quarta, 30 de abril, 2025

Criptomoedas

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Cartões de criptomoedas podem ser o futuro do pagamento digital no Brasil?

Falta de regulamentação e volatilidade dos ativos podem desafiar nova mobilidade no país

terça, 31 de outubro, 2023 - 16:02

Ana Beatriz Rodrigues

No Brasil, foram emitidos cerca de 450 milhões de cartões de crédito e débito nos últimos dez anos, segundo relatório do Dinheiro Sem Plástico. Além disso, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) apontou que 52 milhões de brasileiros usam o cartão de crédito como forma de pagamento.

 

Esses dados apontam para a dependência da população do Brasil para cartões. Nesse contexto, surgem os cartões de criptomoedas, que podem armazenar os criptoativos dos brasileiros e se tornarem uma alternativa para cartões convencionais.  

 

Como funciona um cartão de criptomoeda? 

Esse novo modelo pode ser usado da mesma maneira que os cartões tradicionais. Um levantamento da Binance de junho mostra que os locais no qual os brasileiros mais usam essa forma de pagamento são em supermercados e em pequenos mercados. 

 

O vice-presidente, chefe de inovação e design da Visa, Akshay Chopra, disse em entrevista no início de outubro de 2023 que os cartões com criptoativos viabilizaram o volume de US$ 3 bilhões em pagamentos.

 

A maior diferença entre essas modalidades é que o cartão tradicional são baseados em moedas fiduciárias, como o real brasileiro e o dólar. Em contrapartida, a outra tecnologia utiliza as criptomoedas para fazer os pagamentos. Esse novo método pode trazer diversas vantagens para os usuários. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa), Marina Prieto, conta que o pagamento com esses cartões funcionam de modo bem simples. Ela disse que “uma vez que as criptomoedas estão na carteira associada ao cartão, os usuários podem usá-lo para fazer compras em estabelecimentos que aceitam cartões de débito ou crédito”.

 

O valor da compra é automaticamente convertido em moeda fiduciária no momento da transação, permitindo que você gaste suas criptomoedas como se fosse dinheiro tradicional”, completou Marina. 

 

Para ter um cartão de criptomoedas, os usuários precisam se cadastrar em empresas que oferecem esse serviço. Desse modo, eles também precisam ter criptomoedas para realizar as transações em comércios. 

 

Marina explica que “os usuários podem verificar o saldo de criptomoedas em sua carteira associada ao cartão e recebem extratos de transações, que incluem detalhes sobre as conversões de criptomoedas em moeda fiduciária. Quando o saldo de criptomoedas fica baixo, os usuários podem carregar sua carteira associada ao cartão com mais criptomoedas”.

 

Modalidade no Brasil 

Segundo a professora de contabilidade da ESEG, essa modalidade poderia auxiliar no crescimento econômico do Brasil. 

 

Em relação à economia brasileira, os cartões de criptomoedas podem ajudar a incentivar o uso de criptomoedas no país, o que poderia facilitar transações internacionais, atrair investimentos estrangeiros e proporcionar opções financeiras alternativas”.

 

Apesar das vantagens da nova forma de pagamento, os cartões de criptomoedas não estão inseridos em um cenário otimista no Brasil. Em agosto deste ano, a Binance anunciou que encerraria o serviço no território brasileiro. Além disso, os cartões Binance Card não seriam mais fornecidos em toda a América Latina e Oriente Médio. 

 

Marina ressalta que existem muitos desafios associados ao uso da tecnologia do Brasil. Para ela, a falta de clareza regulatória no país pode afetar esse crescimento que poderia ser vantajoso.

 

A falta de regulamentação clara pode criar incerteza e riscos para os usuários de cartões de criptomoedas, a volatilidade das criptomoedas pode tornar o uso de cartões de criptomoedas arriscado para gastos cotidianos e uma aceitação limitada, pois muitos estabelecimentos ainda não aceitam criptomoedas como forma de pagamento, o que limita a utilidade desses cartões”, explicou. 

 

A professora de contabilidade da ESEG (Faculdade do Grupo Etapa) diz que o futuro dos cartões de criptomoedas no Brasil depende da evolução das regulamentações governamentais e da aceitação generalizada de criptomoedas na sociedade brasileira. 

 

À medida que as criptomoedas se tornam mais comuns e as regulamentações se estabelecem, é possível que os cartões de criptomoedas desempenhem um papel mais significativo na economia do país”, completou. 

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado de cartões passará por mudanças nos próximos anos no Brasil. Neto explicou sobre o Pix, o Drex e outras iniciativas do BC.

