tempo real e pela tokenização das probabilidades.

Do nicho cripto ao público global

O avanço não se limita ao ecossistema cripto tradicional. Polymarket, fundada em 2020 e baseada na rede Polygon, tornou-se referência ao permitir operações totalmente on-chain com USDC. O volume negociado atingiu recorde de US$ 3,3 bilhões em novembro, segundo dados da Dune Analytics. Kalshi e Opinion também superaram a marca de US$ 1 bilhão cada, indicando que o setor já opera em escala global.

Investidores afirmam que a expansão é um reflexo direto da maturidade das plataformas e da capacidade de transformar previsões em instrumentos financeiros líquidos e acessíveis.

A lógica dos novos mercados

Entre as principais tendências estão os chamados mention markets, que permitem apostas sobre figuras públicas, influenciadores e empresas de tecnologia. Essas categorias ampliam o alcance das plataformas e atraem usuários que nem sempre estão familiarizados com criptomoedas.

A ideia é simples: qualquer evento com probabilidade mensurável pode ser tokenizado — desde resultados eleitorais até lançamentos de produtos, indicadores macroeconômicos ou movimentos de grandes empresas. Isso torna o mercado mais dinâmico e conectado à economia real.

O impacto das plataformas on-chain

O modelo on-chain ganhou relevância por permitir transparência integral e execução automática das apostas sem intermediação tradicional. Usuários conseguem verificar liquidez, odds e histórico das negociações diretamente na blockchain, o que fortalece a credibilidade e reduz riscos operacionais.

Projetos como o Polymarket também demonstraram capacidade de atrair capital externo e investidores tradicionais, reforçando a tese de que mercados de previsão podem servir como ponte para a adoção em massa de tecnologias Web3.

Caminho para o próximo bilhão de usuários

O grande debate no setor é se esses mercados serão responsáveis por levar o próximo bilhão de pessoas ao uso da blockchain. Hoje, plataformas de previsão ainda atraem um público de centenas de milhares de usuários semanais, mas especialistas apontam que qualquer aplicação que ofereça informação valiosa em tempo real tem potencial para crescer exponencialmente.

Além disso, à medida que a infraestrutura blockchain se torna mais invisível ao usuário final, cresce a possibilidade de que as pessoas utilizem serviços descentralizados sem perceber que estão interagindo com tecnologia cripto.