quarta, 08 de maio, 2024

Stablecoins

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Coinbase e Circle contestam proposta regulatória para stablecoins

Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (BCBS) lançou em dezembro uma consulta sobre o assunto

segunda, 01 de abril, 2024 - 19:06

Redação MyCryptoChannel

As empresas de criptomoedas Coinbase e Circle se manifestaram contra a proposta do Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (BCBS) que visa impor critérios mais rígidos para o tratamento regulatório de stablecoins em relação à exposição dos bancos a esses ativos. 

Em dezembro de 2023, o BCBS publicou uma consulta que propõe que os bancos realizem uma devida diligência para garantir que "tenham uma compreensão adequada dos mecanismos de estabilização das stablecoins aos quais estão expostos". O prazo para comentários sobre a proposta se encerrou em 28 de março. 

A proposta do BCBS cria uma categoria especial, o "Grupo 1b", para stablecoins consideradas seguras o suficiente para que os bancos recebam tratamento regulatório favorável. Para entrar nesse grupo, as stablecoins precisam cumprir requisitos, como baixa volatilidade e alta liquidez.  

A Circle, emissora da popular stablecoin USDC, rebateu a postura do BCBS em relação às blockchains sem permissão, que operam de forma descentralizada. O comitê alega que essas blockchains apresentam "riscos únicos" e, por enquanto, exclui-as do Grupo 1. 

“Há um forte argumento a ser feito de que os bancos deveriam ser encorajados a aproveitar blockchains, criptografia, carteiras habilitadas para dispositivos móveis e outras tecnologias de código aberto, a fim de avançar em sua transformação digital e esforços de segurança cibernética”, afirmou a Circle.  

"Como o Comitê sabe muito bem, a falência de qualquer banco corrói a confiança no setor bancário. E, no entanto, a maioria dos bancos, especialmente as instituições de pequena e média dimensão, não consegue acompanhar a corrida espacial da transformação digital que ocorre entre os grandes bancos globais”.  

Já a Coinbase argumenta que muitos dos requisitos não refletem o risco real que as stablecoins representam para os bancos. Em vez disso, aponta a Coinbase, a proposta parece servir a outros propósitos políticos que o BCBS normalmente não considera ao definir exigências de capital. 

Stablecoins

Coin Center crítica projeto para stablecoins de Lummis e Gillibrand

Grupo defende a liberdade de expressão e a inovação na indústria de criptomoedas

sexta, 19 de abril, 2024 - 18:33

Redação MyCryptoChannel

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A indústria de criptomoedas está se mobilizando contra um projeto de lei bipartidário que busca regular as stablecoins nos Estados Unidos. O projeto, apresentado pelas senadoras Cynthia Lummis e Kirsten Gillibrand, pode impor restrições significativas às stablecoins algorítmicas.  

O Coin Center, organização sem fins lucrativos focada em criptomoedas, criticou a Lei Lummis-Gillibrand em uma carta enviada aos legisladores na sexta-feira. O grupo argumenta que a estrutura proposta é "irracional" e "inconstitucional", pois pode sufocar a inovação no setor de criptomoedas dos EUA. 

"Exigir que emissores de produtos como o Terra se registrem na SEC e façam divulgações apropriadas pode ser justo", afirma o Coin Center. "Mas uma proibição total de um modelo de negócios específico é desnecessária e anti-inovação." 

O Coin Center argumenta ainda que a proibição de stablecoins algorítmicos representa uma "proibição de código", violando os direitos de liberdade de expressão protegidos pela Constituição dos EUA. 

"Proibir a publicação de códigos e algoritmos é uma clara restrição prévia ao discurso protegido e é inconstitucional, a menos que o governo possa demonstrar um interesse convincente e uma adaptação restrita", afirma o grupo. 

O Coin Center sugere uma moratória de dois anos sobre novos stablecoins algorítmicos, em vez de uma proibição permanente, como forma de permitir a avaliação do impacto da tecnologia. Essa abordagem, presente na Lei de Clareza para Stablecoins de Pagamento de 2023, protegeria projetos existentes enquanto permite a análise regulatória. 

SEC

Júri decide que Terraform Labs e Do Kwon enganaram investidores em caso da stablecoin UST

Veredicto é uma vitória para a SEC e aumenta a pressão sobre os reguladores

sexta, 05 de abril, 2024 - 18:54

Redação SpaceMoney

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Após um julgamento de duas semanas, um júri em Nova York decidiu que a Terraform Labs e seu cofundador, Do Hyeong Kwon, enganaram os investidores sobre a estabilidade da stablecoin Terra USD (UST). O veredicto representa vitória para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que acusou a empresa e Kwon de fraude civil. 

O caso gira em torno do colapso da UST em maio de 2022. A stablecoin, que era atrelada ao luna, um token de governança, perdeu sua paridade e caiu para quase zero em questão de dias. O colapso da UST causou perdas bilionárias para investidores em todo o mundo.  

As deliberações do júri começaram nesta sexta-feira (5), após os argumentos finais de ambas as partes. A SEC alegou que a Terraform e Kwon promoveram a UST como um investimento estavél. Porém, essa não era a realidade.  

Entre outras coisas, a agência alegou que a empresa e Kwon violaram as leis federais de valores mobiliários ao se envolverem em fraudes relacionadas à compra e venda de títulos Terraform. O Diretor da Divisão de Execução da SEC, Gurbir Grewal, afirmou em comunicado que a Terraform Labs enganou os invetidores.  

“Apesar de todas as promessas da criptografia, a falta de registro e conformidade tem consequências muito reais para pessoas reais”, destacou Grewal. “Como mostra o trabalho árduo de nossa equipe, continuaremos a usar as ferramentas à nossa disposição para proteger o público investidor, mas é hora de os mercados de criptografia entrarem em conformidade.” 

Um porta-voz da Terraform disse: “Estamos muito decepcionados com o veredicto, que não acreditamos ser apoiado pelas evidências”. “Continuamos a afirmar que a SEC não tem autoridade legal para abrir este caso, e estamos avaliando cuidadosamente nossas opções e próximos passos.” 

Do Kwon, que está atualmente preso em Montenegro, enfrenta acusações criminais em vários países, incluindo a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Ainda não se sabe para qual país ele será extraditado para enfrentar julgamento.