Regulamentação

Criptomoedas terão nova regulamentação no Brasil a partir de 2025, promete Banco Central

Regras vão atingir exchanges, stablecoins e prestadoras de serviços com criptomoedas

sexta, 25 de abril, 2025 - 10:58

Redação MyCryptoChannel

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O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou na última quinta-feira (24) que a regulamentação do mercado de criptomoedas no país será publicada ainda em 2025. A promessa foi feita pelos diretores Gilneu Vivan e Renato Gomes durante a apresentação da nova agenda regulatória da instituição, transmitida ao vivo de Brasília.

O plano inclui medidas específicas para exchanges e stablecoins, além da regulação para o enquadramento das chamadas Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs), também conhecidas como VASPs. O objetivo é prevenir golpes e pirâmides desse setor. 

Novo planejamento do Banco Central

Com a reformulação de seu planejamento, o BCB passou a trabalhar com metas para ciclos de dois anos, e não mais em agendas anuais. As prioridades para o biênio 2025-2026 já estão definidas, e a regulação dos ativos virtuais aparece como um dos principais focos da instituição.

A expectativa é que as normas comecem a ser divulgadas no segundo semestre de 2025, com base nas três consultas públicas já realizadas sobre o tema. Essas consultas colheram contribuições da sociedade e do mercado, e servirão como base para a elaboração da regulamentação.

Regulamentação das criptomoedas no Brasil 

O Brasil, atualmente, tem a Lei 14.478, que reconhece os serviços de ativos virtuais e estabelece diretrizes para o setor. No entanto, a efetiva implementação da lei depende de regulamentações complementares, que, segundo o Banco Central, devem começar a ser divulgadas no segundo semestre de 2025, após a análise de três consultas públicas conduzidas pelo regulador.

Um dos principais focos da regulação será o enquadramento das chamadas Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs), as famosas VASPs. Essas empresas são responsáveis pela intermediação de operações com criptomoedas e terão de seguir regras específicas.

De acordo com Gilneu Vivan, a criação de um marco regulatório claro trará mais proteção para os consumidores. Ele também destacou que algumas operações com criptoativos envolvem elementos relacionados ao câmbio. 

Além disso, o Banco Central também irá analisar também as stablecoins. Essas moedas digitais são lastreadas em moedas fiduciária, como o dólar, e estão sendo debatidas no Congresso Nacional. 
 

Criptomoedas

Solana, XRP: Itaú disponibiliza novos ativos digitais para negociação no app do banco

Objetivo é oferecer aos seus clientes opções diversificadas e consolidadas no universo das criptomoedas.

terça, 22 de abril, 2025 - 15:54

Redação MyCryptoChannel

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A partir desta terça-feira, 22 de abril, o Itaú Unibanco (ITUB4) disponibilizará três novos tokens em seu aplicativo: USDC, Solana (SOL) e Ripple (XRP).

O objetivo desta iniciativa é oferecer aos seus clientes opções diversificadas e consolidadas no universo das criptomoedas.

A USDC, primeira stablecoin disponibilizada pelo Itaú, é emitida pela Circle e lastreada em dólar. Com ela, os clientes terão acesso a uma opção de investimento estável e confiável dentro do universo cripto.

Já a Solana (SOL) é uma criptomoeda que se destaca pela rapidez nas transações e por ter custos mais baixos, com uso principalmente em aplicações digitais, como jogos e NFTs.

E o Ripple (XRP) é um dos criptoativos mais usados para transferências internacionais, por permitir enviar dinheiro de forma rápida e com tarifas bem menores que as tradicionais.

Como serão feitas as negociações?

As negociações com esses novos criptoativos seguem o mesmo formato já conhecido pelos clientes, com as mesmas condições de negociação aplicadas para Bitcoin e Ethereum – que já estavam disponíveis desde o ano passado.

O investimento mínimo é de R$ 10,00, com taxa de 2,5% no momento da compra, sem cobranças mensais ou tarifas futuras na venda.

"Estamos constantemente atentos aos hábitos de investimento de nossos clientes e identificamos uma crescente demanda por essas criptomoedas específicas. Nosso objetivo é proporcionar uma experiência de investimento em ativos digitais que seja tão segura e transparente quanto investir em outros produtos financeiros tradicionais", afirma Guto Antunes, head de Digital Assets do Itaú Unibanco.

A negociação de criptoativos no superapp Itaú está disponível no menu:

Produtos > Investimentos > Criptoativos, e na plataforma de investimentos íon no menu Vitrine/Produtos > Criptoativos.