O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou nesta sexta-feira (8) a Operação Medelín, uma ação contra uma quadrilha especializada em roubar criptomoedas após dopar as vítimas com o golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”.
A operação foi realizada em São Paulo, com o cumprimento de cinco mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão. As investigações apontam que os suspeitos usavam aplicativos de namoro para atrair pessoas que também fossem investidoras de criptomoedas.
Após marcarem encontros “amorosos”, eles ofereciam bebidas ou comidas à base de drogas que dopavam as vítimas. Em seguida, os criminosos aproveitavam que as vítimas estavam inconscientes para acessar seus celulares e realizar transferências de criptomoedas para carteiras digitais ligadas ao grupo criminoso.
“Ao longo da apuração, por meio de técnicas avançadas de rastreio de criptoativos, foi possível identificar os integrantes do grupo, alguns deles localizados em outros países, e desvendar as sofisticadas estratégias que utilizavam para selecionar e abordar as vítimas, assim como ocultar os ativos subtraídos”, afirmou o MPRJ em nota.
O MPRJ também recuperou cartões de crédito, máquinas de cartões, documentos dos criminosos, celulares, joias e notas fiscais durante a ação. Essa não é a primeira vez que o MPRJ atua contra quadrilhas que roubam criptomoedas. Em outubro, o MPRJ também deflagrou a Operação Príncipe do Bitcoin, que resultou na prisão de Gilson Vianna, um dos quatro alvos de mandados de prisão.
